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Técnicas de Avaliação Psicológica II

Por:   •  9/4/2019  •  Ensaio  •  16.628 Palavras (67 Páginas)  •  139 Visualizações

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CENTRO UNISAL U. E. LORENA/SP

Disciplina: Técnicas de Avaliação Psicológica II

Profª. Walcylene Castilho de Araujo

TAP II - 2019

                

Queridos alunos, iniciamos a disciplina de Técnicas de Avaliação Psicológica II, que tem como objetivo introduzir o aluno no contexto da avaliação psicológica infantil. É claro que durante o semestre contemplaremos apenas alguns instrumentos, mas acreditamos que a partir das reflexões estabelecidas em sala de aula e do contato com os instrumentos que foram selecionados para esse semestre vocês poderão lançar mão desse aprendizado para outras situações afins.

        Esta apostila tem por finalidade favorecer o processo de ensino-aprendizagem, considerando que, por questões éticas, vocês ainda não podem adquirir o material de teste a ser utilizado. Dessa forma, procuramos apresentar algumas informações necessárias, a fim de que as aulas possam ser mais bem aproveitadas e possamos ganhar tempo na exposição das mesmas.

Lembrem-se: esse material será muito útil nos próximos anos em outras disciplinas, principalmente em psicodiagóstico, por isso, saibam conservá-lo para utilizá-lo futuramente.

Importante destacar ainda que, para um conhecimento mais aprofundado dos instrumentos a serem utilizados, faz-se necessário consultar os manuais dos mesmos. Estes se encontram disponíveis no Laboratório de Avaliação Psicológica (LAP) e poderão ser consultados por vocês. Não é permitida a retirada dos manuais e/ou qualquer material de teste para serem utilizados fora das dependências do laboratório. O espaço do LAP, no entanto, é espaço de estudo e pesquisa, que tem seu sentido se os alunos usufruírem dele.

Esta mensagem e apostila foram produzidas pela Professora. Ana Rita no ano de 2016.

UNISAL – CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO U. E. DE LORENA/SP

TÉCNICA DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA II

RECOMENDAÇÕES PARA APLICAÇÃO DE TESTES INFANTIS

  1. GERAIS:
  • Em princípio, devem ser seguidas todas as recomendações para a aplicação de testes em geral, ou seja, deve haver o ‘rapport’ com a parte informal, a motivacional e a aplicação do teste propriamente dito.
  • A apresentação do monitor (quando presente) é extremamente importante como um avaliador da tarefa do aplicador e não do sujeito.
  • O aplicador deverá estar totalmente familiarizado com as instruções, material e manuseio destes, antes de aplicar o teste.
  • O aplicador não deve assumir qualquer atitude formal especial, tratando o sujeito, tanto quanto possível, de modo normal. O contato deverá ser afetivo e amigável, porém sem exagero de solicitação.
  • O aplicador deverá estar atento às intervenções não controladas por parte da criança, pois ela se preocupa com suas experiências imediatas e pessoais. Consequentemente quer modificar planos, alternar e alterar interesses e, às vezes, manter-se indiferente. O aplicador deverá manter o controle da situação com firmeza, mas sem autoritarismo, colocando os limites necessários de maneira clara, objetiva e direta de modo a permitir uma aplicação tranquila.
  • Com crianças excessivamente ativas, deve-se ignorar o fato com jeito e habilidade.
  • O aplicador deverá cuidar para que a criança não destrua o material.
  • Antes de entrar na sala deverá indagar a criança se quer ir ao banheiro, tomar água ou se necessita de algo, enfim, se está tudo bem.

II – ESPECÍFICAS:

Quanto a terminologia:

  1. Tia’ – Uso do tratamento – A criança poderá assim designar o aplicador, mas ao aplicador não será permitido assim se autodesignar.
  2. ‘Jogo’ – Pode ser usado como analogia para a situação desde que esclarecido de que é uma situação séria e com regras onde será pedida uma tarefa que deverá ser seguida por uma resposta – atividade.
  3.  ‘Diminutivos’ – Evitar usar principalmente com crianças a partir de sete anos.
  4. ‘Testes’ – Palavra proibida para a situação infantil.
  5.  Usar linguagem adequada para a idade da criança.

Quanto a motivação:

  1. Falar da dificuldade relativa à amplitude de idade abrangida pelo teste.
  2. Pedir para fazer o melhor que puder.
  3. Falar da privacidade (sigilo/segredo) do resultado e da tarefa.
  4. Falar da importância de estar ajudando o aplicador na realização de sua tarefa.
  5. Falar da familiarização com situações do mesmo tipo que poderá enfrentar posteriormente em sua vida.
  6. Realizar a descontração entre os testes.

Quanto as instruções:

  1. O aplicador deverá seguí-las cuidadosamente e literalmente.
  2. O aplicador nunca deverá responder perguntas relativas a um item ou tarefa específica.
  3. Nunca realizar a tarefa ou parte dela a não ser que esteja prevista nas instruções.
  4. Nunca responder se está correto ou não. A qualquer indagação dessa natureza responder evasivamente: “Você está indo muito bem”; “Não se preocupe”; “Faça o melhor que puder”; etc...

Quanto ao ambiente:

  1. Sem estimulações visuais e auditivas não pertinentes a situação.
  2. Sem interrupções.
  3. Mesa e cadeira de altura o mais adequado possível.
  4. Boa iluminação e ventilação.

Observação:

  • É importante falar para a criança que em alguns momentos o aplicador poderá fazer algumas anotações.
  • Mostrar o cronômetro (caso seja utilizado) e explicar a função deste.
  •  Não deixar material algum sobre a mesa durante o rapport.
  • Deixar o material ou parte deste ao lado do aplicador, de forma que a criança não tome contato com este antes do momento adequado.
  • Procurar motivar a criança quando esta se mostrar desinteressada.
  • Idade para aplicação dos testes infantis no Laboratório: de 7 a 10 anos ou a combinar com professor da disciplina.

Importante:

  • Levar a criança para a vivência do teste com a devida autorização dos pais ou responsável.
  • Informar que será uma situação de aprendizagem, que não poderá ser dado, de forma alguma o resultado do teste vivenciado pela criança.
  • Ao terminar a vivência entregar a criança no local combinado aos pais ou responsável.

DESCRIÇÃO DAS FASES DO DESENVOLVIMENTO DO DESENHO INFANTIL

        Garatuja (2  a  4  anos)

        Um dos primeiros meios de comunicação e expressão utilizados pela criança é o MOVIMENTO CORPORAL. Somente chorando ou sacudindo seus bracinhos e perninhas, a criança pode manifestar sua dor e prazer. A EXPRESSÃO GRÁFICA da criança pequena, chamada nesta fase de GARATUJA, mostra linhas traçadas em qualquer direção, inicialmente sem nenhum controle, e que significam para a criança prazer, facilidade e desabafo, além do aperfeiçoamento de uma função muito importante: a COORDENAÇÃO MOTORA. A criancinha desenha pelo prazer do gesto, pelo prazer de produzir uma "marca".

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