Serviço Social
Trabalho Escolar: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaelgilbertosc • 29/6/2014 • 951 Palavras (4 Páginas) • 312 Visualizações
A autocracia burguesa: o “modelo” dos monopólios
É considerado o período de 1961-1964 como a crise de forma de dominação burguesa no Brasil que nada mais foi que a contradição entre industrialização pesada e a modalidade de intervenção reprimindo assim classes e camadas sociais do sistema de poder político, essa contradição fragilizarão o lastro hegemônico da dominação burguesa.
O deslocamento para o campo da antidemocrática ocorreu em abril de 1964, que consistiu, especialmente, no reforça mento do papel do papel peculiar do Estado.
O Estado que se estrutura depois do golpe de abril expressa o rearranjo político das forças socioeconômicas a que interessam a manutenção e a continuidade daquele padrão, aprofundadas a heteronomia e a exclusão.
O pacto contrarrevolucionário veio para assegurar o esquema de acumulação que garante a prossecução de tal padrão.
O Estado erguido pós-64 tem por funcionalidade assegurar a reprodução do desenvolvimento dependente e associado, assumindo, quando intervém diretamente na economia, o papel de repassador de renda para os monopólios e politicamente mediando os conflitos setoriais e Inter setoriais em benefício estratégico das corporações transnacionais na medida do capital nativo ou esta coordenado com elas ou com elas não pode competir.
A projeção histórico societária que deveria encarregar-se o estado ditatorial estava inscrita, como necessário desenvolvimento da sua programática econômico política, já, na implementação da continuidade do padrão de desenvolvimento dependente e associado tratava de operar para criação, no espaço nacional, das condições ótimas, nas circunstâncias brasileiras, para a consolidação do processo de concentração e centralização de capital que vinhas se efetivando desde antes.
A modernização conservadora conduzida no interesse do monopólio: benesses ao capital estrangeiro e aos grandes grupos nativos, concentração de centralização em todos os níveis consagradas inclusive em tentacular repertorio operativo e normativo acionado por conselhos e coletivos diretamente atrelados ao grande capital. Elas instauraram o perfil e a estrutura econômico social do Brasil legados pela ditadura: a internalização e a territorialização do imperialismo; uma concentração tal de propriedade e da renda que engendrou uma oligarquia financeira: um padrão de industrialização na retaguarda tecnológica e vocacionado para fomentar e atender demandas enormemente elitizadas no mercado interno e direcionado desde e para o exterior; a constituição de uma estrutura de classes fortemente polarizada, apesar de muito complexa; um processo de pauperização relativa praticamente sem precedentes no mundo contemporâneo; a acentuação vigorosa de concentração geopolítica das riquezas sociais, aprofundando brutais desigualdades regionais.
O processo da autocracia burguesa
O exame menos epidêmico da ditadura militar brasileira revela-a como um processo, o ciclo da autocracia burguesa; com momentos nitidamente diferenciados e diferenciáveis no plano empírico e analítico. Em tal processo contem-se a constituição e a crise da autocracia do seu regime político.
Entendemos que o ciclo autocrático burguês recobre três lustros¬ de abril de 1964 a março de 1979.
O que o governo figueiredo demarcou, claramente e de modo inédito, no bojo dos instantes finais do ciclo autocrático.
Ao longo dos três lustros, a autocracia burguesa evoluiu diferencialmente.
O primeiro momento (1964-1968) e singularizado pela inépcia da ditadura em legitimar-se politicamente, em articular uma ampla base social de apoio que sustentasse as suas iniciativas.
Para a erosão da unidade do pacto contrarrevolucionário concorreram vetores nitidamente políticos, entre os quais, com peso não desprezível, os projetos particulares de liderança que jogaram no golpe como um fito de realizá-los
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