Resumo : Ludoterapia
Por: RaizenJK • 9/11/2017 • Artigo • 876 Palavras (4 Páginas) • 747 Visualizações
Ludoterapia
A teoria de Axline não deve ser considerada semelhante a psicoterapia não-diretiva rogeriana, pois seu desenvolvimento se deu pautado em momentos diferentes da evolução da teoria de Rogers, a fase não-diretiva e a terapia centrada no cliente.
Psicoterapia não-diretiva (Rogers) & Ludoterapia não-diretiva (Axline):
Convergências:
- Nasceram a partir do mesmo proposito, proporcionar ao indivíduo uma terapia em que o cliente seja o foco da terapia, sem o controle e os direcionamentos do terapeuta;
- Acreditavam na capacidade de crescimento do indivíduo e nesse sentido, permitia o cliente a se auto direcionar, tornando o terapeuta aqui apenas o ego-auxiliar nesse processo (confiança do terapeuta na capacidade do cliente, seja adulto ou criança, permite que ele desenvolva sua liberdade, auto responsabilidade e maturidade);
- Na relação terapêutica deve haver calor, afetividade, sensibilidade e compreensão, sobretudo, tais aspectos não devem exceder um certo limite, o terapeuta ou o ludoterapeuta não deve se envolver emocionalmente com o cliente (adulto ou criança);
- Permissividade sobre a expressão de sentimentos do cliente. Permitir um espaço onde o cliente consiga trazer todos sentimentos que experimentar, sem julgamentos;
- Limites terapêuticos na relação terapeuta e cliente;
- Não apressar o processo do cliente. Compreender que o tempo é dele e não do terapeuta;
- Foco no sentimento que se manifesta a partir dos conteúdos expostos pelo cliente.
Divergências:
- A terminologia utilizada por Axline, Psicoterapia auto-diretiva, diz respeito a maneira como ela compreendia o processo terapêutico, ou seja, antes de deixar claro o papel do terapeuta em terapia, era necessário fazer claro o papel do cliente, o de auto direcionamento (tal forma de perceber a psicoterapia se aproximava mais com a fase posterior de Rogers: ACP);
- Para Rogers, o processo terapêutico aconteceria somente se o cliente apresentasse grande nível de sofrimento, um mal-estar provocado por um situação de desequilíbrio. Já para Axline esse não era um critério essencial, muito pelo contrário, ela acreditava que a psicoterapia deveria acontecer de forma a prevenir tamanho sofrimento;
- Rogers e Axline divergem quanto tratam da questão família em processo de psicoterapia. Rogers diz que é essencial que os pais passem por atendimentos psicoterápico para garantir a eficácia do processo do filho quando a principal demanda diz respeito ao relacionamento familiar. Axline, em contrapartida, acreditava que o atendimento somente com a criança era suficiente para a melhora do mesmo, entretanto, não descartava o fato de que o acompanhamento psicoterápico dos pais aliado ao do filho potenciaria a melhora destes.
Sonhos
Os sonhos dão acesso a experienciação do cliente, pois permite o cliente a perceber conteúdos para além da consciência, transformando as questões do cliente em imagens carregadas de energia implícita que se move em direção a uma solução. Não se deve olhar para situações específicas do sonhos, mas sim para o sentido que o cliente dá para essas situações.
Deve-se respeitar o tempo ideal de cada cliente para acessar o conteúdo “inconsciente” dele, pois, forçar esse acesso pode ser perturbador.
A melhor maneira de lidar com os sonhos é amando eles, se interessando por eles, ou seja, por mais assustador que o sonho tenha sido, é necessário compreender que eles estão ali a partir de um movimento potencial sempre em busca de algo positivo para a pessoa.
Os sonhos não devem ser interpretados, o terapeuta deve-se manter atento, dando tempo e espaço, para que o corpo do cliente reaja e indique uma direção. Perguntar, nesses casos, é a melhor forma de tentar compreender o que surge para o cliente a partir daquele sonho, “surge algo se pensarmos isso ou aquilo sobre esse sonho?” (Preferir sempre questões abertas)
...