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Resumo Abuso Sexual

Por:   •  22/5/2020  •  Resenha  •  1.124 Palavras (5 Páginas)  •  501 Visualizações

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ABUSO SEXUAL INFANTIL

        O abuso sexual infantil é uma das formas mais antigas de violência praticadas contra as crianças e os adolescentes. Não se sabe precisamente dizer quando tais práticas surgiram, mas, historicamente falando, elas refletem modos e comportamentos das pessoas em sociedade, padrões culturais e aspectos afetivos dentro da família.

        O abuso é definido como toda e qualquer situação onde a criança ou o adolescente é usado para satisfazer desejos sexuais de uma adulto ou outro adolescente mais velho e vai desde carícias, manipulação genital, comportamentos exibicionistas, atos voyeristas até a penetração vaginal ou no anus, propriamente dita.

*** pedófilo – só olha foto, internet, filma, acaricia, etc.

Quando há penetração (vagina ou anus) além de pedófilo é também abusador ***

        Contrariamente ao Estupro, o abuso sexual infantil não tem a violência física sexual marcadamente expressa, uma vez que, na maioria dos casos impera uma espécie de violência psicológica, baseada em ameaças ou constrangimento, já que, esse adulto, abusador, tem uma posição de autoridade perante a criança/adolescente e utiliza deste lugar para obrigar ou convencer a criança a ceder às suas vontades. A criança por ser dependente efetiva ou economicamente desta pessoa, acaba cedendo.

***Quando há abuso verdadeiro a criança muda de comportamento – fica mais quieta, ou agitada ou tem atitudes sexualizadas demais para a idade - de alguma forma ela vai expressar este abuso. Precisamos ter olhos para ver!***

        Há uma dinâmica familiar no abuso que facilita a ocorrencia do mesmo. Observar: “síndrome do silencio”  e o código de entrada (e saída).

[pic 1]

Sindrome do Silencio - acordo tácito entre a criança e o abusador que impede que o mesmo seja descoberto. É como se eles fizessem um “trato” (inconsciente). A criança pode até não saber que aquilo é errado, mas se sente incomodada. Mas o abusador sabe o que esta fazendo, senão não manteria segredo. Concordam? (Nem todo abuso é traumático – a criança tem dificuldade de repetir/demora a saber que é abuso)  mas ela nunca seduz o adulto. (atenção ao abuso silencioso (sem penetração) – observar o comportamento).

Código de entrada – é algo que antecede o abuso. O abusador faz algo que “sinaliza” para a criança/ adolescente  que o abuso vai começar. Por exemplo: no filme “Preciosa” o padrastro sempre que ai abusar da menina tirava o cinto. No filme, esta imagem se repete antes de todos os abusos e é acompanhada pelo som estridente de uma correada.

        A mulher (mae) é abusadora também. Em 99% dos casos ela sabe o que esta acontecendo e algumas vezes permite porque o homem só conseguue manter relações com ela após abusar da filha.

        

O ECA visa proteger as crianças e os adolescentes que estão sendo vitimas de violencia, negligencia ou abandono (art.98) e para isto utiliza-se de suas medidas protetivas(art.110). Como na maioria dos casos essa negligencia, violencia ou abandono ocorre por “culpa” da própria família, o ECA, inclui e prevê ainda sanções a serem aplicadas nestes pais (art. 129) e no caso de abuso versa o que diz o artigo 130 (se ficar comprovada a suspeita de abuso pelos pais, este poderá ser afastado da residencia).

        

        

A ESCUTA DA CRIANÇA VITIMA DE ABUSO

        Normalmente, a criança relata espontaneamente o abuso sofrido. Quando ela chega a contar (ou desenhar) para um profissional da área de psicologia, é porque com quase toda certeza, ela já repetiu essa história antes para diversas outras pessoas, como a mãe, uma tia, ou sua professora.

        Os relatos de abuso não são “bem recebidos”. São desacreditados por quem escuta e até mesmo punidos. (“Pára de inventar essas histórias, menino!”/ “eu já te disse que não quero mais ouvir sobre esse assunto!”...).Quando a criança conta, ela esta, do jeito dela, pedindo ajuda. Pedindo para alguém com mais influencia que ela pára aquela situação. Interrompa o sofrimento que ela esta passando.

        Cada vez que a criança conta sobre o abuso ela esta sendo revitimizada. Lembrem-se: ela é ao mesmo tempo vítima mas também a principal testemunha de acusação e pode estar acusando o próprio pai!

        A legislação brasileira “obriga” que durante a fase de inquerito haja o relato preciso e detalhado sobre o abuso partindo da criança. Do contrario ele é considerado falso.

        O código de Etica do psicologo não permite acusar ninguém como abusador ou mediante provas obtidas nos testes ou nos atendimentos clinicos forenses. Contudo, é possível reproduzir as falas da criança no laudo a ser entregue para o Juiz (...durante o atendimento clinico realizado no dia XXX a criança verbalizou “foi papai!” (sic)...)e até mesmo colocar uma nota de rodapé extra-oficial para o juiz com a suspeita do possível abusador.

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