A Assistência Social
Por: Robm • 8/11/2017 • Trabalho acadêmico • 2.692 Palavras (11 Páginas) • 351 Visualizações
Acadêmicos
Andreza Taufenbach de Sousa
Inaiá de Oliveira da Rosa
Patrícia Lumertz Torette
Roberta Bristot Martignago
Tutor - Karine Soares
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL (SES 0352) – Prática do Módulo III
07/12/2016
RESUMO
O objetivo principal deste trabalho foi conhecer as ações realizadas pelo Assistente Social no âmbito da Educação, inserida no campo dos direitos e da responsabilidade estatal com a educação, viabilizando a igualdade de condições para promover o ingresso, a permanência e conclusão dos estudos destes alunos. A inserção do Assistente Social tende a contribuir na condição de mediador na relação questão social, suas múltiplas expressões e impactos no campo educacional num contexto de grandes mudanças sociais e familiares, diante a precarização e escassez dos postos de trabalho e as condições de pobreza e desigualdade social presente na sociedade brasileira, sendo estes aspectos, elementos essenciais para se pensar a prática cotidiana do assistente social na intervenção junto aos alunos. Com ênfase na Educação, escolhemos entrevistar a Assistente Social Cláudia Pizzetti que atua na SATC (Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina), no município de Criciúma. Para análise de dados, utilizou-se a Prática Real e a Prática de Pesquisa Documental. As fontes de pesquisas utilizadas foram dados digitais e pesquisas de campo. Com base nos estudos realizados e nos relatos coletados, obtivemos informações muito importantes, como por exemplo, que é o processo de aprendizagem que prepara as pessoas para vida, e é por meio dela que acontece o desenvolvimento do indivíduo.
Palavras-chave: Assistente Social. Educação. Intervenção.
1 INTRODUÇÃO
A Educação foi escolhida por se tratar de um campo que apesar de não ser novo para a atuação do Serviço Social, está necessitando cada vez mais da intervenção desse profissional, uma vez que se configura como pré-requisito para usufruir-se dos direitos civis, políticos e sociais emergindo como componente básico dos direitos do homem.
Desta forma, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar como se desenvolve o trabalho do Assistente Social na área da Educação, que demandas são apresentadas, que tipo de intervenção se realiza, qual a relevância social que este desempenha para a política educacional, entre outros fatores.
2 SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO
Historicamente, o vínculo estabelecido entre o Serviço Social e a Educação remonta a década de 1930, sendo incentivado nos anos de 1990. A Prática Social que na Educação se constitui, sobremaneira, como área de conhecimento voltada para a emancipação política social dos indivíduos, uma vez que possibilita a construção e a socialização de conhecimentos que, certamente, contribuirão para transformá-los em cidadãos conscientes de seus direitos.
O Serviço Social é uma profissão que tem a questão social como base de sua fundação. Está inserida na divisão social e técnica do trabalho coletivo e suas manifestações no âmbito da reprodução social em sua totalidade. É capaz de decifrar uma determinada realidade, partindo daí para a construção de novas propostas de intervenção, visando à efetivação dos direitos e proposição de ações voltadas a cada segmento.
Tanto o Serviço Social quanto a área Educacional possuem um projeto ético-político voltados a construção da cidadania, com vistas a solidificação de uma sociedade mais justa, igualitária, produtiva e democrática.
Falar da inserção do Assistente Social na rede particular de ensino é “desafiador”. Se tratando de um novo campo de atuação profissional e ainda por ser pouco discutido. Mas se trata de um marco de mais uma conquista profissional em um campo que apresenta uma grande gama de demanda de atuação. O Serviço social na escola já é um setor de absoluta importância e que atua de forma significativa nesse espaço educacional, tanto na tríade escola-família-comunidade, quanto no corpo de colaboradores que compõem a escola.
A vida em sociedade remete a educação. O processo educacional não se apresenta de uma única forma, tampouco a escola é o único espaço onde esse se desenvolve, nem o educador se caracteriza como exclusivo protagonista desse processo. A educação encontra-se difusa nos diversos tipos de comunidades, tornando comum a todos, as crenças, as idéias, os símbolos, os bens e poderes, o saber, e a cultura, que são internalizados e provocam a legitimação das pessoas enquanto integrantes de uma determinada sociedade.
Diante da proposta de oferta de educação de qualidade, o objetivo do presente estudo é dar visibilidade à introdução do assistente social nas escolas da rede particular de ensino, bem como suas possibilidades de ação voltadas a esse segmento.
As primeiras intervenções do Serviço Social na educação deram-se nos Estados Unidos, no início do século XX, por meio de uma equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, professores e psicólogos. O objetivo era atender os alunos com problemas de aprendizagem, com tendência para o atendimento às dificuldades no âmbito individual e familiar, configurados como problemas sociais, apresentados no espaço escolar.
Na atualidade esse campo profissional tem aumentado cada vez mais, especialmente em escolas públicas.
A inserção dos assistentes sociais nos estabelecimentos educacionais, em particular nas escolas do ensino fundamental, tem representado, na atualidade, não apenas o desejo dessa categoria profissional e o resultado de sua atuação política e profissional na defesa dos direitos sociais e humanos, mas uma necessidade sócio-institucional cada vez mais reconhecida no âmbito do poder legislativo de diferentes estados e municípios. A presença dos assistentes sociais, sobretudo nas escolas, tem sido tomada como presença de um profissional que possa contribuir com a ampliação do processo educacional em sentido amplo, ou seja, contribuindo para o acesso e permanência das crianças e jovens na educação escolarizada, assim como para a extensão dessa convivência para outros membros da família, que por raízes sociais diversas não concluíram ou experimentaram plenamente essa oportunidade. (ALMEIDA, 2005, p. 17)
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