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Transferencia E Contratransferencia No Processo Analítico

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Por:   •  21/9/2014  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  373 Visualizações

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Resumo

Este trabalho aborda os conceitos de transferencia e contratransferencia, elementos presentes no processo analítico que influenciam o mesmo. Dependendo de como o profissional utiliza esses conceitos em seu trabalho, eles podem surtir efeitos positivos que contribuem para um bom resultado do processo. Para isso, é preciso que o analista tenha consciência dos seus afetos e que aplique técnicas que atinjam o objetivo do seu trabalho, conhecendo sua mente inconsciente ao invés da do paciente e utilizar técnica individual para escoar suas emoções.

Palavras-chave: Transferência, Contratransferência, Psicanálise.

Abstract

This work aims to point conceits concerning to transference and counter-transference, which make influence in the analytic process. Depending on how the professional uses these conceits in her/his work; they can cause negative or positive effects which determine whether the result is good or not. For using it in a positive way, it is necessary that the analysts are aware of their own feelings, and apply techniques to know their unconscious mind better, instead of their patient’s one, and use individual techniques to be free of the emotions produced during the analytic process.

Keywords: Transference, Counter-transference, Psychoanalysis.

Introdução

A transferencia e contratransferencia são acontecimentos no processo analítico e por isso há importância na consciencia de seus efeitos no analista e analisando. O dicionário Aurélio define a palavra transferência como “Ação ou efeito de transferir(-se); transmissão[...]”. Nesse caso ela parte do paciente para o profissional e os conteúdos conscientes e inconscientes – projeções – são transferidos um para o outro.

Já a contratransferência parte do analista para o analisado, são as reações de um à transferência do outro. “Freud a considerava como algo prejudicial, que indicava que o terapeuta não estava bem analisado.”. (ANDREA, pg. 4) Mas com o passar do tempo passou-se a entendê-la como o ato do terapeuta sentir os sentimentos internos do pacientes que este não é capaz de transmitir e, por isso, um fenômeno característico do processo.

Transferência e contratransferência no processo analítico

Freud cita que para que um processo analítico aconteça efetivamente, o profissional deve ser estéril durante a análise, não incorporando suas “filosofias” durante a mesma, devendo ser equivalente a uma superfície de um espelho, a qual não deve refletir a sua própria imagem, pensamento e personalidade, mas tudo aquilo que vem e está no analisado.

Partindo da proposição do papel do analista na abordagem do paciente durante o processo analítico, há diversas discussões sobre o assunto que divergem umas das outras. Algumas afirmam que o profissional que exerce influencia na situação transferencial comete um grave erro. Enquanto outros sugerem que essa teoria aplicada a objetos inanimados (sem vida) tem efeitos, porém, em se tratando de um ser vivo que possui identidade, torna-se improvável porque suas características serão refletidas na escolha dos móveis e decorações da sala, por exemplo.

“Freud fez uma discussão ampla sobre alguns dos elementos que inevitavelmente atrapalham o ideal de esterilização e devemos considerá-los em seus detalhes. Ele enfatizou o fato de que a análise não se dá em um compartimento hermético: o analista tem nome, é homem ou mulher, tem idade, uma casa, etc; em um amplo sentido transferimos estes elementos de nossa personalidade para nossos pacientes. É preciso uma certa habilidade técnica para lidar com as relações provocadas por esses elementos, sempre discutidos nas análises de supervisão bem como em seminários.” (Balint, Alice e Michael, pg. 2)

A esse respeito, “Trabalhar com o tema transferência/contratransferencia é poder pensar no afeto, seja do indivíduo, do grupo ou do terapeuta, como um instrumento de trabalho.” (ANDRÉA, pg. 2). Em outras palavras, a transferencia/contratransferencia, quando bem utilizadas pelo analista, podem se tornar um instrumento que auxilia no processo analítico.

QUINET (2009) explica que a transferência se faz presente desde o início e que não é uma função de quem analisa produzi-las porque ela já existe, ele ainda exemplifica a transferência enquanto fator necessário para o início da análise.

“O estabelecimento da transferência é necessário para que uma análise se inicie: é o que denominamos a função transferencial das entrevistas preliminares. Mas a transferência não é condicionada ou motivada pelo analista. “Elas está aí, diz Lacan na ‘Proposição’, por graça do analisante. Não temos de dar conta do que a condiciona. Aqui ela está desde o início.” A transferencia não é, portanto, uma função do analista, mas do analisante. A função do analista é saber utiliá-la” (QUINET, 2009, pg. 26).

É o que acontece no início de uma análise quando o sujeito acredita que o analista é o sujeito dotado do saber e, um analista ou não, por sua vez, encarna esta figura de sujeito dotado desse suposto saber. No entanto, o analista, de acordo com QUINET (2009), não deve em hipótese alguma ver-se nessa posição - aquele dotado de saber – pois isso é uma atitude errônea e equivocada.

Conforme SCHWARTZ-SALANT & STEIN (2000), é característica típica do ser humano o desejo/necessidade de assumir o comando nas suas relações e, na relação analista e analisando não é diferente, podendo ser exemplificada por um conselho referindo-se ao melhoramento da atitude mental dado durante o processo analítico o qual o paciente não

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