Resumo do Filme "Freud além da alma"

Resumo do filme “Freud: além da alma”

        O filme começa em Viena (1885), com Freud tentando internar uma pessoa com histeria e paralisia, mesmo com os outros médicos julgando ser fingimento. 

Freud vai para a França, estudar com Charcot, que usa a hipnose para estudar a histeria. Charcot demonstrou que ideias/traumas podiam causá-la. Freud posteriormente conclui que existe uma parte da mente que é inconsciente, mas essa ideia não foi bem aceita pelos médicos vieneses, exceto por Breuer, que usava hipnose para tratar uma paciente que tinha traumas afetando sua vida. Os dois começam a estudar a histeria e postulam que esta era causada por lembranças reprimidas no inconsciente. Freud também começa tratar os pacientes com a hipnose.
        Atende um homem que diz em hipnose que matara o pai porque sentia atração pela mãe, neste caso Freud pede ao jovem para que não se lembre de nada e, assustado, para de estudar sobre a histeria, voltando-se para a anatomia. Na verdade, ele se identificou um pouco com o caso, fica mal e tem um sonho estranho sobre isso.
        Mayers, um médico que havia criticado Freud antes, doente, pede para que ele volte a estudar histeria, admitindo que a tem. Freud, então, tenta procurar o jovem que amava a mãe e descobre que ele morreu em um manicômio.
        Cria uma teoria, na qual a sexualidade estaria ligada com a causa da neurose. Ele consegue provar para Breuer, através do caso de uma paciente que aparentemente não tinha nenhum problema causado pela sexualidade. A paciente que parecia curada, posteriormente cria uma gravidez psicológica. Freud não entende porque Breuer não quer continuar o tratamento dela e ele diz que isso pode acabar com seu casamento, pois ela o ama e sua mulher desconfia de um caso dos dois.
        O pai de Freud falece. Ao acompanhar o caixão até o cemitério, ele desmaia antes de entrar. Depois sonha e começa a refletir se tem um significado, se não seriam ideias escapando da repressão. Retorna ao cemitério e não consegue entrar, sente que vai desmaiar novamente. Quer descobrir que terror secreto não deixa que ele fique ao lado do túmulo do pai.
        Freud começa a tratar a jovem que Breuer descartara, tentava buscar saber em que ponto da história dela o trauma ocorreu. Ela começa a se apaixonar por Freud também, e ele conclui que ela está projetando um amor original reprimido em outras pessoas. Através dos relatos de um sonho dela, ele acha que ela odeia Breuer por ele tê-la rejeitado e que os sonhos são um caminho para o inconsciente, sem a hipnose. Mas ela diz que tem sonhos parecidos há muito tempo e Freud percebe que o homem dos sonhos dela era o próprio pai, o "marido fantasma" que lhe deu um boneco, seu filho imaginário. 

        Consegue que a moça não se censure e conte que desmaiou ao ver o pai se encontrar com uma prostituta, enquanto a mãe estava no hospital. Mas após descobrir o suposto motivo do trauma, ela ainda não se cura e continua paralisada. Freud pensa, então, que isso poderia ser apenas o reflexo de um trauma anterior, antes da adolescência. Mas isso criaria um problema, pois se o trauma acontecesse na infância, antes de despertar os impulsos sexuais, refutaria sua teoria.
        Quando Breuer questionou Freud sobre isso, ele disse que a experiência sexual não seria reprimida na época, mas na adolescência, quando a memória desperta a excitação sexual que a moralidade condena, e só aí ela sente culpa e reprime.
        A jovem retorna a andar, após trazer à tona que o pai lhe prometera a boneca se não contasse nada sobre ele ter tocado-a, depois dela ter se pintado, como uma prostituta na época. Mas Freud acha estranho, pois a boneca seria a prova do crime do pai e ela deveria odiá-la, mas gosta. Ele ainda acha que tem algo no passado.
        Querendo entender seu próprio trauma, pergunta a mãe qual foi a primeira vez que andou de trem. Ela disse que ele se assustava muito com o barulho do apito, mas só na segunda parte da viagem, depois de passarem a noite em um hotel. No dia, sua mãe tinha lhe dado uma pulseira para brincar e Freud pede a pulseira para ela.
        Freud segura a pulseira, que o faz sonhar e lembrar do dia: a mãe nua de costas, da cintura pra cima, colocando a blusa. Ela o deixou sozinho nessa noite, para ir dormir com seu pai. Ele queria ela deitada com ele e só para ele, ficou com ciúmes e se sentiu culpado por achar que desonrou o pai.
        A jovem paciente nega a acusação que tinha feito ao pai e força Freud a acreditar nela, ameaçando se matar. Através de uma frase que sua esposa leu para ele, começa a repensar que quando a moça dizia que seu pai a molestou, na verdade ela tinha fantasias com seu próprio pai, que ela reprimiu para a fase adulta e se tornou um trauma. Ela não recebia carinho da mãe e por isso queria que o pai só desse atenção para ela e queria a mãe morta, pois impedia isso.
        Então, Freud conclui que há sexualidade desde o início da infância. Breuer desapoia a teoria, mas Freud a expõe no congresso de médicos. Diz que a criança sente prazer por via oral e que com o tempo o desejo pelo peito da mãe se torna um desejo pela própria mãe e ela começa a olhar o pai como um rival. Conta o caso de Édipo, que matou o pai e casou-se com a mãe. Define o Complexo de Édipo, quando a fixação da criança pelo pai ou mãe chega ao clímax no erotismo infantil e que cada pessoa tem o desafio de superar isso ou ficaria neurótica.
        O filme se encerra com Freud conseguindo entrar no cemitério, onde caminha até a lápide de seu pai. 

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