Resumo do filme: Escritores da Liberdade
Por: Jéssica Siqueira • 28/3/2019 • Resenha • 640 Palavras (3 Páginas) • 1.696 Visualizações
Resumo do filme: Escritores da Liberdade
O filme Escritores da Liberdade apresenta em sua narrativa a história de uma turma de alunos, em sua maioria negros e que vivem em constante situação de perigo devido ao crime, que passam a ter outra perspectiva com a chegada de uma professora novata, Erin Grunwell, que apesar de inexperiente, transformou cada aluno dando o melhor de si. Erin não recebe muita confiança de algumas pessoas ao redor, por ter que lidar com a turma mais problemática da escola. Essa turma é desprezada pelas autoridades da escola, que não se importam nem investem na sua educação por considerar um caso perdido. Assim como fora da escola, na sala os alunos vivem em “grupos” determinados, que não se misturam, e que qualquer desconfiança ou traição é motivo para brigas e até morte. No início, os alunos não a respeitam, principalmente por ela ser branca, e a subestimam, mas aos poucos, ela se adapta as características e vida de cada um, e passa a usar isso a seu favor para ensinar. Paralelo a esses acontecimentos, uma das alunas, Eva, se envolve num tiroteio, como testemunha, e vive um dilema causado pela regra das “gangues”: ou entrega o culpado, cujo é membro de sua gangue, ou um inocente vai preso. Em uma aula, ao pegar um papel com um desenho feito por um aluno humilhando outro, passa a tentar dá-los uma lição, e com base nisso, procura meios e alternativas para captar a atenção dos alunos e poder ensiná-los empregando coisas do seu cotidiano. Na tentativa de faze-los se sensibilizarem mais ao mesmo tempo que aprendem, Erin faz dinâmicas, e incentiva a leitura com a história do holocausto e Anne Frank, que é o impulso para passarem a escrever seu cotidiano e passarem a enxergar a vida a sua volta com outros olhos. Aos poucos, cada aluno foi mudando seus conceitos, suas atitudes, e passaram a ter mais empatia e respeito pelos outros, a se empenhar para serem melhores e nutriram grande admiração pela professora, tornando a sala um porto seguro.
O filme conta com uma perspectiva de aprendizagem que se utiliza dos objetos presentes no dia a dia dos alunos, os costumes de cada um, os gostos, a rotina diária. A professora faz uso de dinâmicas que fazem os alunos não só contarem suas experiências, mesmo que de forma indireta, como a perceber a realidade do outro, que assim como um pode ser vítima, o outro também tem os seus pesadelos diários, o que contribuiu para despertarem mais apreço e respeito pelos outros ao redor. Já o uso dos diários, proporcionou-lhes uma chance de colocarem para fora as coisas que enfrentam, que sentem, e que muitas vezes não tem quem ouça, e ainda serviu como forma de melhorar a escrita e a leitura, já que estavam se inspirando no Diário de Anne Frank. Um exemplo de aprendizagem mecânica foi quando os alunos aprenderam o que foi o holocausto, já que não faziam ideia do que se tratava. Porém, a escrita dos diários foi um processo de aprendizagem significativa, pois fazia relação com o diário de Anne Frank e suas próprias vivencias, tornando-se coisas já presentes em seus campos cognitivos. Erin conseguiu motivar seus alunos com experiências de outras pessoas e quando passaram a “olhar” para o outro, dando-lhes a chance de pensar no futuro, no que eles esperavam se tornar, mostrando que, no ambiente onde vivem, alcançando a chance de estudarem e alcançarem melhores condições de vida (inclusive com a publicação de suas histórias), eles podiam ser pessoas melhores.
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