TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Violência contra as mulheres: visão brasileira da violação levanta protestos

Pesquisas Acadêmicas: Violência contra as mulheres: visão brasileira da violação levanta protestos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.174 Palavras (9 Páginas)  •  403 Visualizações

Página 1 de 9

UOL - O melhor conteúdo

Assine 0800 703 3000

SAC

Bate-papo

E-mail

BOL

Notícias

Esporte

Entretenimento

Mulher

Rádio

TV UOL

Shopping

Direto ao assunto>Plano Nacional de Educação .Greve nas universidades estaduais paulistas.Unesp de inverno

vestibular Resumo das disciplinas

ÚLTIMAS

AGENDA

APROVADOS

CURSINHO UOL

ENEM

RESUMO DAS DISCIPLINAS

PROVAS E CORREÇÕES

SIMULADOS

UOL EDUCAÇÃO

Material de estudos

FaculdadesUFTipo

DicionáriosSelecione o idioma

Atualidades

Violência contra a mulher: Opinião do brasileiro sobre estupro gera protestos 5

Carolina Cunha

Da Novelo Comunicação 07/04/201415h53

Comunicar erroImprimir

Os resultados da pesquisa "Tolerância social à violência contra as mulheres", divulgada em março de 2014 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), provocou diversas reações nas redes sociais após apontar que 65,1% dos entrevistados concorda total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

Poucos dias após a divulgação da pesquisa, o Ipea reconheceu que o resultado estava errado. O percentual correto para a questão é 26%. Mesmo assim, a pesquisa levantou outros pontos que chamam atenção: Para a maioria dos entrevistados (58,5%), "se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros" e para 65,1%, “mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar”.

Outros resultados apontaram que 22,4% concordam que a questão da violência contra as mulheres recebe mais importância do que merece; para 54,9% existe mulher que é para casar e mulher que é pra cama; e para 27,2%, a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade.

Mulheres: Uma longa história pela conquista de direitos iguais

Aborto: A ética e a interrupção da gravidez

Repercussão

A conclusão de que a culpa pelo crime do estupro seria da própria vítima –resultado que depois se mostrou errado-- chocou a opinião pública e gerou uma campanha nas redes sociais logo após a divulgação da pesquisa. Criado no Facebook pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, o movimento #eunãomerecoserestuprada propôs que o internauta tirasse uma foto de si mesmo com uma placa com o mote da campanha.

Apesar do efeito viral positivo, centenas de usuários postaram ameaças e agressões na página do evento, comprovando que o pensamento de parte da sociedade não está tão distante da pesquisa. Um dos agressores, por exemplo, segurava um cartaz com os dizeres "#eu já estuprei e estupro de novo". Outros ameaçaram as manifestantes de estupro. Organizadores do evento procuraram a polícia, que vai identificar e tentar enquadrar os agressores por apologia e intenção ao crime.

A repercussão da pesquisa foi também reflexo de acontecimentos anteriores. Na semana que antecedeu a divulgação da pesquisa, a violência contra o sexo feminino também ficou em evidência com os casos de vítimas de abusos sexuais no metrô e nos trens de São Paulo. Páginas de internautas que incentivam o assédio de mulheres no transporte público têm sido monitoradas pela polícia, como os autodenominados “encoxadores do metrô”, uma comunidade de 12 mil usuários no Facebook.

Em fevereiro deste ano, quatro anos após ter sido produzido, um curta-metragem da cineasta francesa Eléonore Pourriat fez sucesso na internet. No vídeo “Maioria Oprimida”, ela mostra como seria o mundo se os homens fossem sistematicamente alvo de ofensas físicas e verbais por mulheres, com situações que elas lidam no dia a dia. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a diretora criticou o sexismo e disse que o filme está mais atual do que nunca. “Meu filme fez sucesso agora por que certos direitos estão ameaçados. É como uma maré negra”.

No Brasil, o site Think Olga promove a campanha “Chega de Fiu Fiu”, que pede o fim das cantadas e do assédio sexual às mulheres. Em pesquisa feita pelo site, 81% das mulheres já deixaram de fazer alguma coisa (como passear) por medo do assédio masculino na rua.

Todos esses casos revelam como o estupro e o pensamento machista ainda estão presentes na nossa cultura e nos números de violência.

Segundo dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os casos de estupros no Brasil superam os de homicídios dolosos. Em 2012, foram 50 mil casos registrados. Pelo Twitter, a presidente Dilma afirmou que os dados são alarmantes e lembrou que muitas mulheres ainda não denunciam a violência por medo e vergonha.

Atualmente, somente uma pequena parcela dos estupros chega ao conhecimento da polícia. A partir de estatísticas de atendimentos realizados em 2011 por postos de saúde e hospitais públicos, um levantamento do Ministério da Saúde estima que no mínimo 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no Brasil. O estudo Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde revela que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. Para essa parcela, o maior perigo está dentro de casa - 80% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou conhecidos das vítimas.

Onda de conservadorismo

A luta das mulheres por direitos, ou o movimento feminista, pode ser dividida em três momentos: as reivindicações por direitos

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.6 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com