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Trabalho de Psicologia Escolar

Por:   •  25/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.759 Palavras (8 Páginas)  •  421 Visualizações

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Atualmente, existem práticas psicológicas voltadas para o desenvolvimento integral do indivíduo inserido em uma realidade social, política e econômica.

O psicólogo escolar vem deixando de ser um mero aplicador de testes e implementador de práticas individualizantes para se tornar um profissional crítico da realidade escolar e das demandas de aprendizagem (BARBOSA; MARINHO-ARAÚJO, 2010).

Contudo, na prática, precisamos avançar mais. Ainda há muitos psicólogos escolares que não se apropriaram do compromisso social para a transformação da realidade, atuando em prol das demandas individuais exigidas pela escola.

De acordo com Novaes (2011, p.  118), as lacunas na formação do psicólogo escolar advêm da “inadequação curricular, da falta de estágios bem supervisionados e do despreparo acadêmico das universidades”. O espaço universitário, além de crítico e reflexivo, deveria ser também transformador.

Abordagens e metodologias de ensino

Conhecer os processos de ensino e aprendizagem presentes na escola levará você a refletir sobre os desafios inseridos neste contexto.

O ambiente educacional enfrenta, atualmente, algumas queixas. Estas são facilmente encontradas nas escolas em relato de educadores.

  • Desinteresse dos alunos.
  • Evasão escolar.
  • Omissão de algumas famílias.
  • Exaustão dos professores.
  • Problemas estruturais e sistêmicos ligados à violência e à segurança pública.
  • Acesso à saúde, ao transporte público, repasses e verbas, etc.

Nesse contexto, faz-se importante compreender a dinâmica dos processos de ensino-aprendizagem, refletindo sobre a função da escola e como o psicólogo escolar pode contribuir para o aprimoramento e eficiência desses processos, favorecendo a ampliação e a consolidação do trabalho do psicólogo escolar (MARTÍNEZ, 2010).

O estudo da aprendizagem inclui tanto os teóricos psicogenéticos, que se dedicaram a compreender a origem do conhecimento, como Piaget, Vygotsky e Wallon (LA TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992), quanto os teóricos behavioristas, como Watson e Skinner, que postularam que a aprendizagem ocorre através de condicionamentos e contingências do ambiente (ZANELLA, 2003).

Os teóricos psicogenéticos, denominados também de interacionistas, consideram que o conhecimento é adquirido pela interação entre sujeito e objeto. Explore a galeria para conhecer alguns pesquisadores dessa área e suas contribuições para o estudo.

Piaget, biólogo bastante influente na educação no século XX, pesquisou sobre a origem e a formação do conhecimento e criou um campo de investigação denominado epistemologia genética, isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança (FERRACIOLI, 1999).

Vygotsky atribui um importante papel às relações sociais para o aprendizado. Na concepção Vygotskiana, por influência da filosofia marxista, pelo discurso de Hegel, a atividade humana é um fenômeno resultante da mediação instrumental, signos e ferramentas (CUBERO; LUQUE, 2004).

Wallon enfatiza a integração organismo-meio, o desenvolvimento do sujeito imerso em aspectos afetivos, cognitivos e motores e integrado ao meio (MAHONEY; ALMEIDA, 2005).

Os pressupostos teóricos behavioristas de Watson e Skinner explicam a origem do aprendizado através do condicionamento (clássico ou operante) (ZANELLA, 2003). Explore a galeria para conhecer um pouco mais.Watson, em 1913, aponta que o objeto de estudo da Psicologia é o comportamento, entendido como a interação indivíduo-ambiente. O teórico dedicava-se às explicações do aprendizado pelo condicionamento clássico, ou seja, pareamento de estímulos para emissão da resposta.

Novas concepções sobre objetivos educacionais e metodologias de ensino

Bandura (2008), em sua teoria social cognitiva, localiza o indivíduo como um sujeito ativo perante seu processo de aprendizagem. O autor examina conceitos como agência humana, autoeficácia, eficácia coletiva, modelação e autorregulação, contribuindo significativamente para a compreensão dos processos de aprendizagem.

Os conceitos de Bandura vêm sendo amplamente aceitos no âmbito educacional, principalmente o conceito de autoeficácia (OLIVEIRA; SOARES, 2011; MASOTTI, 2014).

De acordo com Bzuneck (2001), o julgamento do aluno sobre sua autoeficácia relaciona-se com sua capacidade de agir, planejar metas, determinar quantidade de esforços e perseverar no alcance de seus objetivos.

Portanto, o engajamento aos processos escolares associa-se a quanto o aluno se sente capaz de engajar. Nessa perspectiva, o docente, responsável por ensinar, deverá se atentar aos fatores relacionados ao aprender em sala de aula.

Para o processo de aprendizagem, a figura do professor é de suma importância. Neste contexto, retomam-se, então, algumas considerações da relação professor-aluno.

Colomina e Onrubia (2004) asseguram que as ações dos professores são necessárias ao processo de aprendizagem, de modo que o professor deve estar atento às exigências da tarefa e às habilidades de todos os seus alunos.

Além disso, segundo Colomina e Onrubia (2004), para que se trabalhe em grupo de maneira efetiva, os alunos devem contar com outras capacidades que devem ser incentivadas pelo contexto escolar geral, tais como:

  • Além disso, segundo Colomina e Onrubia (2004), para que se trabalhe em grupo de maneira efetiva, os alunos devem contar com outras capacidades que devem ser incentivadas pelo contexto escolar geral, tais como:
  • Habilidades comunicativas.
  • Planejamento e desenvolvimento de tarefas.
  • Autorregulação.
  • Habilidade de resolver problema.
  • Respeito e ajuda mútua.

Atualmente, o ensino já não é concebido como um simples processo de transmissão de conhecimento de alguém que o possui (o professor) a alguém que não o possui (aluno), mas como um processo de natureza social, linguística e comunicativa, em que o papel fundamental do professor é estruturar e guiar a construção de significados que os alunos realizam em um ambiente complexo de atividade e discurso [...] (COLOMINA; ONRUBIA; ROCHERA, 2004, p. 298).

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