Trabalho da Disciplina Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e Drogas
Por: dbritopsicologa • 4/5/2021 • Resenha • 1.259 Palavras (6 Páginas) • 146 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Resenha Crítica de Caso
Daniele Brito Costa
Trabalho da disciplina Atenção
Psicossocial e Uso de Álcool e Drogas
Tutor: Prof. Aline Monteiro Garcia
Rio de Janeiro
2021
CASO FAMÍLIA FLORES
Referência:
Acesso em 03 de maio de 2020
INTRODUÇÃO
A família Flores composta por dona Vilma, (62 anos), seus filhos Sérgio (27 anos), Rony (35 anos) e João (30 anos). Vivem em condições insalubres. Dona Wilma, Sérgio e João apresentam várias crises de confusão mental. Sérgio e João fazem uso de drogas e álcool. Apenas Rony que não apresentou nenhuma alteração, talvez seja o único a apresentar alguma estabilidade mental devido a estar vivendo em condições de tamanha precariedade a menos de um ano e meio.
A complexa situação de vida na qual a família se encontra chegou a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) através de vizinhos e não por demanda espontânea da família.
DESENVOLVIMENTO
O presente trabalho constitui-se em um estudo de caso desenvolvido com a família Flores, a respectiva situação familiar chegou à equipe do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) por meio de vizinhos e não por uma demanda espontânea da família. Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) foram criados no intuito de acolhimento aos pacientes com transtornos mentais, buscando estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Buscando uma reintegração tanto social quanto cultural e fortalecendo os laços familiares e comunitários.
Os agentes do CAPS, acessaram a família, mas esse primeiro contato gerou um desentendimento por parte da dona Vilma que afirmava não precisar de ajuda. Porém durante a visita foi constatado que se tratava de uma casa pequena, com 3 cômodos no qual não há distinção entre quarto, cozinha, sala e banheiro, o banheiro fica localizado na parte externa, não possuindo saneamento básico, o que ocasiona situações precárias, não há sequer geladeira na casa , no quintal tem grande quantidade de sujeira e lixo, de fato a família vive em um ambiente totalmente insalubre. Todo esse cenário poderia ser um fator a contribuir para o quadro mental da família, levando ao consumo de álcool e drogas.
O filho Sérgio (27 anos) é muito inteligente, terminou o segundo grau e chegou a fazer a prova do ENEM, pois pensava em cursar uma faculdade. Costuma ter crises de curta duração que se caracterizam por confusão mental, conflitos entre ideias opostas e uso abusivo de drogas (cachaça, maconha, cocaína). Em meio ao seu discurso conturbado relatou seu descontentamento com a residência, afirmando que a família vive em situações precárias sem ter necessidade, pois atualmente recebem a pensão de seu pai, já falecido, que era oficial de justiça. Seria o caso de Sérgio, um caso de delírio devido ao uso de drogas psicoativas como álcool ou drogas ilegais. Pois a existência de uma pensão não justificaria a condições insalubres que a família vive.
Sérgio procurou o posto de saúde por estar com bicho do pé, os funcionários perceberam que ele estava alcoolizado devido a halitose, lhe foi negado o atendimento. Apesar de ter sido respeitoso e estar interagindo bem com os funcionários. No dia seguinte Sérgio se direcionou ao CAPS, bem confuso e alterado relatando o ocorrido no dia anterior.
Dona Vilma manifesta quadros em que há crises que variam desde episódios maníacos, delírios com forte conteúdo místico-religioso, episódios depressivos, de severa prostração e isolamento dentro da própria casa. Certo dia Vilma foi a Unidade de Saúde para aferir a pressão , chegou lá relatando que acreditava que os deuses hindus energizavam sua volta para que ela conseguisse salvar a humanidade, a técnica de enfermagem aferiu sua pressão e falou para a Sra. Vilma que estava tudo sob controle , que não possuía nenhuma alteração , porém Dona Vilma persistiu dizendo que não era possível, pois ela se sentia diferente, e a profissional mais uma vez relatou estar tudo certo, perante essa controvérsia Vilma ficou bem alterada e disse que não retornaria mais a essa Unidade.
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