É possível considerar a subjetividade no estudo das Psicopatologias
Por: DaphnePrado • 18/5/2015 • Resenha • 316 Palavras (2 Páginas) • 365 Visualizações
A experiência que os alunos do curso abordado no artigo são sobre estudos de casos múltiplos, decisivo e revelador com a intenção de ampliar o ensino a Psicopatologia, colocando o ensino e a prática mais próximos dos ideais de transformações propostas pela Reforma Psiquiátrica, formalizada no ano de 2001 através da Lei 10.216.
Partem da hipótese que a Psicopatologia atual vem se tornando cada vez mais superficial, onde as vivências subjetivas são desconsideradas e apenas os elementos externos do sofrimento físico e mental, são relevantes.
Os autores utilizam aspectos dos estudos de Kraus que chama de Psicopatologia Sintomatológica-Criteriológica, a psicopatologia descritiva e objetiva, que reduz sua análise na descrição de sintomas que surgem de alguma disfunção médica. Nesse procedimento, o sujeito é visto como simples transmissor de informações descritivas dos sintomas, e a classificação de doenças são suficientes para o diagnóstico e tratamento. A esse estudo em questão abordado no texto, os autores se referem como Psicopatologia da terceira pessoa, na qual não se encontra espaço para o vivido pelo sujeito e para sua subjetividade.
Na experiência realizada que visa um novo modelo em substituição do método que é utilizado atualmente, propõe-se a Psicopatologia Antropológica Fenomenológica (Kraus, 2003), referida no texto como Psicopatologia da primeira e segunda pessoa, que, ao contrário da anterior, não lida com sintomas, mas fenômenos que manifestam a forma global da experiência do sujeito.
Nessa psicopatologia, há o reconhecimento do sujeito experiencial e narrativo como aquele que experimenta o sentimento básico de existir e estar inserido, de forma pensativa e argumentativa no meio onde vive
Afirma que a observação do fenômeno psicopatológico que desconsidera o modo do sujeito operar no mundo e que considera apenas a presença ou não de sintomas, prejudica o ensino e afetará a prática desses futuros profissionais.
A subjetividade resgatada nas aulas práticas, usando-se os relatos em primeira pessoa, propõe ensinar um estudo não reducionista que recupere e respeite as singularidades do sujeito.
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