SAP- SINDROME DE ALIENACAO PARENTAL
Exames: SAP- SINDROME DE ALIENACAO PARENTAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ANNA1 • 16/9/2013 • 1.201 Palavras (5 Páginas) • 702 Visualizações
RESUMO
O tema em estudo foi escolhido devido a atualidade do assunto alienação parental subsidiada
pela criação da Lei 12318 2010. No estudo é descrita e analisada a relação pais-filhos afetados
pela Síndrome da Alienação Parental, citando a conduta de ambos e principalmente as
conseqüências que tal síndrome traz para todos os envolvidos. Foram utilizadas decisões
judiciais como exemplos dos conteúdos levantados na pesquisa. O objetivo geral deste
trabalho é discutir os desdobramentos da Síndrome da Alienação Parental. Para tanto,
realizou-se uma pesquisa sobre o tema em livros que tratam sobre o direito de família e em
leis especiais que amparam o direito da família e do menor. Como resultado, constatou-se a
importância do acompanhamento familiar por especialista da área da psicologia e/ou
assistência social. A principal contribuição para a área de direto alcançada foi a comprovação
de que o amparo feito pelo judiciário é fundamental para a solução da síndrome de alienação
parental.
Palavras - chave: Direito de Família. Síndrome de Alienação Parental (SAP). Constituição
da República Federativa - ECA. Guarda.
‐Direitos reservados‐
A síndrome da alienação parental. 22 de outubro de 2008 18
O genitor alienante não cumpre mais sua função de proteção das crianças devido ao conflito
da separação, que o submerge. Uma relação fusional se cria entre o genitor alienante e as
crianças (em certos casos, esta relação pode aliás existir antes da separação parental),
levando a uma confusão das noções de identidade e de autonomia nas crianças.
O vínculo de confiança e de apoio mútuo que existia anteriormente entre os genitores se recria
entre o genitor alienante e as crianças. O vínculo entre os genitores é completamente destruído,
a noção de parentalidade comum não existe mais e o genitor alienante faz de tudo para que
o vínculo genitor alienado/crianças seja também destruído. Paraisso, ele utiliza as crianças
como instrumento de destruição.
As crianças se tornam intermediárias entre os dois genitores, o instrumento da vingança e do
ódio do genitor alienante. Elas são, de certo modo, coisificadas.Elas não têm mais um
verdadeiro poder de decisão por si próprias, mas são subordinadas à autoridade do genitor
alienante.
Se o grupo de os irmãos comporta mais crianças, o vínculo entre elas é reforçado pelo objetivo
comum, expulsar o outro genitor. Isso concorre para lhes dar a aparência de um só bloco.
As crianças são submetidas a uma pressão dupla. Elas apóiam o genitor alienante que sempre
se mostra como vítima. Elas o fazem não somente porque amam esse genitor, mas porque
sabem intuitivamente que serão rejeitadas se não o apoiarem. O genitor alienante parentaliza
as crianças elevando-as hierarquicamente ao mesmo nível que ele por um determinado tempo,
enquanto se mostra como vítima e único bom protetor das crianças. E, simultaneamente, e é
aqui que o processo é perverso, ele utiliza sua autoridade natural para incentivar a criança,
com o uso de não-ditos, a rejeitar o outro genitor.
A criança se encontra presa à armadilha desses vínculos falseados: ela se torna ao mesmo
tempo responsável e vítima desse processo. Tal qual o genitor alienante. Mas o genitor
alienante “esquece” que ela é apenas uma criança e que suas supostas “escolhas” se calcam
sobre as do genitor alienante. A criança não pode ter o mesmograu de consciência que um
adulto. Uma vez o circulo vicioso da rejeição desencadeado, assim que a criança participou
desse processo por atos, ela não pode mais voltar atrás. Ela tem medo de ser rejeitada pelo
genitor alienante e tem receio de seu comportamento em relação ao genitor alienado. E,
sobretudo, ela experimentou a onipotência de ser tratada como mais valiosa que o outro
genitor pelo aniquilamento de qualquer vínculo hierárquico.
O desaparecimento desta hierarquia natural leva a uma confusão do lugar da criança. Ela é
tanto adulta quanto criança, e é o genitor alienante que distribui os papéis. Na verdade, é ele
que vai decidir pela criança quem ela deve ser e quando. Daí o abuso de poder resultante,
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A síndrome da alienação parental. 22 de outubro de 2008 19
com a necessidade para o genitor alienante de domar e controlartodas as etapas e todas as
relações se ele quiser manter este equilíbrio artificial. As relações das crianças com o genitor
alienado passam doravante pelo crivo de sua vontade, mesmo que isso não seja dito. Na
realidade, essas relações serão aceitas ou não, em função da situação, e mais frequentemente,
aceitas e exploradas
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