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Trabalho Psicose Estágio Saúde Mental

Por:   •  29/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  6.637 Palavras (27 Páginas)  •  103 Visualizações

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PSICOLOGIA

ESTÁGIO ESPECÍFICO III

A PSICOSE  E SAÚDE MENTAL - SEUS PERCALÇOS

Agradecimento

Meu agradecimento a professora Anamaria

 por fazer parte da minha história acadêmica,

pela sua dedicação e por compartilhar

o seu conhecimento para minha formação como

Psicóloga.

                                                      Gratidão

Jaqueline da S.L. Assis

                                                                   

BELO HORIZONTE - 01/2022

A PSICOSE, SAÚDE MENTAL E SEUS PERCALÇOS

RESUMO

         Para a medicina a psicose se apresenta como uma síndrome Neurológica, que se caracteriza como o mal funcionamento em algumas partes do cérebro, já para a psicanálise Sigmund Freud consolida que, a psicose é o resultado de um conflito do “EU” e o mundo externo, o que faz o indivíduo afastar-se da realidade, desta forma surge a psicose.

Portanto este  trabalho tem como finalidade abordar a Psicose á partir do conceito de saúde mental, abrangendo a definição e a estruturação subjetiva do sujeito analisado dentro da teoria Psicanalítica, suas diretrizes e conceitos.

Para que o conceito da psicose e a sua relação com a saúde mental chegue ao objetivo desejado, foi realizado estudos e pesquisas em artigos   relacionados a  conhecimentos elaborados acerca da psiquiatria e psicologia. Considerando tanto  o carácter de investigação quanto a  ligação da psicose com a saúde mental, este trabalho tem o intuito de fomentar a reflexão descritos da psicanálise em relação à  saúde mental do sujeito.

Palavras-chaves:(Psicanálise; Psiquiatria; Saúde mental; Psicose; Psicologia).

Introdução

          Este trabalho  traz como ponto principal a psicose e sua relação com a saúde mental, uma questão que envolve a estruturação subjetiva do sujeito na elaboração da psicologia que perpassa o campo da Psicanálise, da filosofia e da ciências e indica a estrutura na compreensão de seu objeto  de saber: o homem.

         Dentro desta analogia de compreensão no que refere essas três estruturas, psicanalítica, filosófica e da ciências, observa-se em conjunto uma construção do que se caracteriza a normalidade e a patologia psíquica, ao longo do caminho procedente da história da loucura, uma vez que, o aspecto patológico postula  um olhar além dos sintomas, colocando em evidência  o sujeito como um ser "a mais" do que seus registros nosológicos.

         Na  Grécia antiga a loucura era vista como  uma manifestação divina, e o louco conhecido em sua bizarrice necessária e supersticiosa, onde determina como sabedoria profética e transformadora e que recebe naturalmente um dom,  mas diante desses problemas de ordem com a referida loucura, observa-se essa postura ao longo da história desde então.

      Como não havia a separação dos loucos, eram tratados como se fossem de outra dimensão do homem, no entanto,  já na idade média no séc. XV, a loucura era marcada como algo diabólico e não humano, mas ao mesmo tempo algo que atraía no sentido de existir  um saber desconhecido concebido apenas aos loucos. Portanto não sendo tratada como doença, a Igreja tinha como propósito salvar tais sujeitos   por meio de uma íntima relação  com o transtorno dessas pertubações. Visto que, esses transtornos não acabam por aí, dando importância para o que coloca em dúvida o conceito do humano, que limita entre o que é inerentemente animal dentro do homem, um espaço pequeno entre instinto e regra, pulsão e norma,    divisão  essa, que faz limitar a capacidade de vida.

Por tanto a experiência entre sujeitos que tem como característica a loucura e sujeito que possui vida psíquica começam a tomar formas.

        Podendo neste trabalho ressaltar sobre o conceito de saúde mental, que visa construir algo além do sucateamento de resultados simples em relação ao que leva o homem a loucura, se o sujeito tem psicose ou se é psicótico, como podemos  discernir e  definir a loucura? Eis aí o sujeito no âmago da questão.

         Tendo em vista provocar uma reflexão que dê possibilidades de ir para além das características psicológicas ressaltando a psique do sujeito, no processo de construção da subjetividade e organização psíquica que decorre na psicose para além de seu depreciativo surto e episódios de delírio, evidenciados no campo da psicanálise a concepção de homem e as dificuldades que a posição de sujeito acarreta.

A história da Loucura  

Da Psiquiatria a Psicanálise

         No século XVII, a repressão religiosa à loucura cede lugar a um desligamento de marco econômico, com a criação de abrigos àqueles  sujeitos considerados  como não produtivos por complicações psíquicas. Neste momento a loucura passa a ser apreendida como desrazão ligados a configurações de desqualificação moral, e mesmo com o acontecimento da revolução Francesa, acontecida no séc. XVII, que beneficiou direitos de igualdade aos excluídos ou desassistidos, os loucos ainda se mantinham fora da sociedade, aprisionados em seus estigmas, e com este senário, chama a atenção da ciência,  que representava  a Psiquiatria, como  regente e favorável futuro da psicopatologia.

       Tendo um papel fundamental  na evolução da compreensão psicopatológica, a psiquiatria  acabou eclodindo na própria ciência  humana dando outra configuração à humanização e seu

desenvolvimento. No século XVIII, foi inaugurada especialidade da Psiquiatria Clínica,  com Phillipe Pinel (1745-1826) na França influenciada pela  fenomenologia de Hurssel e em 1801. “….Traité médico-philosophique sur l'aliénation mentale ou lamanie”  (Tratado médico filosófico sobe alienação mental e mania)” em sintonia com as convicções  revolucionárias dos franceses de liberdade, igualdade e fraternidade, pregando sobre a moral para os alienados e libertando os loucos em paris. Com sua prática ao longo dos anos, chefiou os hospitais em Bicêtre e La Salpêtrière na França, admirador de sua mais profunda reflexão acerca da alienação mental, postularam para inaugurar a "Escola dos Alienistas Franceses"  fortaleceu a influência da escola francesa na Psiquiatria que se deu no século XVIII, juntamente com seu discípulo Jean-Etienne Esquirol (1770-1842), e viviam em meio a manicômios.

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