TEORIAS EXISTENCIAIS II MORENO BIBLIOGRAFIA
Exames: TEORIAS EXISTENCIAIS II MORENO BIBLIOGRAFIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elianeg • 9/2/2015 • 1.384 Palavras (6 Páginas) • 499 Visualizações
Biografia
Nasceu em 18 de maio de 1889, e morreu em 14 de maio de 1974. Foi um importante contribuinte para a psicologia, destacando-se com o psicodrama.
Primogênito de uma família tradicional judia de seis irmãos, assumiu uma autoridade especial no núcleo familiar. Pauline, sua mãe, o teve na Romênia com apenas 16 anos de idade, utopista e muito criativa, era cheia de ideias e alimentava toda criatividade de seu primogênito, incetivando sua sabedoria. Contrariamente, seu pai Nissim era sério e autoritário. Ausentava-se muito de casa e teve vários negócios sem sucesso, o que fez com que a família se mudasse para Viena.
A ausência do pai lhe trazia cada vez mais autoridade e responsabilidade para com os seus irmãos. Após seu Bar Mitzvah, seu pai com dificuldades financeiras faz uma última tentativa de manter a família unida mudando-se para Berlim.
Durante a adolescência, teve contato com importantes leituras que o marcaram: a Bíblia, o Zohar, assim como os filósofos Agostinho, Pascal, Spinoza, Kant, Hegel, Marx, Nietzsche e os autores Dostoievski, Tolstoi e Goethe. Ele foi particularmente influenciado pelo misticismo judaico e pela Cabala, com seu postulado central de que toda a Criação é uma emanação da Divindade.
Já um jovem homem, Moreno decide voltar para Viena e investe em seus estudos. Em 1908 entra pra Faculdade de Medicina de Viena, e aproveita seus momentos de folga para caminhar pela cidade e trabalhar como tutor de crianças. Liberava toda sua criatividade com os pequenos, fazendo brincaderiras improvisadas e contando-lhes histórias estimulando-lhes a originalidade. Moreno queria livrá-las das convenções sociais e de todos estereótipos que a sociedade exigia.
Neste mesmo período os negócios de seu pai entram em falência, ocasionando a separação de seus pais. Após o rompimento do matrimônio, Pauline volta para Viena e seu pai vai para Istambul. Mesmo com sua mãe na mesma cidade ele decide continuar só, e entra em uma fase rebelde, deixa barba crescer, larga a escola, passando a viver uma vida de boemia, considerada por muitos errante.
A influência da catarse filosófica grega em sua vida
Moreno fica isolado por não ceder às conveniências sociais, tendo que propagar sozinho seus métodos de psicoterapia. Isso não o atingia pessoalmente, suas obras foram publicadas anonimamente e suas ideias frequentemente acabavam penetrando na cultural geral.
Acreditava que um indivíduo que demostrasse sinais de megalomania, paranóia, exibicionismo ou qualquer outra forma de desajuste social não deveria ser considerado como um doente mental. Para ele se um homem nessas condições pudesse representar como ator seus sintomas de forma artística, não precisaria reprimi-los ou resolve-los, sendo dissipados qualquer problema de disfunção mental.
Acreditava no melhor do ser, e praticava isso. Dono de uma personalidade autruísta, transmitia bondade e ternura, tornando-se fiel a um personagem que criou para si, e usava constantemente um manto verde assumindo essa identidade. Para ele todo indivíduo podia situar-se em um modelo de mundo particular melhor, baseado na auto-perfeição, e na ajuda ao próximo como boa ação, se cumprida no anonimato, tornando o mundo um lugar melhor.
Por volta de 1914, ano da primeira guerra, ele com cinco seguidores criam uma comunidade para abrigar refugiados da guerra. "A casa do Encontro" passa a ser mantida financeiramente como os trabalhos feitos por eles, não se beneficiavam de nenhum dinheiro recebido por seus trabalhos, tudo que lucravam era para a casa.
O grupo reunia-se todas as noites para sessões onde compartilhavam suas dores, resentimentos, temores, traumas, problemas, falavam de seus sentimentos e tudo que os aflingiam. No final de cada sessão todos cantavam e dançavam tornando a experiência agradável e gratificante.
Percebendo que seu método era bem sucedido tem a ideia de ajudar prostitutas, um grupo que sempre esteve a "franja da sociedade". Ele percebe que poderia auxiliá-las para uma melhora na qualidade de vida e que mereciam desfrutar dos direitos dos outros membros da sociedade. Conversando com essas mulheres ele consegue identificar outros problemas que o grupo enfrenta, e a partir dessa situação consegue dispor de advogados e médicos pra ajudá-las em suas necessidades.
Esse contexto tornou-se modelo de trabalhos para muitos grupos, sendo usada a metodologia até os dias de hoje com resultado satisfatório na psicoterapia e na assitência social.
Na década de 20, cria o "Teatro da Espontaneidade", onde utilizava os charmosos cafés de Viena como bastidores para suas reuniões, e em suas caminhadas acaba conhecendo Martin Buber, Arthur Scnitzler, Robert Musil e outros importantes aliados. Criou um jornal mensal de filosofia existencialista, "O Daimon", que contava com a colaboração de vários intelectuais de seu círculo.
Em outubro de 1925, por sua invenção, o 'Rádio Film' (um disco de aço em que se podia gravar sons), recebe uma proposta de trabalho e se muda para Nova York. A invenção foi patenteada e desenvolvida por uma companhia, o que lhe traz benefícios financeiros e reconhecimento. Este universo não o encanta, sente falta de sua vocação e segue seus instintos voltando a desempenhar suas técnicas de psicodramas com crianças problemáticas, na clínica do Hospital Monte Sinai (NY), local onde desenvolveu e aperfeiçoou diversos testes sociométricos e de espontaneidade. Com o sucesso do método ele leva o trabalho para para a Plymouth Intitute, uma instituição ligada a igreja. Em 1927 recebe a licença para exercício da medicina nos Estados Unidos.
Neste período adquire o reconhecimento por seus trabalhos anteriores com os grupos de Viena, assume a direção da Pesquisa Social do estado de Nova York, trabalhando em duas áreas,
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