Trabalho Sobre Bibliografia da Malala

A desigualdade de gênero possui consequências que afetam diretamente direitos básicos que devem ser exercidos por meninas e mulheres do mundo, isto porque, até o século XX as mulheres não tinham direito à educação básica por terem seu papel social era atribuído ao casamento, família e procriação.

A partir da luta de movimentos, a mulher conquistou o direito à educação. A Declaração dos Direitos Humanos torna a educação um direito inerente a qualquer ser humano, mas ainda existiam países e regiões que colocavam obstáculos à frente da escolarização feminina. Malala, por sua vez foi criada em uma província onde o Talibã se instalou e em 2007 destruiu centenas de escolas, proibindo que mulheres tivessem acesso as mesmas.

Malala continuava indo à escola, mudando trajeto, escondendo materiais escolares, afim de despistar e não ser alvo por estar fazendo algo que era proibido naquele lugar. Quando Malala tinha 11 anos, a BBC procurou seu pai para pedir recomendações de meninas que poderiam falar (através de um blog) sobre como era viver em um governo extremista e autoritário. Malala ao ouvir a conversa se oferece para exercer este papel e apesar do medo do pai, que era educador, ele topa com a condição de que a mesma usasse um nome falso, conhecido como Gul Makai.

Em 2012 sua história apareceu em um documentário no New York Times, com sua identidade revelada, ela passou a dar entrevistas e foi nomeada ao prêmio nacional da criança, pelo ativista Desmond Tutu. Por fazer críticas abertas ao Talibã, Malala ganhou o prêmio nacional da paz e sua popularidade aumentou fazendo com que ela se tornasse referência mundial dando voz a milhares de jovens que não tinham seu direito garantido por leis ou por costumes.

Malala, mais precisamente em 9 de outubro de 2012, sofre um atentado e leva três tiros sendo um deles em sua cabeça. Em 12 de outubro de 2012, um grupo do Paquistão faz uma declaração publica sobre os homens que a tentaram a assassinar e o Talibã reafirma, o que acaba causando uma comoção mundial em cima deste acontecimento. Malala ficou em estado grave no hospital e foi transferida para um hospital na Inglaterra, e apesar dos médicos afirmarem o contrário, sobrevive sem sequelas.

A ONU diante de tudo isso faz uma petição com urgência para que todas as crianças do mundo (sem exceção de gênero) tivessem inscritos em escolas sobre o slogan “I AM MALALA” (EU SOU MALALA), retificando a primeira lei de educação no Paquistão. Malala então se torna uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, sua história é importante porque conscientiza mulheres acerca dos seus direitos e mostra que a luta por mudanças em uma sociedade mesmo que patriarcal,  se dá através da educação.

Desde a mais remota antiguidade a mulher na sociedade ocupou uma posição subalterna, subsidiária ou complementar ao homem. Por mais que os tempos estejam mudados e o avanço tenha notoriedade, isto porquê, as mudanças ocorreram de fato devido ao movimento feminista ao longo dos anos e serviu para fazer com que refletíssemos através de teorizações sobre a diferença entre os sexos. Contudo, a mulher ainda assim carrega um peso por ter  seu caminho marcado por toda uma sucessão de limitações acerca do gênero.