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Resumo História de Adler

Por:   •  9/8/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  77 Visualizações

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Breve biografia – Adler

Adler nasceu em Viena no dia 7 de fevereiro de 1870. Sua morte ocorreu em Aberdeen, no dia 28 de maio de 1937. Quando criança, ele era frágil, desajeitado, sem atrativos e inicialmente um mau aluno. Ele teve raquitismo e pneumonia. Adler reconheceu que sua capacidade de compensar todas essas deficiências serviu como um modelo para a sua teoria da personalidade.

Ele foi o fundador da psicologia do desenvolvimento individual. Estudou medicina, psicologia e filosofia pela Universidade de Viena. Inicialmente ele era de clínico geral mas depois ele passou a se dedicar à psiquiatria.


Relações com Freud

Em 1902, foi trabalhar com Freud. Juntos, realizaram pesquisas no campo da psicanálise. Contudo, algum tempo depois a parceria se desintegrou porque Adler considerou a questão sexual muito superestimada por Freud.

Adler minimizou o papel do sexo no seu sistema. Para ele, o consciente é que era o centro da personalidade, e não o “Inconsciente”. Em vez de sermos impulsionados por forças que não podemos ver ou controlar, estamos ativamente envolvidos na criação do nosso self no direcionamento do nosso futuro.

Psicologia Individual


Segundo Adler falar em individual faz sentido porque os fatores sociais não impactam as pessoas da mesma forma. Ou seja, cada um precisa ser analisado de uma perspectiva individual. Ele se concentrava na singularidade de cada pessoa e negava a universalidade dos motivos e metas biológicas que nos foram imputados por Sigmund Freud.

Desejo de Poder e Controle

Para Adler, a principal força do indivíduo é o desejo de poder e controle. Pode ser visto como uma tentativa de superar sentimentos de inferioridade e inadequação. Contudo, quando há uma frustração no processo de conquista de algo, nasce um “complexo de inferioridade”.

Sentimentos de inferioridade

O estado normal de todas as pessoas, a fonte de toda a luta humana. O crescimento individual é resultado da Compensação, da tentativa de superarmos inferioridades reais ou imaginárias. Na vida, somos impulsionados pela necessidade de superar essa sensação de inferioridade e lutar por níveis mais altos de desenvolvimento. Ele surgem de um senso de incompletude e imperfeição em qualquer âmbito da vida.

Complexo de inferioridade

Condição que surge quando uma pessoa não consegue compensar seu sentimento

normal de inferioridade, ou seja, a incapacidade de superar esse sentimento de inferioridade intensifica-se, o que leva ao surgimento de um complexo de inferioridade.

As pessoas com complexo de inferioridade têm uma opinião ruim sobre si mesmas, sentem-se incapazes de lidar com as demandas da vida.

O complexo de inferioridade pode surgir de três fontes na infância:
 

A inferioridade orgânica, o mimo excessivo e a negligência.

A inferioridade orgânica
Adler concluiu que as partes ou órgãos do corpo moldam a personalidade por meio do esforço da pessoa para compensar o defeito ou a fraqueza. Os esforços para superar a inferioridade podem resultar em extraordinários feitos artísticos, atléticos e sociais, mas, se não forem bem-sucedidos, poderão levar a um complexo de inferioridade.

O mimo excessivo
Mimar uma criança também pode suscitar um complexo de inferioridade, porque ela é o centro das atenções em casa. Todos os seus desejos e necessidades são satisfeitos e pouco lhe é negado. A primeira experiência na escola, quando passam a não ser mais o foco das atenções, é um choque para o qual não estão preparadas.

A negligência

A sua infância é caracterizada pela falta de amor e segurança, porque seus pais são indiferentes ou hostis. Então, desenvolvem sentimentos de falta de valor ou até raiva e encaram os outros com desconfiança. De fato, atualmente a negligência é considerada uma das principais formas de abuso contra crianças

Complexo de superioridade 

Qualquer que seja a fonte do complexo, uma pessoa pode tender a super compensar sensações de inferioridade normais e desenvolver o que Adler chamou de complexo de superioridade. As pessoas com complexo de superioridade são dadas a se gabar, à vaidade, ao egocentrismo e a uma tendência a denegrir os outros.

Luta pela superioridade

A ânsia pela perfeição ou completude que motiva cada um de nós. Não no sentido de ser melhor que alguém mas sim em buscar a perfeição de si mesmo, de ser inteiro, de ser completo.

Finalismo ficcional

Ideia de que existe uma meta imaginada ou potencial que rege o nosso comportamento. Essa meta final pode ser uma ficção, isto é, um ideal impossível de realizar, mas continua sendo um estímulo muito real para a busca humana e para a explicação final da conduta. Adler aplicou o termo finalismo à ideia de que temos uma meta principal, um estado final de ser e uma necessidade de caminhar na direção dele.

Adler identificava a teoria de Freud com o princípio da causalidade (De onde?), e a sua própria teoria com o princípio do finalismo (Para onde?).

Estilo de vida

A nossa meta principal é a superioridade ou perfeição, mas tentamos atingi-la por meio de vários padrões de comportamento diferentes. Cada um de nós expressa essa luta de maneira diferente; desenvolvemos um padrão singular de características, comportamentos e hábitos, que Adler chamou de caráter distinto ou estilo de vida.

Quatro estilos de vida básicos: O dominador, O dependente, O esquivo, O socialmente útil.

Dominador - Tem uma atitude dominadora com pouca consciência social e sem consideração pelos outros. O tipo extremo ataca os outros e se torna sádico, delinquente ou sociopata. O menos violento se torna alcoólatra, viciado em drogas ou suicida.

Dependente (o mais comum) - Espera ser satisfeito por outras pessoas e, portanto, toma-se dependente delas.

Esquivo - Não tenta enfrentar os problemas da vida; evitando dificuldades, a pessoa evita qualquer possibilidade de fracasso.

Estes três tipos não estão preparados para lidar com os problemas da vida. O choque entre o seu estilo de vida e o mundo real resulta num comportamento anormal, que se manifesta na forma de neuroses e psicoses.
Falta-lhes o que Adler chamou de
interesse social.

O Socialmente útil - Colabora com os outros e age de acordo com as necessidades destes. Esse tipo de pessoa lida com problemas dentro de uma estrutura bem desenvolvida de interesse social.

O poder criativo do self

Adler achava que a pessoa cria o estilo de vida apropriado. Nós criamos o nosso self, a nossa personalidade, o nosso caráter; Adler usou todos esses termos intercambiavelmente com estilo de vida. Adler defendeu a existência do livre-arbítrio individual, que permite que cada um crie um estilo de vida adequado a partir de habilidades e experiências que são transmitidas para nós pela herança genética e pelo ambiente social. O self criativo dá significado à vida; ele cria a meta, assim como os meios para a meta.

Refere-se a um sistema extremamente personalizado e subjetivo, que interpreta e imputa significado nas experiências do organismo.

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