TRABALHO INTERDISCIPLINAR - Neuropsicologia E Psicologia Do Desenvolvimento Infantil
Artigos Científicos: TRABALHO INTERDISCIPLINAR - Neuropsicologia E Psicologia Do Desenvolvimento Infantil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 919959 • 21/9/2014 • 1.605 Palavras (7 Páginas) • 970 Visualizações
Rendel Felipe Sena Nascimento Aguiar
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Neuropsicologia e Psicologia do Desenvolvimento Infantil
Belo Horizonte
2011
Rendel Felipe Sena Nascimento Aguiar
FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS
DE MINAS GERAIS
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Neuropsicologia e Psicologia do Desenvolvimento Infantil
Trabalho apresentado como requisito de avaliação na disciplina de Neuropsicologia, do curso de Psicologia, ministrado pelo Professor Gustavo Barreto.
Belo Horizonte
2011
MEMÓRIA
Avanços da neuropsicologia cognitiva no campo da memória
A memória é uma função central do cérebro humano pelo qual acessamos nosso conhecimento passado objetivando usá-lo no presente com vistas a estabelecer comunicação entre nossos pares, resolver problemas, etc. (Alves, 2009). Conforme Palomini, citado por Alves (2009);
As funções de memória fornecem a base de informações que contextualiza um indivíduo no seu tempo e lugar, conferem-lhe uma identidade única, forjada no conjunto de suas experiências passadas, organizam a evocação de fatos relevantes para sua identidade cultural. (Alves apud Palomini, 2002, p. 260)
Fernandes & Park (2006), dizem ainda que:
O processo de esquecimento produz o deixar de existir, enquanto que a lembrança carrega o potencial da existência. Somos quem somos por causa daquilo de que nos lembramos; é isso que nos confere identidade e que permite o nosso reconhecimento por um outro. (Fernandes & Park, 2006)
Segundo Sternberg (2000), uma das questões centrais na neuropsicologia da memória é: onde estão armazenadas as memórias, no cérebro, e quais estruturas e áreas cerebrais estão envolvidas nos processos de memória, tais como a codificação e a evocação.
Muitas das primeiras tentativas de localização da memória foram infrutíferas, somente depois de vários experimentos e o reconhecimento de um renomado neuropsicólogo, Karl Lashley, é que os psicólogos foram capazes de localizar muitas estruturas cerebrais envolvidas na memória, tais como o hipocampo e outras estruturas vizinhas.
Ainda segundo Sternberg (2000), os estudos de vítimas de amnésia revelaram muito sobre o modo como a memória depende do funcionamento eficiente de determinadas estruturas cerebrais. Combinando lesões específicas no cérebro, com déficits particulares de função, os pesquisadores vieram a entender como funciona a memória normal. Desse modo, ao estudarem diferentes tipos de processos cognitivos no cérebro, os neuropsicólogos, frequentemente, procuram dissociações de função específica, mas as pessoas com lesões cerebrais específicas mostram a ausência dessa função particular, apesar da presença de funções normais em outras áreas.
Apesar de ainda não terem sido identificados os traços específicos da memória, muitas das estruturas específicas envolvidas na sua função foram localizadas. Até agora, as estruturas subcorticais envolvidas na memória parecem incluir o hipocampo, o tálamo, o hipotálamo e até os gânglios da base e o cerebelo.
O desenvolvimento fisiológico do cérebro parece ser crucial a muitos aspectos da memória, conforme evidenciado pela aparente universalidade da amnésia infantil.
Falsas memórias
A memória como já descrito antes, é um processo cognitivo superior e complexo que envolve mais de um estágio para o seu funcionamento normal, por isso em se tratando de falsas memórias estamos não só falando do armazenamento e principalmente do resgate da informação.
As falsas memórias são lembranças vívidas de eventos que, na realidade, não ocorreram. (Neufeld et al, 2008)
As falsas memórias possuem duas formas de ocorrência segundo Brainerd & Reyna (2002) citados por Neufeld et al (2008), uma forma espontânea ou via implantação de sugestão de falsa informação. As falsas memórias que são geradas espontaneamente são resultados do processo normal de compreensão, ou seja, são frutos de processos de distorção mnemônica endógena (Sten & Neufeld, 2001 apud Neufeld et al, 2008). O procedimento de sugestão de falsa informação é conseqüência da apresentação de falsa informação compatível com a experiência, que se incorpora então na memória sobre esta vivência. (Lindsay, Hagen, Read, Wade & Gary, 2004 apud Neufeld et al, 2008).
Filme: Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Se tratando de amor, relacionamentos, memória e esquecimento, “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” é um filme instigante que nos leva a compreender os diversos processos de memória. Grande parte desta belíssima obra acontece na mente de Joel enquanto ele luta para preservar ao menos algumas memórias de seu amor por Clementine.
O primeiro encontro dos dois acontece em uma festa na praia. Encontram-se e se reconhecem em sua diferença, nenhum dos dois está adaptado ao lugar. Foi esse o primeiro fator de atração entre os dois: a possibilidade de reconhecer no outro algo que é igual e diferente ao mesmo tempo. Joel é um rapaz quieto e tímido, Clementine é uma jovem de cabelos azuis, impulsiva, bela e inquieta, com humores que variam como a cor de seu cabelo. O diretor do filme explora não apenas o relacionamento dos dois, mas a construção desse relacionamento em suas próprias mentes e memórias.
Joel vai visitá-la no trabalho e acaba se
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