Revisão De Conceitos - Behaviorismo

Comportamento respondente (reflexo)

De acordo com o livro “Clínica Analítico-Comportamental”, “Comportamento respondente é uma relação fidedigna na qual um determinado estímulo produz uma resposta específica em um organismo fisicamente sadio.” (BORGES & CASSAS, 2012, p. 19). Ou seja, um estímulo particular produz uma resposta particular, que é involuntária e imediata. Ainda de acordo com o livro, os reflexos podem sem divididos em duas categorias: incondicionados e condicionados. As “incondicionadas referem-se àquelas que não dependeram da experiência pessoal do sujeito, trata-se daquelas relacionadas à origem filogenética. As condicionadas são aquelas que se estabeleceram a partir da experiência daquele sujeito, constituindo-se, portanto, em sua historia ontogenética.” (BORGES & CASSAS, 2012, p. 20). Assim, o reflexo é influenciado pelas características inatas do organismo. O comportamento respondente não se determina nem pelo estímulo nem pela resposta que ele produz, mas pela relação entre eles.

Um exemplo de comportamento respondente é quando suamos com o aumento da temperatura. As glândulas sudoríparas do organismo liberam espontaneamente o suor com o intuito de diminuir a temperatura corporal. Ou seja, o suor é uma resposta inata do organismo ao aumento da temperatura.

Condicionamento respondente

É o procedimento pelo qual se institui uma relação respondente condicionada. É um método comportamental onde pareamentos contingentes e sistemáticos entre um evento neutro e um estímulo incondicionado transformam esse evento em um estímulo eliciador. A palavra “condicionamento” significa que a relação estímulo-resposta é condicional a uma relação entre dois estímulos.

Um exemplo de condicionamento respondente é quando uma pessoa relata que sente seu estômago embrulhar na presença de outra pessoa. O sujeito que faz o relato associou os efeitos dos momentos ruins vividos na presença do outro, por isso ele se sente desagradável em sua companhia. Essa sensação de nauseamento no convívio com outro indivíduo é, portanto, uma resposta reflexa condicionada.

Reforçamento

Existem dois tipos de reforço: o reforço positivo e o reforço negativo. De acordo com Keller, os reforços positivos são “todos aqueles estímulos que, quando apresentados, atuam para fortalecer o comportamento que os precede.” (KELLER, 1973, p. 17). Em outras palavras, é quando se adiciona algo no ambiente com o intuito de aumentar a frequência de uma resposta.

Um exemplo de reforço positivo: quando o comportamento de se estudar bastante é reforçado pelo fato de o estudante tirar uma boa nota, sendo esta um reforço positivo.

Os reforços negativos são aqueles estímulos que fortalecem uma determinada resposta ao serem eliminados do ambiente. Nesse caso, o reforçador é a ausência do estímulo.

Um exemplo de reforço negativo é quando, por exemplo, um indivíduo fecha a janela do carro durante uma chuva para que não entre água no automóvel durante a mesma. Nesse caso, o ato de se fechar a janela é reforçado pela ausência de água entrando durante a chuva.

Punição

“A técnica de controle mais comum da vida moderna é a punição.” (SKINNER, 2003, p. 198). A punição é na maioria das vezes utilizada para eliminar comportamentos inadequados, incômodos ou que não são aceitos no ambiente. A punição também é dividida em duas frentes: a positiva e a negativa, e segue a mesma lógica comentada no reforçamento. A punição positiva diminui a frequência de uma determinada resposta através da adição de algum estímulo no ambiente. Um exemplo é quando um bebê diminui sua frequência de choro (resposta) ao receber uma chupeta (estímulo).

A punição negativa também diminui a frequência de uma determinada resposta, mas através da eliminação de algum estímulo do ambiente. Um exemplo de punição negativa é quando se proíbe um adolescente que tira notas baixas no colégio (comportamento a ser mudado) de mexer no computador durante a semana, com o intuito de que ele possa tirar notas melhores.

Modelagem

É um processo no qual reforçamento, punição e extinção se alternam, aperfeiçoando aos poucos certo comportamento. Malott, em seu livro “Princípios Elementares do Comportamento”, define modelagem como um “método de aproximações sucessivas”, por se tratar de um processo gradual, onde “as respostas que se assemelham cada vez mais ao comportamento terminal são, sucessivamente,