Saúde e Identidade de Gênero/Transsexualidade
Por: liritih • 9/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.713 Palavras (7 Páginas) • 357 Visualizações
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Centro Universitário do Rio Grande do Norte
Práticas Integrativas III
Relatório 1: Saúde e Identidade de Gênero/Transsexualidade
Docente: Mariana Cela
Discentes: Emily Karolyne
Lilianne Alice
Líriti Holanda
Luiza Regina
Renata Raissa
Natal/RN
Sumário
Introdução
Discursão
Problematização
Considerações Finais
Referencias
Anexos
Introdução
Compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença, é o principal papel da psicologia da saúde. Um dos conceitos da psicologia da saúde é a disciplina ou o campo de especialização da psicologia que aplica seus princípios, conhecimentos científicos e técnicas para avaliar, diagnosticar, modificar, tratar e prevenir problemas físicos ou mentais, ou seja, aplicação da psicologia clinica no âmbito médico. Promovendo intervenção clínica e desempenhando em diversos contextos, como em hospitais, centros de saúde comunitários, organizações não governamentais, postos de saúde, unidades psiquiátricas, com o intuito de prevenir doenças no campo primário, secundário e terciário.
Portanto, o trabalho conjunto com uma equipe multidisciplinar é de fundamental importância nessa abordagem, haja vista que o principal trabalho desenvolvido pelo psicólogo é promover educação para saúde, uma vez que habilita a comunidade a lidar, controlar e melhorar a qualidade de vida, intervindo no cotidiano da população, prevenindo riscos no âmbito sanitário.
No Brasil, o modelo de assistência à saúde é baseado numa organização hospitalocêntrica, onde os cuidados básicos se dão nos hospitais, ao invés de utilizarem uma forma de prevenção primária. O médico é visto de maneira hegemônica, tendo o biopoder que é o exercício de poder sobre a vida e a morte, logo ele tem o privilegiamento do saber clínico.
É necessário que haja uma integralidade de princípios que considere as dimensões biológicas, psicológicas e sociais deste processo entre a saúde e a doença, promovendo proteção, recuperação e reabilitação, visando à totalidade do individuo, que deve ser divulgado como uma nova cultura da educação profissional da saúde, esta nova visão de qualidade em saúde enfatiza a humanização do cuidado para com o sujeito, mediante a interação com o paciente/cliente, visando a melhor condição para sua satisfação.
Dito isso, adentraremos no assunto identidade de gênero, orientação sexual, sexo biológico e suas devidas conceituações, haja vista que esse tema é de suma importância não apenas no âmbito da saúde, mas também para toda sociedade.
Existem dois sexos, homem e mulher que correspondem a sua genitália. A identidade de gênero habitualmente é menos compreendida, tendo em vista que a orientação sexual se refere ao desejo em relação ao outro, ou seja, ao sexo pelo qual o indivíduo se sente atraído sexual e emocionalmente, e a identidade de gênero é como o individuo se reconhece e se identifica dentro dos gêneros (masculino e feminino) estabelecidos pela sociedade. Entretanto, o sexo biológico nem sempre concorda com o gênero psíquico: são os travestis e transexuais, ou transgêneros.
Discursão
Nas redes de saúde públicas, a Atenção Básica é definida como porta de entrada das redes de atenção. Essa estrutura tende a promover uma melhor articulação dos serviços, tendo em vista a totalidade da assistência. Faz-se necessário que esse sistema funcione adequadamente, melhorando assim a grande parte dos problemas de saúde, consequentemente as filas nos prontos socorros e hospitais serão reduzidas, assim como o uso indiscriminado e abusivo de medicamentos.
Muito comumente os trans (travestis e transexuais) costumam não usufruir dos serviços disponibilizados por serem discriminados nas unidades básicas de saúde, onde só procuram atendimento em casos de urgência, que são os hospitais e é sabido que os problemas de saúde predominantes são resolvidos nas unidades de atenção primária. Prejudicando assim, o próprio individuo, pois além de resolver seus problemas poderiam preveni-los.
Entretanto, tem se visto que esses serviços em vez de serem locais de acolhimento e proteção, sendo apresentado como locais que conserva e reproduzem os preconceitos e as desigualdades sociais. Em algumas Unidades a discriminação é mais notória, o que corrobora com que os trans resistam durante muito tempo a procurar assistência médica. Mostrando como os profissionais da área de saúde não são capacitados a lidarem com esses assuntos tabus, porém é necessário tratar com a dimensão subjetiva do cuidado.
No Brasil, são estabelecidas normas para a atuação do psicólogo em relação às questões de sexualidade, prevendo que o profissional não deve tratar dessas questões de gênero como patologia, distúrbio ou perversão, não tendo um olhar de heteronormatividade no qual é considerado anormal o individuo que não se encontra nesse padrão imposto de que o sexo biológico tem que se relacionar com a identidade de gênero, sendo assim marginalizado pela sociedade. Portanto os psicólogos desenvolvem o papel que compreende o sofrimento do sujeito, mediando à formação de novas realidades para melhor inserção no meio, desta forma contribuindo com todo seu conhecimento acerca do desenvolvimento humano, trazendo consigo uma reflexão acerca do preconceito, contribuindo assim para o desaparecimento de descriminações e oferecendo uma melhor qualidade de vida.
Problematização
O diagnóstico de “Transtorno de Identidade de Gênero”, se dá através do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV), que se encontra formalmente classificado no Código Internacional de Doenças (CID 10). Para o diagnóstico ser dado é necessário seguir alguns critérios, evidenciar uma persistente identificação com o gênero oposto, que consiste no desejo do sujeito, ou a insistência do sujeito de que ele é do sexo oposto; a identificação com o gênero oposto não se pode pensar em um simples desejo de quaisquer vantagens culturais vista por ser do outro sexo, deverá ter evidencias de um desconforto que persista no próprio sexo, relacionado a uma sensação de incoerência no gênero deste sexo; o diagnóstico não poderá ser feito se o sujeito tiver uma condição intersexual física; deverá haver evidencias de sofrimento clinicamente significativo, ou que o sujeito venha ter prejuízos no seu relacionamento social, ocupacional ou em áreas importantes do convívio do sujeito.
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