Teoria Do Conhecimento
Pesquisas Acadêmicas: Teoria Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: antoniofa • 11/8/2014 • 1.762 Palavras (8 Páginas) • 266 Visualizações
Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
Avaliação a Distância
Unidade de Aprendizagem: Teoria do Conhecimento
Curso: Psicologia;
Professor: José Dimas Davila Maciel Monteiro;
Nome do aluno: Antonio Fernandes de Andrade;
Data: 11/08/2014;
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
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Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
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Questão 1 (3,0 pontos)
O conhecimento científico é uma conquista relativamente recente da humanidade. A Revolução Científica do século XVII marca a autonomia da ciência, a partir do momento que ela busca seu próprio método, desligado da reflexão filosófica. Na unidade de aprendizagem “Teoria do Conhecimento”, você estudou três grandes concepções históricas da ciência. Em um texto dissertativo de no mínimo 10 linhas, identifique e explique qual é a concepção histórica preponderante em cada um dos recortes apresentados a seguir (1 e 2).
Recorte 1
A Ciência Galileana precisou, para emergir, destruir a concepção de mundo, o cosmos, herdado do Aristotelismo. Giordano Bruno e Nicolau Copérnico minaram as bases deste cosmos, que Galileo e Newton substituíram por um espaço infinito, isotrópico e homogêneo. Além disso, mudou também a forma de produzir os conhecimentos. Galileo busca entender o mundo real através da Experimentação e da Matemática. Com ele, toma corpo uma maneira de se fazer Ciência em que a linguagem matemática se adequa ao estudo dos fenômenos físicos e a experiência matematicamente controlada é usada como critério de veracidade. A matematização da experiência vai apontar a diferença entre o experimento e a simples observação característica da Física Aristotélica. Tudo isso deixa claro, então, a ruptura conceitual e metodológica da Ciência Galileana frente a Física Aristotélica. Ruptura conceitual, uma vez que houve, após dois milênios, uma mudança indiscutível nos conceitos acerca do movimento, com os conceitos aristotélicos sendo substituídos pelos conceitos galileanos do movimento, cujo principal é o de inércia. Ruptura metodológica, sem dúvida, pela transformação que o advento da Ciência Galileana causou na forma de se pensar o mundo e na maneira de se fazer Ciência, que até hoje permanece vigente, introduzindo a matematização e a experimentação, o que tornou a natureza manipulável e desvendável permitindo, como conseqüência, o advento da Tecnologia.
Fonte: TEIXEIRA, Elder Sales; FREIRE JUNIOR, Olival. A ciência
galileana: uma ilustre desconhecida. Caderno Catarinense de Ensino da Física, Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 35-42, abr. 1999. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewArticle/6874>. Acesso em: 24 jul. 2012.
Recorte 2
É no interior da própria física [...] que se inicia a ruptura com o dogmatismo e a certeza da ciência. Um dos primeiros a denunciá-la foi Pierre Duhem. Para ele o cientista constrói instrumentos, ferramentas – suas teorias – para se apropriar da realidade. A aceitação da validade dos instrumentos de observação e quantificação, a seleção das observações de manifestações empíricas e sua interpretação dependem da aceitação da validade ou não dessas teorias. Os critérios utilizados no fazer científico, enquanto método, para Duhen, devem ser entendidos, como condicionados historicamente. São convenções articuladas no contexto histórico-cultural. E, como tal, permitem a renovação e progresso das teorias, revelando o caráter dinâmico da ciência e a historicidade dos princípios epistemológicos do fazer científico. A análise da história da ciência permite que Duhen discorde de Newton, desmistificando o positivismo calcado no empirismo e na indução do método newtoniano.”
Fonte: KÓCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica. 14. ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997, p. 58.
R: O primeiro recorte mostra claramente a visão moderna de ciência, pois mostra uma rejeição a sabedoria aristotélica de cosmos, e voltando-se a uma concepção mais racionalista (matemática, exatidão) e empirista (ideias inatas, experiências) sobre as formas de pesquisas. No segundo recorte fica bem exposto a visão contemporânea de ciência onde mostra o real objetivo para a ciência contemporânea quando Duhen fala que o cientista constrói instrumentos, ferramentas – suas teorias – para se apropriar da realidade. E ele também fala dos critérios utilizados ao fazer cientifico e cita a renovação e progresso das teorias revelando assim o caráter dinâmico da ciência. O que é característica da ciência contemporânea pois ela procura demonstrar que é capaz de fornecer respostas dignas de confiança, desde que submetidas continuamente a um processo de revisão crítica, sistemática e fundamentada nas teorias vigentes. O que mostra que o conhecimento cientifico é provisório é mutável, quando aperfeiçoado, ou seja, quando uma teoria revisada criticamente ultrapassa a anteriormente utilizada.
Questão 2 (3,0 pontos)
Heráclito diz:
"Tudo flui (panta rei), nada persiste, nem permanece o mesmo". E Platão ainda diz de Heráclito: "Ele compara as coisas com a corrente de um rio - que não se pode entrar duas vezes na mesma corrente"; o rio corre e toca-se outra água. Seus sucessores dizem até que nele nem se pode mesmo entrar, pois que imediatamente se transforma; o que é, ao mesmo tempo já novamente não é. Além disso, Aristóteles diz que Heráclito afirma que é apenas um o que permanece; disto todo o resto é formado, modificado, transformado; que todo o resto fora deste um flui, que nada é firme, que nada se demora; isto é, o verdadeiro é o devir, não o ser – a determinação mais exata para
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