Vitoria da Conquista – BA. / 2018
Por: Psicogata123 • 9/3/2019 • Trabalho acadêmico • 2.190 Palavras (9 Páginas) • 182 Visualizações
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Caso Schreber
Vitoria da Conquista – BA. / 2018
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- Alunos:
- (Registro de impressões apresentado para avaliação na disciplina psicanálise teoria e técnica do curso de psicologia, 4° semestre, ministrado pela professora Gisele )
Vitoria da Conquista – BA. / 2018
Resumo
Após a luta contra seus desejos, Schreber resolve aceitar, acreditando que só assim colocaria um fim ao conflito que existia dentro dele e logo as vozes que ele ouvia disseram e asseguraram que ele havia se tornando “temente a Deus”.
A doença trouxe mudanças em suas características, tornando-o crente a Deus e devoto do prazer sexual. Tinha desejos sexuais de uma mulher e assumiu atitude feminina para com Deus e sentia que era sua esposa.
O delírio que ele mais se referia era sua transformação em mulher, dizia sentir mudanças por todo corpo e ate tinha a impressão equivoca de ter seios, por conta disso solicitou exame medico, alegando que seu corpo tinha nervos de voluptuosidade, que para ele só poderia existir em corpo feminino. Sua relação com Deus passa a ser uma necessidade e a exigência de um estado constante de prazer se torna um dever, o qual a aceitação é justificada como uma compensação da privação de prazer que teve no passado.
II tentativa de interpretação
Para chegar a uma conclusão teria dois pontos, as declarações dele ou as causas de sua moléstia. O primeiro ponto é mais tentador por sua inteligência e boa descrição dos relatos que facilitava a realização dessa tarefa.
Schreber se queixava do aborrecimento causado pelos pássaros falantes, que para ele eram formados de “ante-salas do céu” que são almas humanas que entraram em um estado de plenitude e foram cobertos de veneno de ptomaína que foi instigado contra ele. Esses pássaros foram condicionados a repetir coisas sem sentido, que apesar de não entender o que diziam tinha uma similaridade de sons. Essa ideia faz referencia a moças, comparando ás a gansos e acusando ás de terem miolos de passarinho, ele afirma isso ao dar nomes de moças aos pássaros falantes.
O terceiro capitulo do livro começa a falar que a família teve um importante papel nesses acontecimentos, porem o restante foi retirado por ser impróprio. Essa ocorrência dificultou a interpretação, porem pode se ter certeza da contribuição familiar para seu delírio.
Schreber fez de tudo para colocar sua relação com o seu primeiro medico Flechisig em primeiro plano. Foi ele que iniciou os atos de perseguição relatados, e permaneceu em todo durante todo seu curso de doença. Segundo Schreber ele tentou cometer assassinato de alma, que era comparado aos atos feitos por diabos e demônios para tomar posse de uma alma.
Seu maior inimigo era a alma de Flechisig e mesmo após ser retirado da clinica e levado para o asilo o Dr. Pierson, continuou a representar esse papel e com o novo ambiente esse inimigo se juntou a alma do assistente-chefe, descrita como alma de Von W.A. Assim induziu a um sistema de divisão de almas, chegou a haver de 40 a 60 subdivisões da alma de Flechisig.
Após esses acontecimentos em 1884, passa alguns meses no asilo de Sonnenstein, por conta de ter sofrido uma primeira crise de distúrbio nervoso, sendo essa não ter qualquer presença de algo sobrenatural, e que por conta disso ele descreve como uma hipocondria, Flechsig, tido para com ele seu inimigo e causador do quase assassinato de sua alma, agora atua como seu medico e que foi tratado com grande êxito na clinica da universidade de Leipzig.
Schreber após esse tratamento bem sucedido, sustenta a ideia de cura, vivendo sob um sentimento de imensa gratidão para com Flechsig, incluindo a gratidão de sua esposa que tem o doutor como restituidor de seu marido.
Seguindo essa fase de incubação de sua doença, Schreber ocupa seu cargo. Porem durante esse período ele passa a ter sonhos que mostram a volta de suas crises nervosas, como se fosse uma espécie de rememorar a doença, voltando o pensamento durante o sono de vigília que seria bom ser mulher. Nesse mesmo pensamento lhe remete a mente a imagem do Dr. Flechsig, mostrando a ele que esses pensamentos estavam ligados ao doutor o tempo todo, ou que simplesmente ele tinha esse anseio de vê-lo , mas logo de imediatamente, repudiou se de tal pensamento, enaltecendo seu protesto masculino, mas que a causa de seus problemas seria a manifestação da sua libido homossexual e dando origem aos seus sintomas, embora essa seja uma teoria do que de fato ocorreu, e como visto essa luta de separar o real de seus delírios seja reconhecível, em uma de suas falas, Schreber diz que a conspiração contra ele fora culminante, e que essa doença deveria ser levada como incurável e ele ser entregue a uma pessoa, no caso sua alma, mas que seu corpo fosse transformado em um feminino e entregue a uma pessoa com vistos a abusos sexuais. Logo mais a frente e não menos importante, Schreber denomina deus como sendo dois “Deus inferior” e “Deus superior”.
Novamente, Schreber tem um colapso nervoso, no qual se deu pela ausência de sua esposa, esta mesma retornara após quatro dias, fazendo com que depois ele a evitasse, seria para ele a presença da esposa como uma diminuição de seus pensamentos e libidos homossexuais. Umas das hipóteses seria levadas em conta, de que a causa da enfermidade estaria vinculada a essa fantasia feminina, ocorre agora essas modificações de substituição do doutor Flechsig, pela figura de Deus e que essa emasculação passa ser aceita como a ordem das coisas, seguindo esses eventos para um bem maior, acreditando que serviria de instrumento para a recriação da humanidade e assim não sofrendo muito por parte dessa resistência, portanto sua personalidade se manteria intacta.
Importante observar, como umas das hipóteses ocorrem de modo que existe uma transferência, envolvendo o pai, o irmão e o doutor Flechsig.De acordo com esse pensamento, o doutor representaria o irmão de Schreber, e que logo devolvido para o pai, chega se a estabilização.
Schreber, com seus delírios tem uma relação bastante intensa como sol, através de seus raios Schreber o tem como um ser humano, havendo comunicações, por meio destas seguidas de ameaças e xingamentos, ora, o sol tinha para ele as vezes como Deus e logo um Deus inferior, esse sol que seria representado pelo seu pai.
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