Resumo - O Papel da Sexualidade na Etiologia das Neuroses

        PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ[pic 1]

ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS

      BACHARELADO EM PSICOLOGIA

FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DAS TEORIAS DA PERSONALIDADE

Daniele F. Alves de Souza, turma U, noturno

O PAPEL DA SEXUALIDADE NA ETIOLOGIA DAS NEUROSES

Curitiba

2019

Freud e Breuer, a partir de observações feitas em uma paciente histérica, estudaram o mecanismo de geração dos sintomas histéricos através de suscitação de lembranças durante o estado de hipnose e, seguindo o rastro dos traumas psíquicos que advinham os sintomas histéricos, chegaram a vivências pertencentes à infância da enferma, especificamente relacionadas a vida sexual da mesma, e com isso, ficou inegavelmente claro a importância das vivências sexuais para a etiologia das psiconeuroses. Não necessariamente deveria haver um evento traumático em suas vivências sexuais infantis, mas essa atividade prescreveria o rumo a ser tomado pela vida sexual após a maturidade.

        Ao meu entendimento do exposto por Freud, para que uma experiência se torne patogênica, ela precisa ser intolerável ao ego provocando então um esforço defensivo. Quando essa defesa é bem-sucedida, as vivências e experiências intoleráveis são expulsas da consciência e da memória do ego, o que se tornara agora, inconsciente. Para o enfermo, o que foi expelido retornaria à consciência por meio de sintomas e dos afetos presos a ele, de forma que o adoecimento corresponderia a um fracasso da defesa. Portanto, a história sexual infantil dos normais não necessariamente se diferenciaria das dos neuróticos, não importando, então, as excitações sexuais experimentadas na infância, mas sim, sua reação a essas vivências (se respondeu ou não ao recalcamento), de forma que o indivíduo neurótico maduro trazia consigo, da infância, uma dose de “recalcamento sexual” que se exteriorizava em frente as exigências da vida real, e seu adoecimento se dava como consequência do conflito a libido e o recalcamento sexual.

        Freud termina dizendo que quase nunca basta apenas uma influência patogênica, onde na grande maioria dos casos é visível uma grande multiplicidade de fatores etiológicos que apoiam uns aos outros sendo, portanto, o adoecimento é resultado de uma soma de fatores.

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