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SÉRIE – NOSSAS ORIGENS

Por:   •  19/12/2016  •  Relatório de pesquisa  •  565 Palavras (3 Páginas)  •  365 Visualizações

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Universidade Estadual do Ceará – UECE

Centro de Estudos Sociais Aplicados - CESA

Curso de Graduação em Serviço Social

Disciplina: Teorias Psicológicas

Docente: Emilie Fonteles Boesmans

Aluno: Francisco Ítalo Queiroz Silva

Referência bibliográfica:

VYGOTSKY, L. S. Internalização das funções psicológicas superiores. In:______. A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. Cap. 4. p. 40-44.

Resumo:

No quarto capítulo da obra “A formação social da mente”, os princípios reguladores dos reflexos condicionados e incondicionados são apresentados pelo autor. Conforme exemplo de Pavlov, que desenvolve uma análise a partir de analogias desses princípios com uma ligação telefônica, o reflexo incondicionado é apresentado tal como uma conexão direta entre dois pontos e via uma linha especial; já o reflexo condicionado é apresentado tal como a conexão sendo proveniente de uma estação central especial, que possibilita que essa ligação seja completada.

Vygotsky evidencia a analogia do reflexo condicionado como princípio para expressar, metaforicamente, o processo de signalização (criação de signos). Por exemplo, quando um nó é atado para que se possa lembrar algo, uma associação condicionada temporária é formada, realizando o mesmo papel de associabilidade auxiliar, ou associação do segundo tipo de Pavlov. A associação feita por um indivíduo para lembrar-se de algo ao atar um nó pode ser considerada como aspecto que distingue as formas superiores e inferiores de comportamento.

O autor explica que, no campo psicológico, os signos atuam como instrumentos de maneira comparável ao papel de um instrumento no trabalho, ainda que essa analogia não implique em uma identidade entre esses dois conceitos que são apenas similares. Tal distinção se dá, pois os signos são pertencentes a um plano psicológico, de uma esfera abstrata, diferenciando-se, assim, dos instrumentos que são pertencentes a um plano natural, de esfera material.

São apresentadas três possibilidades para a relação entre signo e instrumento, sendo a primeira delas baseada nos conceitos de Hegel e Marx, e que estabelece pontos partilhados entre os mesmos. Essa primeira análise caracteriza o signo e o instrumento como possuintes de função mediadora, uma vez que a atividade mediada por ambos os elementos consiste na relação de objetos que agem e reagem com outros objetos, bem como seu uso afeta o comportamento dos indivíduos por meio dos signos.

A segunda possibilidade apresentada enfatiza os pontos distintos entre signo e instrumento, partindo do pressuposto de que ambos possuem maneiras distintas de direcionar o comportamento dos indivíduos; sendo a função do instrumento a de servir como um condutor da influência humana sobre o objeto da atividade, sendo orientado externamente. Já a função do signo, enquanto orientado internamente, dirige-se para o controle do próprio indivíduo, não modificando em nada o objeto da operação psicológica.

A terceira possibilidade destaca o elo psicológico real entre as atividades internas e externas e, consequentemente, trata da ligação real de seus desenvolvimentos na filogênese e na ontogênese; sendo a filogênese a evolução da espécie humana sob a perspectiva história, enquanto a ontogênese explica que a evolução e o desenvolvimento de um indivíduo dentro da espécie humana organizam-se de forma mútua pelo controle da natureza e do comportamento de maneira interligadas. Desse modo, as funções psicológicas superiores referem-se à combinação entre o instrumento e o signo na atividade psicológica, uma vez que a transição para atividades mediadas altera tanto as operações psicológicas, como o uso de instrumentos. Vygotsky explica que, enquanto na filogênese existe a interação com o coletivo como necessidade de sobrevivência, na ontogênese a fala surge como sendo necessária para a inserção no grupo.

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