TDAH - HIPERATIVIDADE NA INFÂNCIA: UM TRANSTORNO FAMILIAR
Por: phgpsi • 14/9/2020 • Trabalho acadêmico • 4.942 Palavras (20 Páginas) • 143 Visualizações
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FACULDADE VALE DO SALGADO
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
GISELE DA SILVA FREITAS; LUANA PEIXOTO BATISTA; PAULO HENRIQUE GIRÃO DO NASCIMENTO; ROSENILZA LIMA FREIRE
TDAH - HIPERATIVIDADE NA INFÂNCIA: UM TRANSTORNO FAMILIAR.
ICÓ-CE
2017
GISELE DA SILVA FREITAS; LUANA PEIXOTO BATISTA; PAULO HENRIQUE GIRÃO DO NASCIMENTO; ROSENILZA LIMA FREIRE
TDAH - HIPERATIVIDADE NA INFÂNCIA: UM TRANSTORNO FAMILIAR.
Projeto de pesquisa submetido à disciplina de Metodologia da Investigação e Escrita Científica do Curso Bacharelado em Psicologia da Faculdade Vale do Salgado, a ser apresentado como requisito para obtenção de nota.
ICÓ-CE
2017
LISTA DE SIGLAS OU ABREVEATURAS
ABDA: Associação Brasileira do Déficit de Atenção
CAPS i: Centro de Atenção Psicossocial Infantil
TCC: Tratamento Cognitivo-Comportamental
TCLE: Termo de Consentimento Livre Esclarecido
TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade
TFD: Termo de Fiel Depositário
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
2 OBJETIVOS 7
2.1 OBJETIVO GERAL 7
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 7
3 REVISÃO DE LITERATURA 8
3.1 TDAH: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 8
3.2 SINTOMAS E MEDICAÇÕES 10
3.3 IMPACTO NO ÂMBITO FAMILIAR 12
3.4 O PAPEL DO PSICÓLOGO NO TRATAMENTO DO TDAH 14
4 METODOLOGIA 17
4.1 TIPO DE ESTUDO 17
4.2 LOCAL DE ESTUDO 17
4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO 18
4.4 INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 18
4.5 ANÁLISE DOS DADOS 18
4.6 ASPECTOS ÉTICOS 18
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 20
6 ORÇAMENTO 21
REFERÊNCIAS 22
1 INTRODUÇÃO
A história do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade) começa no século XVIII com o médico escocês Alexander Crichton (1763 – 1856). Seus escritos apontavam para o que temos hoje como definição deste transtorno. Em um deles chamado “Atenção e suas Doenças” ele afirma que todos temos variações no nível de atenção, mas que alguns indivíduos em particular, tem uma “desatenção patológica”. Não houve precisão em seu diagnóstico sobre esta patologia por deixar de observar a relação dos déficits de atenção e outras circunstâncias que envolviam estes pacientes, tais como disfunção metabólica, epilepsia ou mesmo um trauma cerebral, que certamente influenciariam no diagnóstico. Mesmo assim Crichton é reconhecido como pioneiro pela tentativa de sistematizar os comportamentos de desatenção observados. (REZENDE, 2016)
Segundo Caliman (2010), atualmente se recorre ao DSM IV-R (2000) e a síndrome hipercinética exarada no CID 10 (1992) para um diagnóstico mais preciso. Porém, nota-se que, historicamente, não era necessário desenvolver os três sintomas simultaneamente, a saber a hiperatividade, a impulsividade e a desatenção, para que se estabelecesse o transtorno. George Still, primeiro pediatra inglês, em 1902 o chamou de síndrome da encefalite letárgica e no decorrer do tempo recebeu outras nomenclaturas até chegarmos a que temos nos dias hoje.
Há um discurso recorrente no âmbito escolar no que diz respeito ao diagnóstico precoce de TDAH. Cada vez mais alunos aparecem com o transtorno diagnosticado e, por conseguinte, o tratamento medicamentoso é indicado. O cloridrato de Metilfenidato, comercializado no Brasil com os nomes farmacológicos de Ritalina (do Laboratório Novartis) e Concerta (Laboratório Janssen-Cilag), tem sido os mais prescritos. (BONADIO, MORI, 2013)
Beltrame e colaboradores (2015) afirmam que a falta de um diagnóstico preciso e a consequente apropriação imediata deste pelos pais como resposta ao mau desempenho escolar, afeta drasticamente a vida do indivíduo bem como todo o contexto social onde este encontra-se inserido. A criança deixa de ser indisciplinada e passa a ter problemas mentais. Segundo eles, é importante questionar o que está acontecendo de fato, pois crianças sadias estão sendo transformadas em doentes.
É muito importante a interação da família com a criança pois muitas vezes ela não necessita de um diagnóstico de TDAH, pois nem sempre há enfermidade para ser medicada e sim a necessidade de carinho, ser ouvida, ter atenção, de ser compreendida pelos pais e seus familiares. (EIDT, TULESKI, 2010)
Como afirmam Bargas e Lipp (2013), o papel de educar os filhos é muito complicado e estressante. No caso de existir na família uma criança com TDAH este processo torna-se mais complexo, tendo em vista exigir um cuidado mais acentuado em relação a este indivíduo. Assim sendo, a família tem um papel preponderante na obtenção do diagnóstico, uma vez que a relação familiar assume um grau de importância maior, pois, mediante esta interação este pode ser mais preciso. Nestes casos, os familiares podem contribuir com a cura ou mesmo potencializar os sintomas e o estresse.
Mediante os relatos apresentados, como pode-se certificar que as formas usadas para se chegar ao diagnóstico são precisas e infalíveis a ponto de partir imediatamente para o tratamento medicamentoso? Será que não há necessidade de uma avaliação multidisciplinar onde a criança possa ser vista em todo o contexto individual que lhe cerca? E quais os danos causados ao desenvolvimento mental e natural dessas crianças expostas tão precocemente a medicações?
Baseado em dados fornecidos pela Associação Brasileira de Hiperatividade, onde 5% da população infantil brasileira sofre deste transtorno, o presente projeto visa analisar, debater e promover uma discussão mais específica não só no âmbito escolar, mas sobretudo no contexto social como um todo, sobre esse problema que, continuamente, vem se avolumando e trazendo sérios danos à sociedade (BRASIL, 2017)
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