Suinocultura - Bem Estar Na Maternidade

INTRODUÇÃO

A maternidade é de grande necessidade e importância para a suinocultura e é onde se exige uma maior atenção dos produtores. Antes de receber as fêmeas gestantes a sala de maternidade deve ficar em vazio sanitário por pelo menos cinco dias, e as porcas devem ser transferidas para a maternidade sete dias antes do parto para que elas se adaptem ao novo local , logo que este deve ter o mínimo de ruído possível para evitar um maior estresse da matriz .Na maternidade deve-se conciliar as necessidades dos leitões com as das fêmeas , sendo que a mais importante é a faixa de conforto térmico pois, nos primeiros dias de vida dos leitões esta situa-se entre 32 e 34°C e a da matriz esta em uma faixa é de 16 a 21°C. Logo, nesta maternidade teremos que atender a estas distintas temperaturas em um mesmo ambiente, pois é fundamental que tanto as porcas quanto os leitões permaneçam em uma temperatura ótima para um melhor manejo dos mesmos.

Para tanto é necessário a utilização de instalações especificas onde se fornece um ambiente de temperatura adequada para os leitões sem alterar ou prejudicar o bem estar da porca lactante. As instalações das maternidades possuem um equipamento mais complexo do que de outras instalações utilizadas dentro da atividade, onde a matriz deve ficar contida com segurança e conforto a um equipamento destinado, esse equipamento denomina-se gaiola maternidade ou cela-parideira.Onde o ambiente especifico dos leitões pode ser fornecido por meio de lâmpadas comuns ou infravermelhas, sendo as vezes protegidas por uma campânulas.Sendo que outros problemas como as corrente de convecção e corrente de ar, má distribuição de calor , esmagamento dos leitões , grande custo econômico com eletricidade e mortalidade dos leitões podem ser resolvidos através de um abrigo chamado de escamoteador e este é indispensável para a melhoria do acondicionamento ambiental dos leitões.Outra forma de fornecer calor suplementar e uniforme para os leitões é por meio de instalações de canos para circulação de água quente ou aquecedores elétricos na forma de manta ou embutidos no piso do escamoteador.

Características gerais da espécie

Os suínos são animais que evoluíram a partir do javali, que foi domesticado pelo homem há milhares de anos. Os suínos são mamíferos que tem quatro patas, sendo que cada uma delas possui quatro dedos. Possui um focinho cartilaginoso e 44 dentes em sua boca. Apresentam glândulas no corpo que eliminam cheiro forte. Sua pele é coberta por uma espessa camada de gordura. São onívoros. Seu peso varia entre 100 e 500 Kg. O comprimento varia em média 1,5 metros (animal adulto). Sua gestação é de aproximadamente 114 dias. Sua capacidade de respiração é muito pequena, relativamente, devido ao pouco desenvolvimento de suas cavidades nasais e do véu palatino e da sua fraca evaporação cutânea. Por este motivo, os porcos são muito sujeitos à asfixia quando ficam expostos ao sol, quando fazem exercícios muito fortes ou, então, em dias muito quentes.

A carne suína é rica em nutrientes essenciais, sendo a proteína de origem animal mais consumida no mundo, contribuindo para obtenção de alimentação balanceada. Possui sabor e maciez característicos, além de ser fonte de vitaminas e minerais. Um ponto importantíssimo a ser enfatizado em relação à carne suína é que 70 % dela esta situada abaixo da pele (toucinho). Apenas 20 a 22 % estão entre os músculos, dando sabor e maciez.

Principais raças criadas no Brasil

Duroc – Foi a primeira raça a ser introduzida no país e, portanto, a que iniciou o melhoramento e a tecnificação da suinocultura brasileira.

Large White – foi introduzida no país na década de 70, muito utilizada na produção de híbridos.

Landrace – suas características básicas são prolificidade, habilidade materna e desempenho são muito utilizados nos programas de produção de híbridos.

Hampshire – é uma raça que se caracteriza pela qualidade da carcaça, rusticidade e pela preferência dos criadores em usá-las nos cruzamentos.

Wessex - suas características básicas são prolificidade, habilidade materna.

Pietrain – possui uma excelente massa muscular, sendo muito utilizada em cruzamentos.

Moura - suas características básicas são prolificidade, comprimento e rusticidade.

Piau – caracteriza pela sua rusticidade.

AMBIENTE (ZONA DE CONFORTO, EXIGÊNCIAS TÉRMICAS)

Os suínos são animais homeotérmicos, capazes de regular a temperatura corporal. Contudo, o mecanismo de homeostase, é eficiente somente quando a temperatura ambiente está dentro de certos limites. Pensando no bem estar animal é importante que as instalações de maternidade tenham temperaturas ambientais próximas às das condições de conforto dos suínos (Fávero,2003).

A primeira condição de conforto térmico animal dentro de uma instalação é que o balanço térmico seja nulo, ou seja, o calor produzido pelo organismo animal, somado ao calor ganho do ambiente, seja igual ao calor perdido. A termólise e a termogênege que ocorrem durante a termorregulação envolvem as trocas de calor sensível, condução, radiação, convecção e as trocas de calor latente pela evaporação e condensação, sendo que o animal aciona estes mecanismos regulatórios de acordo com a temperatura ambiente, comparativamente a sua zona de termoneutralidade (Nããs, 2000).

Pelo menos três condições básicas devem ser observadas para um ótimo conforto térmico sob o ponto de vista fisiológico (Silva, R.G., 2000).

1. Considerar que existe um balanço calórico entre os animais e o meio ambiente;

2. Estabelecimento de uma importante relação entre a temperatura média da pele e a atividade do animal na zona de conforto;

3. Estabelecimento de perda de água por evaporação e a atividade do animal na zona de conforto.

Já para se manter uma temperatura interna da instalação dentro da zona de conforto térmico para o bem estar animal, aproveitando as condições naturais do clima, alguns aspectos básicos devem ser observados, como: localização, orientação e dimensões das instalações, cobertura, área circundante e sombreamento (Fávero,2003).

Outra maneira para avaliação