Rogers Pessoa

Segundo sua perspectiva, podemos acrescentar ainda, que a noção de pessoa para Rogers possui uma outra característica, que é a liberdade subjetiva, e para a compreensão desse aspecto, levamos em consideração a liberdade subjetiva, pois esta luta pela liberdade de escolha. Consequentemente, essa noção de pessoa com Rogers é racional, autônoma, com recursos para seu desenvolvimento.

Podemos concluir também que a visão de pessoa para Rogers parte de um foco essencialmente positivo, de que a pessoa é naturalmente racional, progressiva e realista. Mas essa visão não se estabelece como a prioridade de uma filosofia das essências, porém como uma tendência, uma aptidão que se descobre dentro do processo ágil da existência.

O ser humano possui a capacidade, reprimida se não manifesta, de se compreender a si mesmo, resolver seus próprios problemas, assimilar os outros e chegar assim à satisfação, ou seja, chegar a felicidade e ao bom funcionamento do seu organismo.

Rogers não leva em consideração a pessoa em termos analíticos, ou estipula categorias e momentos na formação de consciência, nem diferencia, dentro da personalidade, sistemas de influência opostas.

O que interessa a Carl Rogers não é a essência, filosoficamente definida, da pessoa mas sim o processo dinâmico do indivíduo. E o ponto de partida desse seguimento é o núcleo positivo da personalidade, suas necessidades organísmicas, como a valorização de si, o afeto, a consideração positiva, consideração dos outros, que não vêm da aprendizagem, nem da educação, porém são instintivas do homem para o seu desenvolvimento.