SÍNTESE DO CAPÍTULO "A FUNÇÃO DOS SONHOS"
Por: Ana Carolina Artioli • 28/8/2017 • Dissertação • 703 Palavras (3 Páginas) • 287 Visualizações
No capítulo “A função dos sonhos”, do seu livro “O homem e seus Símbolos”, Carl G. Jung fala sobre a dificuldade de se compreender um sonho, que, diferente da nossa vida real, consciente, não se preocupa em utilizar a lógica, utiliza imagens aleatórias, não nos dá a noção de tempo. Consequentemente, muitas pessoas leigas, ao não conseguirem dar sentido aos seus sonhos, tendem a permanecerem confusos desorientados ou apenas ignora-los.
A função dos sonhos, conforme Jung é realizar a tentativa de restabelecer a balança psicológica do ser humano, produzindo um material onírico que irá reconstituir o equilíbrio psíquico total. Ele irá compensar as deficiências da personalidade do indivíduo e, além disso, irá também preveni-las dos seus caminhos atuais. Jung deixa claro no Capítulo que, quando a pessoa ignora seus sonhos pode sofrer acidentes reais.
O autor ressalta no capítulo a importância dos aspectos subliminares daquilo que nos acontece na nossa vida para a análise dos sonhos. Conforme ele os sonhos são analisados pelos psicólogos a partir das expressões do inconsciente, já que eles se constituem nas raízes dos nossos pensamentos conscientes. Objetos e ideais banais podem então ser tomados por uma forte significação psíquica, por isso nos faz acordar confusos e perturbados.
Jung afirma que quando um indivíduo está acordado ele se limita e se restringe às afirmações racionais, e nos sonhos as imagens produzidas tendem a ser mais estranhas, já que tendem a expressar o seu sentido inconsciente, um sentido individual e particular, já que de acordo com o autor, cada objeto, imagem ou palavra que tem uma significação geral no nosso consciente, terá uma significação particular para cada individuo.
Jung classifica como simbólicos aqueles sonhos que representam uma situação de modo indireta ou por meio de uma metáfora, e é segundo ele, o resultado da nossa dificuldade de captar o conteúdo emocional da linguagem que é ilustrada.
A comparação entre o homem contemporâneo e o homem primitivo é realizada pelo autor neste capítulo objetivando explicar o motivo delas serem importantes para a compreensão da tendência que o ser humano tem de construir símbolos e expressa-los através dos sonhos, que são muitas vezes compostos por imagens e associações análogas a Ideias, mitos e ritos primitivos.
Jung trás ainda no capítulo, um contestação ao que Freud afirmava a respeito do inconsciente e das imagens oníricas. Ele entendia que Freud falava sobre o inconsciente como uma lata de lixo que guardava resíduos do consciente, sendo que para o autor essas imagens são muito mais do que resíduos, mas o elo que une o mundo racional da consciência e o mundo instintivo.
A interpretação dos sonhos deve ser entendida como algo do inconsciente, e ás vezes, pode revelar situações antes de aquilo acontecer e as pessoas optam por não considerar e não interpretar os sonhos, não acham relevante e não acreditam nos símbolos que eles trazem. Um exemplo trazido no capítulo sobre como as pessoas não dão importância para os sonhos, foi à experiência do autor na África Ocidental, em que os habitantes negavam que sonhavam e diziam que apenas os sonhos dos chefes da tribo e dos feiticeiros possuíam valor.
Assim, é nítido observar o quanto os sonhos não são levados pelas pessoas como algo do inconsciente que
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