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Terapia de cavalos

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Por:   •  9/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.995 Palavras (8 Páginas)  •  696 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO

PSICOLOGIA

Equoterapia um olhar diferente

Carina Monsinato Teixeira 110015232

Americana

2013

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO

PSICOLOGIA

Equoterapia um olhar diferente

Relatório apresentado ao Centro Universitário Salesiano de Americana como exigência da disciplina Estágio Supervisionado Curricular.

Orientador de Estágio: Profª. Drª Mariangela

de A. Maximo

Carina Monsinato Teixeira 110015232

Americana

2013

TEIXEIRA, Carina Monsinato. Equoterapia um olhar diferente. 2013. 12 f. Relatório de Estágio Supervisionado Curricular do Curso de Psicologia do Centro Universitário Salesiano de Americana.

RESUMO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 01

1 A INSTITUIÇÃO E O ESTÁGIO 02

1.1 Histórico da instituição 02

1.2 Descrição da área onde será realizado o estágio 03

2 OBJETIVO 04

2.1 Objetivo Geral 04

2.2 Objetivo Especifico 04

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05

3.1 A Equoterapia 05

4 RELATO DAS ATIVIDADES 06

4.1 Participantes 07

REFERÊNCIAS 08

INTRODUÇÃO

O seguinte relatório descreve as atividades de estágio Básico II obrigatório do Curso Superior de Psicologia, oferecido pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO – UNISAL, sendo de extrema importância para a aprendizagem do aluno vivenciar o que aprende em teoria. O estágio foi realizado na AEQUOTAM (Associação de Equoterapia de Americana).

Os animais há muito tempo deixou de ser visto como um animal de companhia, que guarda patrimônios, atualmente eles estão cada vez mais inseridos nos tratamentos, ganhando um espaço benéfico para a saúde, independente da área que isso ocorra, na saúde, educação, física ou psíquica. Independente do animal, cachorro, gato, cavalo, golfinho, aves e outros animais, começam a auxiliar em tratamentos terapêuticos.

1 A INSTITUIÇÃO E O ESTÁGIO

A AEQUOTAM – Associação de Equoterapia de Americana se localiza na Avenida São Jerônimo, bairro Fazenda São Jerônimo, no município de Americana, Estado de São Paulo, sendo todos voluntários, por serem todos voluntários algumas vezes acaba sendo bem rotativos os funcionários, atualmente contado com cerca de 30.

Os atendimentos são feitos aos sábados, a partir das 08h00minh, com a colaboração de profissionais e voluntários nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e terapia ocupacional. Também contam com o apoio durante os atendimentos de técnicos em equitação para equoterapia, auxiliares guias, voluntários e auxiliares laterais. Os atendimentos tem duração em média de 30 minutos, que acontece desde a aproximação do praticante ao animal até a finalização. Atualmente conta-se com 30 praticantes com deficiências diversas e faixa etária entre 02 a 60 anos.

1 1 Histórico da instituição

A AEQUOTAM foi criada em novembro de 2004, tendo inicio na Fazenda São Jerônimo, localizada na Avenida São Jerônimo, no município de Americana. No início de 2006 os atendimentos passaram a ser realizados no Carioba Caipira Clube. Atualmente o atendimento é novamente realizado na Fazenda São Jerônimo, cujo espaço é cedido mediante a um contrato de comodato, sem prazo determinado (AEQUOTAM, 2013).

Seus atendimentos são direcionados as pessoas com deficiências como: Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Atraso de linguagem, Atraso neuro-motor, Mal de Parkinson, Autismo, Surdez, Alterações posturais e pessoas que sofreram algum tipo de acidente vascular cerebral, o AVC, popularmente conhecido como derrame (AEQUOTAM, 2013).

Para dar continuidade em seu trabalho a AEQUOTAM conta também com a ajuda dos familiares dos praticantes, associações e voluntários que colaboram com despesas operacionais mensais. São realizados vários eventos sociais durante o ano como bingos, desfiles, festas julinas, etc; tendo como objetivo a arrecadação de fundos que ajudam a cobrir os gastos com a associação, de manutenção dos animais, que permite o investimento em cursos e seminários relacionados às atividades operacionais terapêuticas dos profissionais voluntários (AEQUOTAM, 2013).

1.2 Descrição da área onde será realizado o estágio

O presente estágio foi realizado através de sessões de equoterapia, sendo a maioria delas com crianças de deficiências diversas. Essas sessões tem duração de trinta minutos por praticante.

Durante as sessões cada praticante é acompanhado por três profissionais, os auxiliares que fica um de cada lado dando apoio a criança e o condutor do cavalo. Nesse período são observados todos os movimentos, falas e atitudes do praticante, desde o momento de sua chegada, se está agressivo, calmo, com sono, na subia ao cavalo se precisou de ajuda, se não quis subir, durante a sessão se conversou com os profissionais e suas atitudes e a despedida, se foi tranquila ou se houve algum problema.

2 Objetivo

O estágio supervisionado básico (Estágio Básico I, no 5° semestre; e, Estágio Básico II, no 6° semestre) tem por objetivo proporcionar a experiência com um conjunto de atividades representativas das situações que caracterizam o exercício profissional, para tanto, “incluirá o desenvolvimento de práticas integrativas das competências e habilidades previstas no núcleo comum” (CENTRO UNIVERSITÁRIO, 2010).

O estágio básico deve promover a integração entre os conteúdos teóricos das diversas disciplinas oferecidas; proporcionar experiências práticas representativas dos contextos de atuação profissional do psicólogo; colocar o estudante em contato direto com os fenômenos e objetos de estudo da ciência psicológica; aproximar os estudantes de instituições onde atuam profissionais psicólogos, visando à aproximação progressiva e crítica aos processos institucionais e de intervenção profissional; consolidar a formação generalista do psicólogo (CENTRO UNIVERSITÁRIO, 2010).

Numa perspectiva abrangente, os estágios básicos visam promover a relação e o compromisso social dos alunos com a população regional, na perspectiva da psicologia enquanto ciência e profissão, bem como propiciar a reflexão sobre as características singulares da população (CENTRO UNIVERSITÁRIO, 2010).

2.1 Objetivo Geral

2.2 Objetivo Específico

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 A Equoterapia

[...] Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais. Na equoterapia o cavalo atua como agente cinesioterapêutico, facilitador do processo ensino-aprendizagem e como agente de inserção e reinserção social. (Associação Nacional de Equoterapia - ANDE-BRASIL, 1992).

“Praticante de Equoterapia” é o termo utilizado para se referir as pessoas com deficiências ou com necessidades especiais, quando em atividade equoterápica. Nessa ocasião, a reabilitação, acontece na medida que interage com o cavalo, e quando o praticante desenvolve atividades psicomotoras, cognitivas e afetivas, o cavalo pode favorecer a reintegração do praticante à sociedade, com maior independência e confiança. (EQUOTERAPIA, 2013).

A palavra EQUOTERAPIA foi criada pela ANDE BRASIL e possui três intenções

o a primeira, homenagear a nossa língua mãe – o latim- adotando o radical EQUO que vem de EQUUS.

o a segunda, homenagear o pai da medicina ocidental, o grego HIPOCRATES de LOO (458 a 377 a.C.), que no seu livro “DAS DIETAS” já aconselhava a prática equestre para regenerar a saúde, preservar o corpo humano de muitas doenças e no tratamento de

o insônia e mencionava que a prática equestre, ao ar livre, faz com que os cavaleiros melhorem seu tônus. Adotou-se TERAPIA que vem do grego THERAPEIA, parte da medicina que trata da aplicação de conhecimento técnico-científico no campo da reabilitação e reeducação.

o a terceira foi estratégica: quem utilizasse a palavra EQUOTERAPIA, totalmente desconhecida até então, estaria engajado nos princípios e normas fundamentais que norteiam esta prática no Brasil, o que facilitaria o reconhecimento do método terapêutico pelos órgãos competentes.

(ANDE BRASIL, 2005, p.4)

É através dos cavalos que a equoterapia busca um meio de auxiliar o desenvolvimento emocional, motor, social na reabilitação dos praticantes.

A Equoterapia pode ser considerada como um conjunto de técnicas reeducativas que agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentos mentais, através de uma atividade lúdico-desportiva, que tem como meio o cavalo (CITTERIO, 1999, p.33 apud UZUN, 2005, p.19).

As sessões de equoterapia tem a função de complementar as atividades já realizadas pelo praticante, sendo assim não é recomendado que o mesmo pare com seus atendimentos clínicos e outras atividades.

3.2 Profissionais e suas funções

Por ser uma equipe multidisciplinar conta com profissionais de diversas áreas para os atendimentos das sessões, onde é buscado o bem estar do praticante. Esses profissionais atuam como mediadores junto ao praticante.

O psicólogo atua com o praticante visando seu bem estar, trabalhando com ele de forma verbal ou por meios de atividades lúdicas, de acordo com cada praticante.

O psicólogo orienta e acompanha os praticantes durante as sessões e, o uso do cavalo propõe atividades e brincadeiras com o intuito de que o praticante pegue em suas mãos a ‘rédea’ de sua própria vida, trabalhando conflitos, traumas e desorganizações comportamentais por meio da conscientização de suas potencialidades, resgate da auto-estima e autoconfiança. (UZUN, 2005, p.42)

A fisioterapia atua na melhora física de cada praticante

O fisioterapeuta tem a função de avaliar, eleger, traçar, objetivos terapêuticos, realizar condutas específicas, manter a evolução atualizada e a interação com a equipe de atuação paralela, buscando a troca de informações e unidirecionando os objetivos do tratamento. (MEDEIROS e DIAS, 2008, p.49).

A terapeuta ocupacional atua no envolvimento do praticante com o animal

O terapeuta ocupacional pode promover uma série de atividades que venham auxiliar na aquisição da coordenação motora e funcionalidade do praticante, desde o preparo do alimento do cavalo, até a exploração tátil realizada por meio do cavalo e do ambiente natural, bem como cuidar de adaptações necessárias para cada caso. (UZUN, 2005, p.43)

O pedagogo ou psicopedagogo atua criando recursos didáticos de forma lúdica que o ajude também no desempenho escolar.

O papel do pedagogo e/ou psicopedagogo é o de criar situações que encaminhem a pessoa à utilização dos recursos disponíveis durante as sessões de equoterapia para as atividades escolares, objetivando trabalhar as dificuldades resultantes do processo ensino-aprendizagem, a assimilação, concentração e atenção. O próprio movimento proporcionado pelo cavalo favorece a integração dos hemisférios cerebrais. (UZUN, 2005, p.43)

3.3 Autismo

4 RELATO DAS ATIVIDADES

Praticante: M

M tem paralisia cerebral, não fala mais produz sons quando está irritada, nervosa. M precisou de ajuda pra subir no cavalo, sua sessão foi feita na arena aberta, começou a produzir sons bem altos, significando que ela esta nervosa, nisso as profissionais começam a cantar pra ela, que fica mais calma e para de produzir sons. M na maioria das vezes da à mão pra uma das profissionais mostrando que quer beijo.

Durante boa parte da sessão se mostrou amorosa com profissionais, principalmente quando cantava para ela, terminando a sessão precisou de ajuda para descer do cavalo.

Praticante: V

V. é autista, se bate com muita frequência, usa protetores nos braços e muito nervosa, não gosta de lugares com muito barulho. V chegou muito agitada para a sessão e muito nervosa, puxava o cabelo e se batia, por demorar um pouco para chegar seu cavalo, ela ficava mais nervosa ainda.

O atendimento de V é feito no ultimo horário que foi observado ser o que as crianças mais falam e isso acaba deixando ela mais nervosa, pois ela gosta de silêncio. Mostrou certa resistência em subir no cavalo, não queria ficar lá, seu atendimento foi feito na arena fechada no começo, mais a todo o momento V se jogava do cavalo querendo descer e se batia cada vez mais forte.

Fomos para arena aberta com V pra ver se ela se adaptava melhor, por alguns instantes ela até fico mais calma, mas logo voltou a se jogar novamente, seu atendimento foi encerrado quinze minuto antes, pois a todo instante ela tentava descer do cavalo se jogando, na despedida nem quis fazer carinho no animal.

É observado que o atendimento de V mexe com toda a equipe até mesmo os profissionais que não acompanha ela.

Praticante: P

P faz atendimento na AEQUOTAM dois anos, teve mielomenigocele e hidrocefalia, se mostra muito falante e animado, conversa com todos. Precisou de ajuda pra subir no cavalo, se mostrou também muito falante durante o atendimento todo, pergunta bastante e fala mais com a Maisa que o acompanha desde que entrou para atendimento na AEQUOTAM.

Durante todo o percurso bastante sorridente, com P é usada uma guia falsa onde é dada a impressão para o praticante que está conduzindo o cavalo, ele sempre pede ela quando começa a sessão.

Ao termino da sessão se despediu do animal fazendo carrinho e dos profissionais que o acompanhou durante a sessão.

4.1 Participantes

São Crianças e adolescentes de 02 a 15 anos e seus pais ou responsável.

3.2 Instrumentos e Materiais

REFERÊNCIAS

Ande-Brasil. 1º Curso Básico de Equoterapia. Sorocaba-SP, Dez.2005

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO. Regulamento e caracterização do estágio. Curso de Psicologia. Americana, 2010. 7 p.

AEQUOTAM. Disponível em: < http://www.aequotam.com.br/quem-somos/>. Acesso em: 08 Setembro 2013.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA - ANDE – BRASIL. 1º Seminário

Multidisciplinar Sobre Equoterapia – Brasília: 1992.

EQUOTERAPIA. Disponível em: <http://www.equoterapia.org.br/site/equoterapia.php>. Acesso em 11 setembro 2013.

UZUN, Ana Luisa de Lara. Equoterapia: aplicação em distúrbios do equilíbrio. São Paulo: Vetor, 2005

MEDEIROS, Mylena; DIAS, Emilia. Equoterapia: noções elementares e aspectos neurocientíficos. Rio de Janeiro: Revinter, 2008.

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