Teorias e Técnicas Psicológicas 1 – Abordagem Psicanalítica
Por: carlagemir02 • 27/5/2019 • Trabalho acadêmico • 676 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
Curso: Psicologia |
Disciplina: Teorias e Técnicas Psicológicas 1 – Abordagem Psicanalítica |
Docente: Me. Hélton Walner Souto Santos |
Discentes : Carla Andreza da Silva Gemir Correia , Eliane Balbino da Costa 4º Período |
A noção de topologia do inconsciente de Freud.
A topologia põe em questão a dualidade dos dois reais freudianos para propor um só Real, unívoco, sem divisão e impossível de representar. Antes de Freud, o inconsciente era conhecido como um inconsciente descritivo (ausência de consciência) um inconsciente acessível. Para Freud, esse inconsciente descritivo estaria ligado à consciência ou pré consciência. Freud falava sobre um sistema inconsciente diferente, um inconsciente dinâmico, outra parte da vida psíquica, formando assim outra noção de inconsciente.
Freud propôs dois mundos reais e ignotos, um exterior e outro interior, ou psíquico. E que, apoiando-se em Kant, considerou que, dos dois, só o real interior teria possibilidades de ser conhecível. Freud, complica esta simples visão de mundos primeiramente afirmando se alguém pode apreender o real interno faz por intermédio de um dispositivo exterior. Este dispositivo não é o conceito, o pensamento ou o conhecimento, senão a experiência analítica mesma. Nela, estes dois mundos, aparentemente separados, se interpenetram na forma cruzada de um quiasma. Após isso Freud afirma de outra maneira a divisão interior-exterior. Admitiu que o aparelho psíquico teria extensão no espaço e que o ele, por sua vez, seria a projeção deste aparato: “O espaço pode ser a projeção da extensão do aparelho psíquico. Nenhuma outra derivação é provável. A concepção tópica, com seus“ lugares” psíquicos, contribui para essa substancialização. Os “ lugares psíquicos” possuem um caráter metafórico, que não correspondem a lugares anatômicos; mas também sabemos o quanto os modelos não são neutros e impõem inevitavelmente ao objeto a sua marca de origem. Assim, ao mesmo tempo que a concepção tópica nos permite uma compreensão clara da posição relativa e dos sistemas psíquicos, ela nos leva a concebê-los como lugares reais, algo análogo que percorremos nos dois sentidos (progressivo-regressivo) e que podemos encontrar as portas fechadas ou abertas, dependendo do que acontece no interior de cada um deles.
O inconsciente para Freud não é uma substância espiritual e fala em um trecho de sua obra, O Inconsciente: “ Provisoriamente, a nossa topologia psíquica não tem relação com a anatomia; ela se refere a regiões do aparelho psíquico, onde
quer que se situem no corpo, e não a locais anatômicos.” Neste trecho é possível entender que o inconsciente não tem um lugar fixo e determinado no corpo humano ou no cérebro, assim como a consciência. O inconsciente para Freud é formado por representações de imagens e se dá nas lacunas da consciência.
Como já mencionado, existem duas possibilidades consideráveis a primeira é que a fase Cs da ideia significa um novo registro da mesma, encontrável em outro lugar, é a mais grosseira delas, mas também segundo o texto O Inconsciente é a mais cômoda. A segunda hipótese , de uma mudança de estado funcional é a mais provável , mas mais difícil de manipular. Ligada à primeira, a hipótese topográfica acredita-se uma separação topográfica dos sistemas Ics e Cs , e a possibilidade de uma idéia existir em dois lugares do aparelho psíquico , e mesmo que não seja inibido pela censura avance regularmente de um lugar para outro sem perder o primeiro registro. O inconsciente postulado por Freud é impossível de ser acessado pela vontade. Para diferenciar desse inconsciente descritivo Freud cria um sistema Pcs/Cs e Ics. Esses dois sistemas têm topologias e formas de funcionamentos distintos.
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