Uma Nova Tarefa Para o psicólogo A Demanda que Precede a Consulta: Diferentes Práticas
Por: Bárbara Coelho Rodrigues • 30/5/2020 • Trabalho acadêmico • 993 Palavras (4 Páginas) • 203 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF | [pic 2] |
Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica | ||
Curso: Psicologia. | ||
Docente: Discente: | ||
1. Referência: MARTÍN, E; SOLÉ, I. Intervenção Psicopedagógica e atividade docente: Chaves para uma colaboração necessária. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. (orgs). Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia da Educação – v.2 – Porto Alegre: Artmed, 1996. | ||
Uma nova tarefa para o psicólogo A demanda que precede a consulta: diferentes práticas No texto, uma nova tarefa para o psicólogo, o autor faz uma crítica ao modelo clinico trabalhado nas escolas pelo psicólogo educacional. Ele aponta duas concepções diferentes de demanda ;aquela que irá determinar a resposta e aquela que não só determina a resposta mas que também é determinada por ela .No caso da primeira concepção citada ,geralmente o professor traz uma queixa ao psicólogo ,este elabora uma intervenção especifica ,a situação problemática que será aplicada pelo professor .Essa configuração pode gerar conflitos e tensões para os envolvidos ,revelando um sistema disfuncional ,desqualificando assim a intervenção do psicólogo ,reforçando a ideia de clínica em que o psicólogo fica restrito ao seu consultório . No casos de insatisfação o professor ou psicólogo são tidos como os únicos culpados pela disfunção de sua troca. Já no caso em que a demanda tanto determina a resposta quanto é determinada por ela, o trabalho feito nas escolas dependera de cada caso, entre professor e psicólogo. O texto fala ainda sobre as modificações que o modelo sistêmico faz em relação ao modelo de resposta mais habitual, baseado no modelo psicanalítico de causalidade linear. No modelo psicanalítico o objeto de observação é justamente o objetivo que se baseia a intervenção, já no modelo sistêmico o objeto de intervenção está na interação entre as partes envolvidas. Geralmente o professor se dirige ao psicólogo como sendo um especialista no caso, sendo sua queixa voltada a um aluno especifico ou um grupo de alunos, porém é preciso levar em conta que por traz dessa queixa, existe uma interação entre aluno e professor que se manifesta através do comportamento inadequado do aluno ou grupo de alunos. Alguns professores atribuem somente o aluno como o único responsável pelo seu problema escolar, excluindo-o assim do sistema escolar. Vale lembrar que o problema manifestado por uma criança é na verdade reflexo da manutenção do equilíbrio do sistema interno. Oque explica a persistência de algumas dificuldades e a ineficácia das intervenções focadas no indivíduo. Ainda que se retire esse aluno problema da escola, novos problemas irão surgir em outros elementos do sistema. Quando se trata de prevenção há duas concepções; aquela que privilegia uma abordagem individual, em que o foco da intervenção e o aluno que apresenta alguma queixa especifica e o psicólogo que se volta para esse indivíduo e sua família, reforçando a ideia de clínica. A prevenção adotada nesse caso se trata de uma despistagem por meio de uma terceira pessoa. Na segunda concepção quando a demanda do professor é encarada como um problema á nível de interação, a escola passa a não ser mais considerada como pretexto de patologias de crianças ou famílias e sim lugar de intervenção conduzida por um professor, esse conserva todas as suas competências. O autor ainda faz algumas considerações a respeito de interpelação por parte do professor, existindo duas respostas possíveis. S e ele centra sua queixa formulada no presente e no eventual passado como causadoras do problema, o especialista faz sua intervenção baseada na observação de uma patologia e suas modificações, ou ele pode adotar uma posição diferente transformando a queixa ou interpelação como sendo um desejo ou projeto que o sujeito tem quanto a uma mudança da atual situação problemática. Com esse ponto de vista o especialista assume um papel ativo pela formulação de suas perguntas e pelo fato de solicitar a participação do sujeito para a definição de mudanças. O texto defende o modelo sistêmico, no qual o papel do psicólogo escolar não é mais de especialista no assunto que trata de uma criança portadora de uma patologia, focando sua intervenção apenas no indivíduo sem considerar o sistema de interações presente na escola. No modelo sistêmico o psicólogo deve basear suas intervenções a partir das interações do sistema escolar. O psicólogo escolar não deve trabalhar para a escola e sim com a escola. | ||
3. Citações: “Uma atenção para a interação não permite mais que o psicólogo responda enquanto especialista a um professor que formula uma demanda que contém uma grande parte de delegação do problema e de sua solução no exterior. Ao contrario trata-se de um trabalho comum de análise das dificuldades, de elaboração de hipóteses e de busca de estratégias adequadas nas quais as duas partes estão em posição complementar. O professor mantem todas as suas competências para a solução do problema no contexto escolar enquanto o psicólogo percebe finalmente que seu papel não e trabalhar com a escola e sim na escola”. (MARTÍN & SOLÉ,1996). O objetivo principal do trabalho do psicólogo na escola não é tratar de uma criança portadora de uma eventual patologia, mas a partir da sinalização de uma criança de uma criança identificada como “causando um problema” na sala de aula, redefinir este problema como um estado particular das interações no interior do sistema considerado, e levar o professor a introduzir a mudança mínima que repercutira em todo o sistema de interação de interação professor-aluno ou alunos-alunos”.(MARTÍN & SOLÉ,1996).
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4. Comentário e ideação: O capítulo faz uma crítica ao modelo clinico anteriormente trabalhado pelo psicólogo nas escolas e propõem a utilização do modelo sistêmico. O modelo clinico ao focar em um determinado aluno ou grupos de aluno com problema escolar, acaba reforçando a ideia de terapeuta especialista no assunto, deixando de lado toda complexibilidade do sistema escolar por traz desse aluno, focando apenas no indivíduo e não nas relações existentes que contem em determinada demanda. Assim o psicólogo deve abondar essa maneira de se trabalhar, e focar suas intervenção nas relações existentes dentro do sistema escolar, sendo um colaborador junto ao professor e não mais o terapeuta especialista no assunto. |
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