Sentimentos Advindos da Maternidade
Por: Amanda Vasconcelos • 5/10/2020 • Artigo • 720 Palavras (3 Páginas) • 127 Visualizações
Resumo texto 7 – sentimentos advindos da maternidade
O artigo inicia destacando as alterações marcantes que uma mulher grávida vivencia, desde mudanças hormonais até psicológicas, frisando que se trata de uma vivência pessoal, isto é, cada mulher lida de uma forma diferente com as alterações ocorridas de uma gravidez.
Apesar desse aspecto mais pessoal de lidar com todas essas modificações, existe um certo padrão acerca dos sentimentos tidos pela mulher de acordo com a fase atual de gravidez. Desse modo, no primeiro trimestre, o que se tem são manifestações de ambivalência, como dúvidas de estar grávida ou não, além de sentimentos de alegria, apreensão e, infelizmente, até rejeição do bebê. No segundo trimestre, a mulher começa a incorporar mais a gravidez em si, ou seja, começa a ter um aspecto emocional mais estabilizado entendendo o feto em formação como parte completa de si mesma. E no terceiro trimestre, normalmente é marcado por níveis mais elevados de ansiedade tendo em vista a proximidade do parto e as mudanças de realidade que irão ocorrer com a chegada do bebê.
Outro ponto interessante nesse início de artigo são os programas e políticas desenvolvidos como forma de amparar essa população de mulheres gestantes. O artigo destaca a criação, em 1984, do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), o qual foi voltado, entre outras coisas, para o desenvolvimento de ações educativas, preventivas, diagnóstico, tratamento de doenças e recuperação. Em 2003, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), que além de incorporar a integralidade e a promoção da saúde como princípios norteadores, destacou-se também por incorporar atenção às mulheres rurais, indígenas, às presidiárias e às lésbicas. Com o intuito de incentivar as gestantes a buscarem o SUS, estabelecendo, no mínimo, 6 consultas pré-natais como ideais, criou-se o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento. Esses programas foram bem relevantes e essenciais no aspecto das gestantes, quando o artigo nos traz informações sobre o Sistema de Informação em Pré-Natal, demonstrando que aproximadamente 96% das gestantes estavam sendo assistidas por serviços de saúde e 85% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, resultando diretamente num menor número de mortalidade materna e infantil.
O artigo tem como objetivo analisar os sentimentos relativos à maternidade em um grupo de gestantes. Foi um trabalho realizado em Fortaleza, no Ceará. Essa avaliação dos sentimentos foi feita a partir de 3 encontros com as participantes. No primeiro encontro, as gestantes buscavam identificar os possíveis pontos negativos relacionados à gestação. O segundo encontro era baseado nesses pontos negativos, com a discussão entre as gestantes acerca de tais pontos tidos como negativos. E no terceiro, era mais voltado para uma avaliação final das gestantes acerca desses encontros e sobre a discussão dos pontos negativos levantados.
O ponto alto do artigo é justamente demonstrar nos resultados como os sentimentos das gestantes foram mudando conforme os encontros iam acontecendo. Dessa forma, o que se percebeu foi que inicialmente, havia mais mulheres que não desejavam a gravidez e não tinham tantos sentimentos de afeto, felicidade, prazer e outros pontos positivos relacionados com a gestação. O artigo não aborda possíveis motivos relacionados a isso, mas entendendo a situação, talvez possa ser explicado pelo fato da maioria estar ainda na sua primeira gestação, sem saber lidar ao certo com esse novo fato e também por apenas metade das gestantes exercerem alguma atividade remunerada, o que pode desencadear sentimentos de angústias quanto a forma de criar futuramente a criança. Além disso, muitas relataram medo dos parceiros não aceitarem a gravidez e o bebê.
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