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Uma Historia Linda

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Por:   •  1/10/2014  •  436 Palavras (2 Páginas)  •  351 Visualizações

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Além disso, os moços que espontaneamente me acompanham (...) imitam-me muitas vezes;

nessas ocasiões, metem-se a interrogar os outros; suponho que descobrem uma multidão de

pessoas que supõem saber alguma coisa, mas pouco sabem, quiçá nada. Em consequência, os

que eles examinam se exasperam contra mim e não contra si mesmos, e propalam que existe

um tal Sócrates, um grande miserável, que corrompe a mocidade (idem, p. 19).

Esses jovens discípulos imitam o seu mestre e desmascaram pessoas que fingem saber, mas não

sabem. Com isso Sócrates recebe a ira também destes, além da acusação de corromper a juventude.

6.7 Condenação e discussão da pena

Após Sócrates explanar várias outras considerações sobre as acusações que sofre, chegou o momento

da votação. Sócrates foi condenado10 e passou-se a discutir sobre sua pena. “Ora”, diz Sócrates, “o

homem propõe a sentença de morte. Bem; e eu que pena vos hei de propor em troca, Atenienses?”

(Platão, 1978, p. 33). Sócrates defende que não merece nenhuma pena, muito pelo contrário, deve ser

tratado como um benfeitor da cidade e, dessa forma, merece ser sustentado no Pritaneo, como se fazia

com os heróis de guerra. Sócrates explana que não pode propor ser desterrado, uma vez que se nem

os seus concidadãos o suportam, com outros povos seria pior. Como outra opção, Sócrates diz que se

tivesse muito dinheiro proporia pagar uma multa, mas como não tem, só poderia pagar uma mina de

prata. Com a interferência de Platão e outros discípulos presentes ao julgamento, Sócrates aumenta

a proposta da multa para trinta minas de prata, já que estes se fizeram proponentes e fiadores dessa

quantia.

Com as propostas de Sócrates sobre sua pena ele conseguiu irritar ainda mais muitos dos presentes

no tribunal, não restando praticamente outra alternativa senão a pena capital. No livro O julgamento

de Sócrates, de I.F. Stone, ele defende a tese que, na verdade, Sócrates queria morrer. Segundo Stone,

Sócrates poderia facilmente ter conseguido sua absolvição e o próprio júri, a princípio, não estava

disposto a condená-lo a morte. Mas, Sócrates fez tudo, segundo Stone, para que a pena de morte

fosse votada. Sabe-se que Sócrates não temia a morte, mas pode se afirmar que ele queria morrer?

Na Apologia de Sócrates, escrita por Xenofonte, encontra-se um diálogo em que Sócrates explica a

Hermógenes porque era vantajoso para ele deixar a vida naquela fase, diz

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