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SITUAÇÃO SOCIAL

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Por:   •  14/12/2014  •  Relatório de pesquisa  •  997 Palavras (4 Páginas)  •  280 Visualizações

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SICOLOGIA SOCIAL

A Psicologia Social aborda as relações entre os membros de um grupo social. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais. Para alguns estudiosos, porém, a comparação entre a Psicologia Social e a Sociologia não é assim tão simples, pois ambas constituem campos independentes, que partem de ângulos teóricos diversos. Há, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a psicologia destaca o aspecto individual, a sociologia se atém à esfera social.

6. No Brasil, destacam-se nesta esfera dois psicólogos que trilham caminhos opostos:

Aroldo Rodrigues – empirista, acredita nas experiências como fonte única do conhecimento .

Silvia Lane – que adota uma linha marxista e sócio-histórica.

É com Sílvia Lane que se passa a admitir, claramente, o lugar e o significado da Subjetividade na Constituição Humana, buscando-se elementos da Consciência que permitam compreender o seu processo de construção.

7. COMO SURGE O CONCEITO

DE GÊNERO

Nascido no intenso debate científico que o feminismo dos anos 60 e 70 gerou, o conceito de gênero rapidamente passou a integrar o discurso das ciências sociais e humanas. A emergência deste conceito inscrevia-se num novo projeto teórico que pretendia demonstrar a produção social das crenças e saberes sobre os sexos, colocando a questão na agenda científica da investigação social e retirando-a definitivamente da zona de influências da biologia.

8. Gênero emerge de duas abordagens:

A essencialista sugere a existência de diferenças inatas entre os sexos. Conceituando gênero como uma propriedade estável, inata e bipolar de diferenciação sexual.

9. Socialização: O gênero passa a ser concebido, não como inato, mas como o resultado de forças sociais e culturais, aprendido por intermédio dos processos de modelagem e imitação (Bandura, 1977).

Em 1990 surge uma nova abordagem o construcionismo social, traz uma nova visão ao conhecimento e às práticas;centra-se essencialmente nos problemas das populações locais e critica-se as pesquisas que se pretendem universais.

10. O construcionismo social assume o gênero como uma construção social, um sistema de significados que se constrói e se organiza nas interações, e que governa o acesso ao poder e aos recursos (Crawford, 1995; Denzin, 1995). Não é por isso um atributo individual, mas uma forma de dar sentido às transações: ele não existe nas pessoas mas sim nas relações sociais.

Na Psicologia Social, os estudos que enfocam as práticas discursivas e a produção de sentidos no cotidiano (SPINK, 2004) alinham-se às posturas do construcionismo social. Este, por sua vez, constitui-se na dinâmica das mudanças que vêm ocorrendo desde o século passado em vários domínios de saber, que deram centralidade à linguagem na produção de conhecimentos e de realidades (IBANEZ, 2004).

Segundo Nogueira (2001), emerge como alternativa ao dualismo essencialista ou socializante, que avança ao questionar e recusar discursos universalizantes e generalizáveis sobre as mulheres. Com essa compreensão, a abordagem construcionista postula que não são identidades individuais que são construídas, mas formas de dar sentidos às relações sociais.

11. X

12. A Psicologia, enquanto campo de pesquisa, formação e atuação relacionada ao ser humano tem muito a contribuir no que se refere à desconstrução das desigualdades sociais e de gênero.

O gênero corresponde então a uma construção social por meio da qual são construídas subjetividades e que organiza as relações entre homens e mulheres num determinado contexto, estruturando relações de poder.

Estudar gênero, no âmbito da Psicologia, perpassa o entendimento de que categorias transversais de gênero, raça/etnia, classe social, orientação sexual e geração se cruzam construindo sujeitos com certas especificidades que precisam ser observadas.

13. LENISE SANTANA BORGES

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1982), mestrado em Women and Development - Institute of Social Studies (1995) e doutorado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). Atualmente é coordenadora de projetos do Grupo Transas do Corpo e professor assistente I da Universidade Católica de Goiás. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: práticas discursivas, mídia, gênero, dst-aids

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