Terapia de jogo
Tese: Terapia de jogo. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: SabrinaTognere • 13/4/2014 • Tese • 1.884 Palavras (8 Páginas) • 400 Visualizações
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO ESPÍRITO SANTO
FACULDADE DO ESPÍRITO SANTO – UNES
CURSO DE PSICOLOGIA
ELENITA S. NASCIMENTO
SABRINA TOGNERE
LUDOTERAPIA
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2014
ELENITA S. NASCIMENTO
ELISANGELA MORAES AYRES
LUDOTERAPIA
Trabalho apresentado à disciplina de Ludoterapia, do Instituto de Ensino
Superior de Espírito Santo - IESUNES,
como requesito de avaliação.
Professora: Flavia
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2014
“O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você”.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho relatará sobre a ludoterapia, que é uma psicoterapia voltada para o tratamento infantil, onde a criança tem oportunidade de expressar seus sentimentos através de técnicas focadas em brinquedos e desenhos. Nas sessões elas têm a oportunidade de serem realmente crianças, de brincar, de liberar seus sentimentos e problemas, encarando as sessões na maioria das vezes como um agradável encontro, sem as obrigações diárias. Podendo essas sessões ser realizadas individualmente em salas projetadas para esse tipo de intervenção infantil.
O caso a ser apresentado nesse trabalho refere- se a um menino de 6 anos, chamado João, que mora com seus pais. O qual tem apresentado um quadro de nervosismo, agressividade e com queixas por chupar e morder a língua até criar feridas, automutilações.
A mãe de João relata a terapeuta que o menino foi criado muito preso e apresenta um comportamento afeminado, e que geralmente costuma apanhar na rua. João foi encaminhado por uma neuropediatra com o parecer de transtorno hipercinético de conduta, tiques e fobia.
ANÁLISE
João de 6 anos de idade esta na alfabetização. É encaminhado ao consultório com a queixa de chupar e morder a língua até criar feridas, automutilação, nervosismo e agressividade. A mãe apresenta conceitos rígidos diante do comportamento do menino, impondo seu ponto de vista para o menino, entre coisas de mulher e coisas de homem, reagindo de forma agressiva diante da situação, já o pai age de maneira omissa diante dos fatos.
O psicodiagnóstico foi solicitado pelo neuropediatra com o parecer de transtorno hipercinético de conduta, tiques e fobia. Segundo a mãe de João, ele foi criado muito preso e só.Diz também que Joao apanha muito na rua e apresenta uma voz afeminada ao decorrer disso.
João apresenta um diagnóstico que mostra dispersão, desatenção e dificuldade de concentração. Mostrou durante a terapia ter boa memória. A família apresenta um quadro de desarmonia, com relações tensas e conflituosas, demonstrando os pais não terem controle das situações, gerando assim um quadro de sofrimento e indefinições de papéis na figura de autoridade.
A disciplina nessa familiar se dá através da agressividade e da punição. Diante disso João sente-se oprimido, respondendo de forma agressiva e através de comportamento egocêntrico, chamar a atenção de seus pais. João revela dificuldade de respeitar as normas e a disciplina familiar, presentando sentimento de rejeição e necessidade de proteção. Ele apresenta conflito afetivo em relação aos pais, ora desejando a reestruturação da família, ora desejando a destruição da mesma.
Já o relacionamento com os amigos parece não ter sido prejudicado, pois apresenta harmonia e equilíbrio com os amigos que possui. Em relação à área afetiva, João apresenta ansiedade, insegurança, agressividade e instabilidade emocional. Revela-se uma criança emocionalmente desestruturada. Demonstra frente às dificuldades e em situações de conflito estado de paralisação, não encontrando possibilidades para superá-las. A partir de tanta tensão emocional, a criança somatiza e automutila-se.
Diante a perturbação emocional vivenciada por João de apenas 6 anos de idade, lhe foi indicado Psicoterapia infantil: Ludoterapia e Terapia Familiar.
RELATO DO CASO
Sessão A (a primeira e segunda sessão de João)
João chega ao consultório em sua primeira sessão de psicoterapia e escolhe logo brincar:
João: Vamos jogar basquete.
Terapeuta: Ok, vamos jogar basquete.
Revelava ansiedade, quando a terapeuta não acertava dizia: deixa que eu acerto para você.
Terapeuta: Você quer jogar por mim.
João: É, você não acerta, deixa que eu acerto para você.
Terapeuta: Então você quer acertar por mim.
João: sim
Depois de alguns minutos, João decide
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