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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na Educação

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Por:   •  28/12/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.936 Palavras (12 Páginas)  •  306 Visualizações

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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na Educação

Introdução

Atualmente confunde-se muito hiperatividade com indisciplina. Estes conceitos vêm sendo vistos por alguns pais e educadores como sinônimos. O termo hiperatividade tornou-se um modismo. Porém, ainda é compreendido por muitos apenas no nível do senso-comum.

Com o intuito de desvendas os mistérios deste termo, tornando-o mais claro, é que me propus a fazer este trabalho.

Contudo, é preciso ter consciência de que apenas conhecer o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) não basta. È preciso, ainda, saber direcionar o trabalho pedagógico a ser realizado com as pessoas que apresentam tal transtorno.

No caso da criança, esta precisa ser valorizada em suas características positivas, como a agilidade, a inovação e a energia ao invés de ser taxada como desatenta, indisciplinada e desorganizada. Sabendo aproveitar tais qualidades, estas podem se tornar grandes aliadas ao processo ensino-aprendizagem.

Segundo Goldstein, S. e Goldstein, M. (1994, p. 22), embora não sejam feitos diagnósticos em crianças menores de 5 anos, muitas crianças com idade inferior já apresentam “sintomas similares que podem ser indicadores precoces do problema”. É com base nestes sintomas que o professor de educação infantil deve desenvolver seu trabalho.

O professor de educação infantil não tem, não deve e nem pode ter a obrigação de diagnosticar o aluno ou conhecer as deficiências, suas denominações ou características. Entretanto, é imprescindível que este profissional conheça o desenvolvimento infantil e compreenda que cada criança é um ser individual e possui um ritmo próprio. Acreditamos que reconhecer e valorizar as diferenças não é suficiente. Faz-se necessário que o professor saiba direcionar o trabalho pedagógico frente à diversidade.

Conceito e Caracterização

Um dos grandes problemas que persistem em nossas escolas desde há muito tempo é a inquietação/ indisciplina dos alunos. Segundo Okonoski e Spuldaro (2005), o quadro apresentado por estas crianças agitadas e impulsivas já recebeu uma serie de denominações, tais como Síndrome Hipercinética (por volta dos anos 50), Lesão Cerebral Mínima (período da 1ª Guerra Mundial), Disfunção Cerebral Mínima (termo oficializado em 1962), DDAH ou DDA – Distúrbio por Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade ( 1980 á 1987) e DHDA – Distúrbio da Hiperatividade por Déficit de Atenção (1987).

Atualmente, o quadro apresentado por estas crianças é denominado de TDA ou TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade. Embora existam vários estudos a respeito do TDAH, este ainda é, não raro, mal compreendido. Alguns profissionais da educação continuaram pecando ao classificar todas as crianças agitadas como hiperativas, embora não tenham competência teórica para isso. Este não é um problema recente.

A partir da década de 60(...) os psicopedagogos prendiam-se

a uma concepção organicista e linear, com conotação

nitidamente patologizante, que encarava os indivíduos

com dificuldades na escola como portadores de disfunções

psiconeurológicas, mentais e/ou psicológicas (...)

Essas idéias inicialmente difundidas através dos consultórios

particulares, acabaram chegando as escolas, que sem nenhum

critério, classificavam as crianças com dificuldades para ler e

escrever como “disléxicas” e, as mais agitadas , como

“hiperativas”. (SCOZ, 1994, p. 23-24)

A informação que a autora nos apresenta não esta ultrapassada pois nos dias de hoje, muitos pais e professores consideram mais cômodo afirmar que o filho/aluno é “hiperativo”, é “doente”, isentando-se ou transferindo assim a responsabilidade quanto a educação desta criança. Acreditam, muitos, que não há nada a fazer por este filho/aluno, pois “é impossível mudar a natureza da criança”. Tiba (2002, p. 152) complementa a questão:

Agora, (...), esta havendo exageros e confusão

a esse respeito. A Ritalina não atua sobre

mal-educados. Ainda assim, diagnósticos

apressados e equivocados tem feito pessoas

mal-educadas ficarem a vontade para ser

mal-educadas, sob o pretexto de que estão dominadas

pelo DDA..O fato de ser consideradas doentes

facilita a aceitação de seu comportamento impróprio.

Uma vez que um diagnostico é elaborado e a criança é medicada, todos os envolvidos passam a ter uma justificativa que será aceita em seu contexto social. Os pais e professores justificam sua permissividade em relação ao estabelecimento de limites e normas de convívio social, em função de que o diagnostico afirma que a criança com TDAH tem dificuldades em cumpri-las.

O que é Hiperatividade

Conceito:

Johannpeter (2002, p.25) conceitua de forma clara o TDAH, descrevendo-o como:

... um problema no funcionamento de certas áreas

Do cérebro que comandam o comportamento inibitório

(freio), a capacidade de executar tarefas de planejamento,

A memória de trabalho (entre outras funções), determinando

Que o individuo apresente sintomas de desatenção, agitação

(hiperatividade)

...

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