A Questão Social
Por: maraport3la • 15/4/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 4.350 Palavras (18 Páginas) • 243 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DO BRASIL – ULBRA
Av. Sérgio Henn, 1787 – Diamantino.
Santarém – Pará
O SUICÍDIO
O Suicídio.
Alunas: Cristiane
Leomara Santos
Thaís Sousa
Trabalho solicitado pelo Professor Sérgio Maurício, na disciplina de Cultura Religiosa, no requisito de nota para o G2, na turma de segunda-feira.
SANTARÉM/PA
ABRIL/2017
Resumo:
Diante de tamanha desigualdade existente durante o século XIX, a questão social surge para reorganizar o mercado de trabalho entre burguesia e proletariado.
No Brasil, foi durante a Primeira República que a classe de trabalhadores conseguiu se libertar das explorações feitas pela burguesia, em que, suas atividades diárias não passavam de uma escravidão, pois, a diferença era enorme, os trabalhadores recebiam péssimas condições de trabalho, os lugares onde habitavam não lhes proporcionava uma sobrevivência sadia, digna, e sim, muitas doenças e pobreza, enquanto a burguesia progredia com seus luxos e riquezas. A partir daí começam a surgir classes que não admitiam essa forma de trabalho, passando então a realizar movimentos sindicais e greves.
Em 1919 no Brasil, ocorre uma mudança muito significativa, quando as indústrias passam a ser responsáveis pelos acidentes de sua classe trabalhadora. Alguns anos depois o Conselho Nacional do Trabalho é criado, sendo aprovadas algumas leis de proteção ao trabalho como, férias e seguro doença, mas, por terem sido criadas e logo colocadas em prática foram mal aplicadas. Contudo o surgimento do Serviço Social, só vem após os movimentos ocorridos entre 1917 a 1920.
A produção industrial no Brasil obteve um enorme crescimento após a Primeira Guerra Mundial, havendo a necessidade de substituição de importação, pois a indústria internacional estava em crise então os produtos saíam do Brasil, resultando também em uma maior contratação de operários, mas, a crescente produção continuava a favorecer os proprietários das indústrias, e não os trabalhadores, isto, resultando em diversas reivindicações e greves. Mesmo com a chegada da industrialização, os operários exigiam melhores condições para trabalho e sobrevivência, pois mesmo com uma enorme demanda nas produções e de crescimento nas indústrias, nada parecia ter mudado na forma de trabalho na classe operária.
Na década de 20, diversas leis de proteção ao trabalhador foram criadas. A primeira foi em 1927, de proteção à infância e adolescência nomeada como Código de Menores, sendo modificada por décadas e em 1990 passa a se chamar ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A Igreja Católica teve extrema importância para o surgimento do Serviço Social, devido assistência que as “damas de caridade” davam aos operários diante de tanta exploração feita pelo sistema de produção.
Já na década de 30, o crescimento da industrialização fez com que a economia também crescesse como não crescia há anos, ainda assim a pobreza e os problemas sociais continuavam fazendo crescer também as reivindicações e as greves. No mesmo período o Brasil tinha Getúlio Vargas como presidente que tentava organizar o crescimento da economia, mas, lidava também o crescimento populacional, então, a chamada Era Vargas, se torna o primeiro governo a se preocupar com os interesses da sociedade, criando mais normas favorecendo a classe trabalhista.
Contudo o Serviço Social se mantem firme no Brasil na década de 30, e quem exercia as ações era a Igreja Católica, atendendo as classes menosprezadas do país, onde a desigualdade se fazia presente, os atos de caridade da Igreja fez surgir a Escola de Serviço Social na formação das “moças da sociedade” para repassar as doutrinas existentes no catolicismo a uma sociedade ainda em desenvolvimento.
O Brasil passa por uma crise econômica na década de 80, deixando com que a desigualdade assole a população da época, a dívida externa cresce, o dinheiro fica sem valor algum, quase a metade da população era pobre, e em meio a essa crise quem mais sofria era a classe inferior. Alguns planos ou válvulas de escape foram criados para driblar a má fase, alguns até tendo resultados positivos. Porém a fome e a miséria ainda continuavam a crescer com a ida de muitas pessoas da zona rural para a urbana em busca de novas fontes de sobrevivência, essas em vão, pois até mesmo a agricultura passava por momentos difíceis, isso produziu um crescimento populacional que piorava ainda mais a situação, pois a maioria não se adaptava aos modos de vida da cidade e continuavam a viver em meio à pobreza.
Diante dos fatos econômicos durante essa década, devemos ressaltar dois, que foram os mais importantes: os saques em estabelecimentos e as invasões em terras urbanas.
Em 1988 a Constituição Brasileira insere alguns tópicos que favorecem ainda mais a seguridade social, com objetivos de melhoria para a saúde, previdência e assistência social a população.
Vale ressaltar que mesmo hoje, dois séculos depois de tamanhas brigas e conquistas feitas pela sociedade desde em que o Brasil ainda era uma colônia, o país passa por mais uma crise, e se levarmos em consideração, vivemos hoje o que os proletários viveram na década de 20. Vemos que ainda hoje existe a burguesia e o proletariado, a escassez do mercado de trabalho, a fome, a miséria, a desigualdade ainda sim, após séculos, permanece, quem tem muito quer mais, e quem não tem nada, não tem oportunidade de progredir. O que nos remete a reviver os momentos em que o Brasil vivia anterior a nossa Primeira República.
Introdução:
Neste trabalho abordaremos a Questão social nas décadas de 1920, 1930 e 1980, porém, primeiramente, é necessário entender a Questão Social como o conjunto das demonstrações que definem as desigualdades da sociedade. As três décadas tratadas foram marcadas pela desigualdade social, a heterogeneidade era gritante, de um lado havia o proletariado explorado, e de outro a burguesia luxuosa.
Não poderíamos deixar de falar nesse trabalho das lutas operarias que resultaram nas leis que temos hoje, cada década teve uma conquista importante para os trabalhadores que aos poucos iam deixando a condição de explorados. Todas as leis trabalhistas que protegem os trabalhadores de hoje são “filhas” de uma luta operária incessante, que aos poucos ia ganhando credibilidade e voz em um País que protegia apenas interesses burgueses.
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