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TCC 'Psicopedagogia

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Por:   •  25/3/2015  •  1.203 Palavras (5 Páginas)  •  802 Visualizações

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1. APRESENTAÇÃO

Como parte do processo para a obtenção do titulo de especialista na área de Psicopedagogia Clínica e Institucional do curso oferecido pela Faculdade Santo André – Ji-paraná e tendo em vista a necessidade de uma experiência prática onde se aplicou grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo do curso com os princípios teóricos e metodológicos estudados, demos conclusão a etapa de Estágio Supervisionado de prática Psicopedagógica Clínica.

O estagio supervisionado foi realizado em uma escola da rede publica estadual de Costa Marques – RO – E.E.E.F. Gomes Carneiro, localizada na avenida Chianca nº 722, Bairro Setor 02. A apresentação do grupo na escola ocorreu no dia 13 de agosto de 2012, dando início a esta etapa e concluímos dia 23 de agosto do mesmo ano. As sessões foram aplicadas com duração de 50 minutos evitando o desgaste do aluno e distribuídas da seguinte forma: anamnese – 100 minutos; visita a escola do aprendente – 100 minutos; aplicação dos testes e sessões avaliativas através de atividades - 200 minutos; informe psicopedagógico é parecer diagnóstico – 150 minutos; sessões para aplicação de atividades com intervenções contidas no projeto de intervenção – 100 minutos; devolutiva final com os devidos encaminhamentos – 100 minutos; apresentação na escola 120 minutos. Somando assim: 14 horas e 30 minutos de carga horária.

O presente relatório é composto por todas as atividades, de observações e experiências adquiridos ao logo do estágio e baseado em teorias dos principais nomes da área como Piaget, Sarah Paín, Fernandez, Bamberger, Zilberman, Almeida, Cagliari, entre outros.

Colocar em prática os conhecimentos adquiridos cria oportunidade aos estagiários a ter contato diretamente com o ambiente de trabalho, conscientiza sobre a importância do trabalho desenvolvido, faz interagir com novas pessoas e possibilita entrar com boas indicações no mercado de trabalho.

2. INTRODUÇÃO

Há muito tempo que o fracasso escolar vem sendo objeto de estudos de grandes instituições, mas apesar de grandes avanços na área afim, ainda a muito caminho a percorrer para que possa ser efetivamente reverter esta situação nas escolas do nosso país, principalmente nas públicas, esta resposta insuficiente do aluno sobre a exigência do sistema escolar vem sendo causada por dificuldades ou até mesmo por distúrbios de aprendizagem.

Os Distúrbios de aprendizagem geralmente são caracterizados pelos pais e professores como basicamente uma falta de Inteligência, mas pelo contrário, muitas das pessoas que possuem algum tipo de distúrbio tem um QI (quociente de inteligência) acima da média. Eles constituem deficiências reversíveis, necessitando assim de atenção especial e formas de ensino apropriadas, em alguns casos devem ter intervenção de profissionais habilitados para lidar com esses distúrbios que são um dos principais causadores de dificuldades de aprendizagem.

Muitas vezes crianças tem sua imagem denegrida por com adjetivos como, por exemplo, preguiçosas e desinteressadas, em função da falta de conhecimento dos seus educadores. Existe um grande número destes profissionais que ainda desconhecem as dificuldades de aprendizagem assim como os distúrbios, não possuindo assim a capacidade necessária de lidar com eles, agindo de forma errônea na execução do seu trabalho e em alguns casos agravando ainda mais a situação. As crianças que apresentam essas dificuldades vivem frustradas, resultado da desmotivação e incomodo de um sentimento de incapacidade de resolver as tarefas escolares, causando um autoestima negativo que pode ser carregado até a vida adulta. Acabam atribuindo isso à incompetência pessoal despertando um grande sentimento de vergonha, dúvidas sobre si mesmo, distanciando-se assim das demandas pedagógicas. Esses sentimentos de inferioridade, frustração, raiva e agressividade diante deste fracasso escolar, podem influenciar também em sérios problemas comportamentais.

Essas deficiências no processo de aprendizagem podem ter diversas causas que afetam a capacidade dos indivíduos. Exemplos delas são problemas no aparelho auditivo ou na visão, conflitos no ambiente familiar, defasagem na qualidade do ensino, inadaptação ao método utilizado, aversão por determinada matéria, diferenças culturais, problemas sociais como a desnutrição, questões genéticas, ocorrência de acidentes e muitas outras.

As características que devem ser observadas em crianças que possuem difilcudades de aprendizagem, são dificuldades específicas para a realização de atividades como a leitura, a escrita, a fala, o raciocínio e as habilidades matemáticas. Essas crianças precisam de atenção e tratamentos diferenciados como a ajuda de profissionais especializados, formas diferentes de ensino, escolas com recursos específicos, entre outras.

Certas dificuldades de aprendizagem também estão relacionadas com alguns distúrbios que afetam diretamente a leitura, como por exemplo: a dislexia, discalculia, disgrafia, hiperlexia, deficiência auditiva, deficiência visual, transtorno de déficit de Atenção e hiperatividade e outros.

De maneira geral os professores devem estar preparados para lidar com qualquer tipo de dificuldade apresentadas na assimilação do conhecimento, principalmente o da leitura. Afinal a atitude desempenhada pelo professor, fará toda a diferença para o desempenho literário do estudante. A maior parte dos distúrbios passam a ser percebidos quando as crianças começam a frequentar a escola e, por isso, é necessário que as mesmas estejam inseridas em instituições de ensino de qualidade capazes de ajudá-las. Estes docentes são geralmente os primeiros a identificar estas dificuldades.

Existem vários fatores a serem observados, analisados e aplicados para que o ensino ocorra com qualidade e eficiência. Para Paín (1985), psicopedagoga e estudiosa dos problemas de aprendizagem, há quatro fatores fundamentais que necessitam ser considerados no diagnóstico de um problema de aprendizagem: fatores orgânicos, específicos, psicógenos e ambientais.

• Fatores orgânicos – uma criança com transtornos físicos terá mais dificuldade em aprender.

• Fatores específicos – referem-se aos transtornos perceptomotores ligados à área da linguagem (articulação e escrita).

• Fatores psicógenos – os problemas de aprendizagem podem e manifestam-se em decorrência de perturbações neuróticas (satisfação pelo afastamento da realidade e pelo excessivo contentamento na fantasia).

• Fatores ambientais – esses fatores relacionam-se ao meio ou ao ambiente físico e material da criança, ou seja, às condições de moradia, ao acesso ao lazer e esporte, aos meios de comunicação, ou às expectativas de futuro.

Este estudo visa analisar e compreender estes distúrbios e dificuldades de aprendizagem, assim como propiciar experiência e contato direto com os problemas causados por tais condições dentro do contexto escolar no ato pedagógico. Assim propõe relatar uma complexa experiência psicopedagógica clínica que foi gerada através de uma queixa da professora de uma menina de 9 anos que apresenta problemas relacionados a leitura, interpretação de texto, principalmente na identificação de algumas letras o que consequentemente a leva te ter baixo rendimento na disciplina de língua portuguesa.

O estudo do caso apresentando, foi resultado de um projeto elaborado de acordo com as queixas apresentadas pela educadora da envolvida. Seguindo rigorosamente os conceitos do curso em questão e tendo como referência grandes estudiosos da área, buscando mesmo na condição de estagiários, êxito no diagnostico psicopedagógico da criança.

3. REGISTRO DE QUEIXA

Aprendente: E.G.G

Queixa: E.G.G. esta cursando o 4º ano matutino do Ensino Fundamental em uma escola da rede pública estadual do município de Costa Marques – RO. A professora apresentou a seguinte queixa: E.G.G tem apresentado baixo rendimento na disciplina de Língua Portuguesa, tendo dificuldade na parte de: leitura; interpretação de texto; e identificação de letras. A sua leitura é totalmente desproporcional a serie que cursa, trocando frequentemente as letras, como N com M principalmente, a própria afirma que não se identifica com a disciplina.

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