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Resumo Uma Elaboração Onírica

Por:   •  29/3/2016  •  Resenha  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  1.991 Visualizações

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Psicologia

Introdução à Psicanálise I

Alunas: Andréa Dionízio Da Silva

Resumo de A ELABORAÇÃO ONÍRICA

SIGMUND FREUD –Volume XV (1915-1916)

O texto inicia com Freud dizendo que não se pode compreender os sonhos apenas com o conteúdo manifesto, ou seja, o que é “visto” no primeiro momento. A elaboração onírica é um processo em que consiste na passagem do sonho latente (inconsciente) para as representações (conteúdo manifesto e consciente). O sonho manifesto é o resultado dessa elaboração.

Com isso, todo sonho, mesmo sendo facilmente reconhecido como um desejo do indivíduo sofrerá transformações, porque foi elaborado de forma que a consciência tenha recursos para representar este conteúdo.

O sonho manifesto será sempre de menor tamanho que o sonho latente. Isso acontece através do mecanismo de condensação e da impossibilidade de se “acabar” o conteúdo latente.

Para Freud, os sonhos mais abstratos passam por um processo maior de elaboração onírica. A fim de diferenciar o processo de formação desses sonhos, denomina essa elaboração “exagerada” como uma deformação onírica.

Há três processos de realização que explicam a elaboração onírica: o deslocamento (citado anteriormente), a condensação e a transformação dos pensamentos em imagens visuais.

A primeira realização é a condensação, em que o sonho manifesto possui um conteúdo menor do que o latente, e é deste, uma tradução abreviada. Sendo assim, ela é explicada das seguintes maneiras: (1) determinados elementos latentes são totalmente emitidos, (2) apenas um fragmento de alguns complexos do sonho latente transparece no sonho manifesto, (3) determinados elementos latentes - que têm algo em comum - se combinam e se fundem em uma só unidade do sonho manifesto (Freud, p.204). A elaboração onírica busca condensar dois pensamentos diferentes explorando uma palavra ambígua na qual os dois pensamentos possam se juntar.

O deslocamento, segunda realização da elaboração onírica, não é um mecanismode defesa, mas um modo de funcionamento do inconsciente. Pode manifestar-se de duas maneiras: na primeira, o elemento latente é substituído por uma coisa mais remota (alusão) e na segunda, o sonho parece descentrado e estranho, devido a mudança no acento psíquico.

        A terceira e mais interessante realização da elaboração onírica é a transformação de pensamentos em imagens visuais, que não afetam tudo nos pensamentos oníricos; alguns conservam sua forma aparecendo no sonho manifesto e podem se manifestar não apenas de forma visual. Eles unem a essência da formação dos sonhos.

        Freud (1915-1916) reduz a representação do conteúdo dos pensamentos oníricos para que os detalhes considerados por vezes insignificantes não perdessem quando transformados em imagens. Assim, é possível perceber a expressão dos conteúdos que a elaboração onírica latente. Os sonhos são divididos, geralmente de acordo com o número de temas principais dos pensamentos no sonho latente. Sendo que o primeiro e curto sonho, algumas vezes, pode ser um início para o próximo com mais detalhes, também pode motivar o que vier em seguida. É importante a interpretação da forma dos sonhos. Pode-se perceber que quando ocorrem sonhos diversificados na mesma noite, indica uma tentativa de manejar um estímulo repetitivo, enquanto que em sonhos separados um elemento pode ser representado por diversos símbolos que podem representar a mesma origem de significado, tornando sua interpretação mais difícil.

        Muito pode ser encontrado na tentativa de comparar pensamentos oníricos e sonhos manifestos que os substituem. Dessa forma, existe uma discordância entre a visão médica que diz não haver sentido nos sonhos, já que não existe crítica na atividade mental durante o sonho; já na visão psicanalítica, os sonhos necessitam de sentido quando uma parte crítica que se encontra nos pensamentos oníricos, considerados absurdos, tem de ser representada. As dúvidas e incertezas se referem à atividade de censura de sonhos e precisam ser identificados como tentativas de eliminação que não tiveram êxito.

        A forma como os contrários são tratados pela elaboração onírica que ocorrem nos sonhos latentes, são considerados para Freud (1915-1916) achados surpreendentes. Sabendo que as semelhanças nos sonhos latentes são substituídas por condensações no sonho manifesto; os contrários são tratados da mesma forma que as semelhanças, expressam-se mais pelo mesmo elemento manifesto que pode estar expressando a si mesmo, ou seu contrário, ou ambos. Decidindo qual versão escolher através do sentido, isso porque não se encontra uma representação isenta de ambiguidade nos sonhos.

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