Residentes nas ruas

1. INTRODUÇÃO – Moradores em situação de rua

Muitos são os motivos que levam as pessoas para as ruas, os pais de família que se desiludem e resolvem abandonar tudo, crianças que fogem de casa devido a maus tratos, envolvimento com drogas/álcool, pessoas que saem de seus Estados com o sonho de uma vida melhor e acabam se deparando com a triste realidade das cidades grandes e também vivem nas ruas pessoas com distúrbios psicológicos.

A violência é algo constante nas ruas, a pessoa que utiliza o espaço público como moradia sofre violência da sociedade e de seus iguais, dada a diversidade de segmentos que compõem o mundo da rua.

Sobre as leis que protegem essa população:

: Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (2003)

– Lei nº 11.258, 30/12/05, altera o parágrafo único do art. 23 das LOAS: “Na organização dos serviços da Assistência Social serão criados programas de amparo: II - às pessoas que vivem em situação de rua.” Estabelece a obrigatoriedade de criação de programas direcionados à população em situação de rua em situação de rua, no âmbito da organização dos serviços de assistência social, numa perspectiva de ação intersetorial; Portaria Nº 139, DE 28 DE JUNHO DE 2012 - Altera a Portaria nº 843, de 28 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o cofinanciamento federal, dos serviços ofertados pelos CREAS e Centros Pop e dá outras providências. Os moradores de rua podem encontrar apoio nos Centros de Referência Especializada em População em Situação de Rua (Centro POP), segundo o MDS o centro deve proporcionar vivências para o alcance da autonomia e estimular a mobilização e participação social.

No Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) o morador em situação de rua terá oferta serviços especializados e continuados a famílias. Dentro de seu contexto social, deve focas no fortalecimento dos recursos para a superação da situação apresentada.

2. JUSTIFICATIVA

Apesar das leis que os protegem, dos centros de acolhidas e diversas ações não governamentais voltadas para moradores em situação de rua, presenciamos a cada dia o crescimento dessa população.

Existe uma grande resistência por parte de alguns moradores de rua em se dirigirem para os CREAS ou POP.

Jornais cada vez mais noticiam ataques físicos e psicológicos a esses moradores que apesar de serem protegidos por lei ainda permanecem à margem da sociedade.

3. OBJETIVOS

3.1 O objetivo deste trabalho é levantar alguns dados e ter conhecimento mais profundo sobre o tema, visitando um albergue e entrevistando um profissional da área de psicologia que atua com pessoas que vivem essa situação.

A partir da entrevista, tivemos uma visão do profissional, decorrente da sua experiência cotidiana de assistência para grupos populacionais em situação de exclusão social, que coabitam a região central do Município de São Paulo.

3.2 O objetivo especifico da entrevista é entender como o psicólogo pode auxiliar a população adulta de rua.

E entender como as pessoas vão para nessa situação de rua e como podemos ajudá-las a sair dessa situação

3.3 O projeto construído pretende amenizar a situação de rua das pessoas através da alfabetização e da recolocação no mercado de trabalho.

E com essa recolocação, os mesmos viverem novamente em sociedade

5. METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste projeto foi inserida uma proposta metodológica de pesquisa bibliográfica para levantar os principais dados já publicados em relação ao tema proposto, faremos também uma entrevista com o psicólogo social Thiago Caltabiano e com base nesses dados faremos um estudo de caso para que possamos investigar os pontos principais para elaboração do projeto.

Nossa unidade de análise será principalmente a importância da atuação do psicólogo social em albergues e abrigos.

Com base nos resultados das pesquisas supracitadas, elaboraremos nosso projeto voltado sempre ao meio social, para auxiliar na reconstrução da vida dessas pessoas em situação de rua e também divulgar a importância desses auxilio para a população.

6. PROJETO

O projeto foi elaborado com base em entrevista anexada com o Psicólogo Thiago Caltabiano (CRP: 06106453), o mesmo trabalha no Centro de Acolhida para Adultos – Casa São Lázaro, que está situada na Rua Brigadeiro Machado, 243 – Brás – São Paulo/SP.

A Casa São Lázaro é um abrigo para 100 homens e conta com um Núcleo Produtivo, que promove oficinas de capacitação com capacidade para 60 pessoas visando o aperfeiçoamento de habilidades técnicas além de promover espaços de trabalho cooperativo, melhorando as relações entre os conviventes. Os internos fazem um reaproveitamento de materiais reciclável e transformam papeis, vidros, papelão etc. em outros objetos, como brincos de latas, quadros de garrafas de vidro, tapetes tecidos com retalhos de tecidos, entre outros.

Em entrevista o Dr. Thiago Caltabiano, afirma que é muito difícil reintegrar as pessoas em situação de rua na sociedade, primeiro pelo governo que não ajuda o suficiente para a integração e com isso desencadeia na maioria deles falta de uma perspectiva de uma vida melhor.

Existe várias pessoas que se encontra nessa situação de rua devido ter rompido a base familiar, como por exemplo, separação do casal, separação dos filhos com os pais, o alcoolismo, a dependência química, a falta de uma oportunidade de trabalho..., enfim são vários os fatores. Com base na entrevista identificamos que sem uma alfabetização, profissionalização e capacitação de quem são profissionais de certa área, as chances de se tornar um morador de rua aumenta significativamente, pois há cobranças na família e na sociedade. A população em situação de rua é composta, em grande parte, por trabalhadores:exercem ou exerceram alguma atividade remunerada. Dessas atividades destacam-se: catador de materiais recicláveis, flanelinha construção civil, limpeza e carregador/estivador

Apenas uma baixa quantidade de pessoas pedem dinheiro como principal meio para a sobrevivência. Esses dados são importantes para desmistificar o fato de que a população