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Teoria Familiar Psicanalítica

Por:   •  3/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  146 Visualizações

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Teoria Familiar Psicanalítica Cap 9

Histórico

A evolução da terapia familiar se deu através de uma variedade de influências, tendo recebidos contribuições de diferentes áreas do conhecimento, e a psicanálise teve grande peso nessa evolução.

É impossível falar de psicanálise sem falar de Freud, então,

desde o início da Psicanálise Freud considerou e ressaltou em seus estudos as relações familiares. Freud faz referência à família em algumas das suas obras, mas não desenvolveu uma teoria da família, nem tampouco uma técnica de atendimento familiar, ele compreendeu a importância da família na formação e estruturação do psiquismo.

A psicanálise propunha o atendimento dirigido ao indivíduo, a uma única pessoa. A estrutura teórica psicanalítica, embora considere a vivência familiar como fonte dos conflitos, visa à abordagem individual.

Já ...

A abordagem familiar, por sua vez, parte do pressuposto que quem adoece é o sistema familiar, e não apenas o indivíduo e, portanto, prioriza a abordagem de todo sistema familiar.

O desenvolvimento desta abordagem clínica ocorreu principalmente nos Estados Unidos, em meados da década de 50 do século XX. Grande parte dos pioneiros na terapia familiar eram psicanalistas. Isto se deve ao fato de que, com o advento das duas grandes Guerras Mundiais, os Estados Unidos terem acolhido psicanalistas refugiados de seus países de origem européia.

Autores que colaboram para o surgimento da terapia familiar,

Alfred Adler, na sua teoria do desenvolvimento da personalidade, a importância dos papéis sociais e das relações entre estes papéis na etiologia da patologia.

Sullivan coloca que a doença mental tem origem nas relações interpessoais perturbadas e que um entendimento mais completo do indivíduo só pode ser alcançado no contexto de sua família e de seus grupos sociais.

Frieda Fromm-Reichman estuda a relação do paciente esquizofrênico formula o conceito de “mãe esquizofrenogênica” como uma possivel patologia.

Maxwell-Jones propõem o movimento das comunidades terapêuticas.

 Pichon-Rivière inclui a família na sua compreensão da doença mental e desenvolve a noção de "bode expiatório" como depositário da patologia que é de toda a família.

Nomes como Nathan Ackerman, Murray Bowen, Ivan Boszormenyi-Nagy, Carl Whitaker, Don Jackson e Salvador Mnuchin, entre outros nomes se fizeram importantes neste universo.

Muitos dos seguidores de Freud se afastaram da psicodinâmica, para conhecer a dinâmica dos sistemas.

Alguns, abandonaram suas raízes psicanalíticas. Outros mantiveram uma influência analítica distinta em seu trabalho.

Alguns psicanalistas, baseados em estudos com pacientes esquizofrênicos, em sua maioria, romperam com a prática do atendimento individual e começaram a atender em conjunto toda a família destes pacientes.

Assim, a terapia familiar institui-se, gradativamente, como prática clínica, lançando mão de recursos práticos e, baseada teoricamente em uma epistemologia divergente da que sustentava a psicanálise.

Apesar da origem, fortemente psicanalítica, após muitos estudos e tentativas clínicas de compatibilizar o atendimento psicanalítico às famílias, surge, entre vários grupos, como já se viu no transcorrer deste trabalho, a proposta do atendimento familiar sistêmico. Isto não significa uma superação da abordagem individual, mas o surgimento de uma nova abordagem dentro da clínica. Uma nova perspectiva que acena com muitas possibilidades para muitos dos conflitos e dificuldades interpessoais. De maneira ampla, poderia se dizer que a abordagem familiar tem se mostrado mais eficiente quando os problemas surgem em alguns dos filhos ou no relacionamento do próprio casal.

RESUMO

Os terapeutas de formação analítica estavam

entre os primeiros a praticar terapia familiar,

mas, quando começaram a tratar famílias,

a maioria deles trocou suas idéias sobre psicologia

profunda pela teoria dos sistemas. Desde

meados da década de 1980, houve um ressurgimento

de interesse pela psicodinâmica entre

os terapeutas familiares, um interesse dominado

pela teoria das relações objetais e psicologia

do self. Neste capítulo, esboçamos os principais

pontos dessas teorias e mostramos como

elas são relevantes para uma terapia familiar

psicanalítica, integrando a psicologia profunda

e a teoria dos sistemas. Alguns terapeutas

(por exemplo, Kirschner e Kirschner, 1986;

Nichols, 1987; Slipp, 1984) combinaram elementos

de ambas; outros desenvolveram abordagens

mais francamente psicanalíticas (notavelmente

Scharff e Scharff, 1987; Sander,

TERAPIA FAMILIAR

Autores da Terapia:

Principais figuras e suas contribuições

Nathan Ackerman um dos pioneiros da Terapia familiar, mas não seguiu ela, se manteve fiel à psicanálise.

Murray Bowen era psiquiatra e especializou-se em esquizofrenia. Através da observação de membros de uma mesma família, tratados por terapeutas diferentes, concluiu que o cerne da questão era a unidade familiar e, a partir de 1955, começou a tratar as famílias em conjunto. O sistema de idéias que criou é

...

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