TEMAS EMERGENTES: REDUÇÃO DE DANOS
Por: MMAIAMI • 4/11/2019 • Trabalho acadêmico • 4.726 Palavras (19 Páginas) • 260 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
EMANUELLE MOREIRA DA COSTA - N443782
LAURA CORTEZ MARTINS - D8640A6
LAIS SANTOS KOMATSU - F1173H9
NATALIA TEIXEIRA PIRES DA SILVA - N466AC3
TAINAH OLIVEIRA ANDRADE - N4516D4
TAINAN LUCAS MEDEIROS DE SOUZA - D926JF1
TEMAS EMERGENTES:
REDUÇÃO DE DANOS
SOROCABA
2019
EMANUELLE MOREIRA DA COSTA
LAURA CORTEZ MARTINS
LAIS SANTOS KOMATSU
NATALIA TEIXEIRA PIRES DA SILVA
TAINAH OLIVEIRA ANDRADE
TAINAN LUCAS MEDEIROS DE SOUZA
TEMAS EMERGENTES:
REDUÇÃO DE DANOS
Trabalho acadêmico da disciplina de Ética Profissional para o curso de Psicologia, da Universidade Paulista – UNIP, como requisito parcial à nota do 2º bimestre.
Professora: Mestre Mariella Passarelli,
SOROCABA
2019
Sumário
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
2 HISTÓRIA DA REDUÇAO DE DANOS................................................................5
2.1 REDUÇÃO DE DANOS NO MUNDO................................................................5
2.2 REDUÇÃO DE DANOS NO BRASIL.................................................................6
3 REDE DE REDÇÃO DE DANOS..........................................................................8
4 O PROIBISCIOISMO DA REDUÇÃO...................................................................9
4.1 A ABSTINÊNCIA..............................................................................................10
5. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DROGAS E DIREITOS HUMANOS...12
5.1. A BUSCA DE UMA VISAO HUMANITÁRIA....................................................12
5.2. DIRETRIZES INTERNACIONAIS....................................................................13
6 POLÍTICAS PÚBLICAS.......................................................................................15
7 PSICOLOGOS E A REDUÇAO DE DANOS.......................................................18
8 CONCLUSAO......................................................................................................20
9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................21
1. Introdução
Droga vem da palavra droog que significa folha seca. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define droga como qualquer substância que tem a capacidade de modificar a função do organismo que resulta em mudanças comportamentais e fisiológicas.
A prática de Redução de Danos é considerada um cenário ético-clinico-político, pautado nos Direitos Humanos, nos princípios de democracia e cidadania. Essas ações compreendem e intervém à problemática do uso de drogas, unifica ações voltadas à defesa da vida, que tem por objetivo a minimização de riscos e danos sociais referente ao uso de drogas e também a saúde daqueles que ainda não pretendem ou não consigam interromper o consumo seja por qual motivo for. Descarta os julgamentos morais sobre os comportamentos voltados ao uso de drogas e desconsidera a utilização de abordagens padronizadas, para que assim não haja a exclusão de nenhum indivíduo. Desse modo, a prática acolhe a diversidade dos usuários, pois seu objetivo principal é a diminuição dos danos.
O conceito de redução de danos (RD) não apresenta sentidos unívocos e estanques, mas se inscreve em um campo polissêmico e não consensual, sendo sua própria definição um objeto de disputas e divergências (Fiore, 2006; Souza, 2007).
Diante desse panorama de múltiplos sentidos e diferentes possibilidades de interpretação, apresentamos brevemente sobre a RD e de como a ética se aplica sobre ela, na sua consolidação atual como, já citado acima, um método clínico-político. A partir dessa circunscrição histórica e conceitual, propõe-se uma reflexão sobre a utilização da ética com usuários de drogas orientada pelo paradigma da RD, que comparece nas práticas e nas intervenções de diferentes equipamentos de saúde como uma “ética do cuidado” (Petuco, 2014; Silva, F., 2014).
2. História da redução de danos
2.1. Redução de danos no mundo
O conceito de “redução de danos” surgiu após o cenário da Primeira Guerra Mundial, onde soldados eram tratados com morfina e acabaram ficando dependente da substância que tinha efeito de insensibilidade a dor (analgesia). As primeiras experiências oficiais de aplicação do conceito aconteceram na década de 1920, na Inglaterra e foi a partir de 1926 com a publicação do relatório Rolleston, presidida por Humphrey Rolleston que a redução de danos teve seu marco inicial. A elaboração da prescrição da substância foi realizada por médicos britânicos que indicava o tratamento desses pacientes, pois argumentavam que como a dependência se desenvolveu por motivo de defesa do país, portanto, era obrigação do Estado fornecer a substância para minimizar os riscos enfrentados da retirada brusca. Além de prescrever os médicos deveriam monitorar o uso dessa substância no individuo.
O conceito ficou no esquecimento cerca de 50 anos e somente em 1972 voltou a ser discutido na Holanda e em 1976, o governo adotou uma Lei para diferenciar drogas de risco aceitável das drogas de risco inaceitável como cocaína, heroína e anfetaminas. Enfim, na década de 1980, foi fundada a Junkiebond – associação de usuários de drogas injetáveis, que tinha por objetivo melhorar as condições de vida dos usuários de drogas e a associação holandesa chamou a atenção para a disseminação da Hepatite B, através do compartilhamento de seringa. Portanto o governo holandês implantou em Amsterdã o primeiro programa de troca de Seringas e agulhas usadas por novas e começou a instituir grandes mudanças na política nacional de drogas.
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