A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLITICAS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL.
Por: silvanaalmeida • 25/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.838 Palavras (16 Páginas) • 489 Visualizações
SUMÁRIO
1. INDICE 3
2. QUESTÃO SOCIAL, A PARTIR DO CONTEXTO DE CAPITALISMO MONIPOLISTA 4
3. HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS E DOS FATORES POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS QUE INFLUENCIARAM NESTE PROCESSO ATÉ 1988 6
4. RELACIONAR A QUESTÃO AS POLITICAS SOCIAIS, INSTITUIDA NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA COMO INSTRUMENTO TÉCNICO, CIENTIFICO E ADMINISTRATIVO PENSADA E ARTICULADA POR GRUPO DE TÉCNICOS BUROCRATAS ESPECIALISTAS, ATÉ OS DIAS ATUAIS SE CONFIGURANDO DIREITOS SOCIAIS APARTIR DA CF/1988
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5. CONCLUSÃO 11
6. BIBLIOGRAFIA 13
ANEXOS 15
Imagem I: Gráfico da desigualdade social baseado no coeficiente de Gini.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar de forma detalhada o conceito e alguns dos aspectos da questão social bem como sua ligação com o capitalismo monopolista, seu surgimento e sua forte ligação com a desigualdade social a qual a sociedade muito sofreu a partir de meados do século XIX, uma época em que a riqueza se concentrava nas mãos de poucos e esses poucos detinham o poder do Estado fazendo com que esse o legitimasse com o poder, enquanto aqueles que desprovidos de riquezas permaneciam no polo oposto, sofrendo com o descaso e tratamentos desumanos e degradantes.
Irá retratar também o Histórico da construção das políticas sociais e os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram neste processo até 1988, partindo da década de 60 a qual houve grandes transformações sociais, em diversos campos da vida nacional surgiam movimentos sociais de amplitude bem abrangente, marcada pelo sistema ditatorial, onde os movimentos sociais eram reprimidos por meio de ameaças e violências. Passando posteriormente pela década de 70 quando esse sistema de opressões começou a mostrar-se em período de decadência e o regime militar começou a entrar em declínio mostrando-se cada vez mais falho. Na década de 80 que se deu início com um período recessivo, onde as condições de vida foram ainda mais comprometidas gerando a generalização da pobreza e o surgimento de uma importante crise fiscal, que tornou ainda mais precária manutenção das políticas sociais conduzidas pelos Estado. Posteriormente com o anseio da sociedade pela reestruturação do Estado de Direito criou-se um novo sistema de proteção social no pais, no qual a seguridade passou a ser organizada sob uma nova defesa, criaram-se condições favoráveis a coletivização do seguro social e aumentaram os direitos da população.
E por fim será abordado a relação entre a questão social as políticas sociais, instituída numa perspectiva histórica como instrumento técnico, cientifico e administrativo pensada e articulada por grupo de técnicos burocratas especialistas, até os dias atuais se configurando direitos sociais a partir da CF/1988.
2. QUESTÃO SOCIAL, A PARTIR DO CONTEXTO DE CAPITALISMO MONOPOLISTA
A questão social surgiu na Europa, em meados do século XIX, e significa o conjunto de expressões que elencam as desigualdades sociais, foi criada para exigir a criação de políticas sociais em benefício da classe operária, que passava por uma pobreza crescente e um estado de vida desumano e degradante. Com o advento da urbanização e da industrialização a classe operaria sofreu um empobrecimento significativo. A atual questão social diz respeito a ampliação do trabalho na sociedade capitalista que teve seu início pela degradação do trabalho, o desaparecimento e a perda de muitas categorias de trabalho.
A questão social e extremamente ligada a desigualdade social e essas questões acabaram favorecendo a criação de um terceiro setor na sociedade com o objetivo de fazer programas e projetos para ajudar os necessitados e auxiliar nos pedidos de mudanças políticas.
No Brasil a desigualdade social acarreta inúmeros problemas, dentre eles o desemprego, o aumento da taxa de violência e um desequilíbrio acentuado no sistema político e social brasileiro. Os problemas que surgem na sociedade são frutos de carências materiais e intelectuais, em suma são frutos da pobreza sendo que esta é encarada como causa individual. Assim, portanto, a questão social é uma responsabilidade tanto do governo quanto de cada indivíduo.
O capitalismo monopolista foi o período histórico, onde articula o fenômeno global que, a partir dos estudos, tornou-se conhecido como um estágio imperialista, entre 1890 e 1940(Mandel, 1976, 3:325). O ingresso do Capitalismo no estágio imperialista mostra uma inflexão a qual a totalidade concreta que é a sociedade burguesa apresenta a sua maturidade histórica, realizando as diversas possibilidades de desenvolvimento que, de forma objetivada, as tornam mais amplas e complicados os sistemas de medição que asseguram a sua dinâmica. A Constituição da organização monopólica obedeceu a urgência de criar um objetivo primário qual seja o acréscimo dos lucros Capitalistas por meio do controle dos mercados.
Nessa época ocorre a concentração e centralização maior do capital, nele aumenta-se a alienação, a exploração, fazendo com que exista uma espécie de “exército industrial de reserva”, a desigualdade social e a exclusão social. O monopólio capitalista é uma fase que sucede o capitalismo concorrencial onde é necessária uma exportação dos capitais.
No capitalismo monopolista nas questões sociais possui reflexões ínfimas, levando o mundo e a sociedade em geral a condições barbaras geradas por inúmeros acontecimentos como por exemplo: a exploração de países periféricos, a guerra do Vietnã, a 1ª e 2ª Guerra mundial seguida de várias crises econômicas, o nazismo, o fascismo e muitos outros. O Estado, na época imperialista, tinha como função apenas ser o comitê executivo da burguesia, sempre atendendo e favorecendo a mesma. A classe dominante (burguesia) captura o Estado e esse passa a servi-la, cria-se então jogos democráticos, com o intuito de que haja uma falsa democracia que ganhe legitimidade ideológica e política.
A medida que o monopólio vai tomando conta da sociedade como um todo, começam a aparecer propostas que sugerem redefinições de características pessoais como estratagemas e terapias para maior ajustamento e é a partir desse processo que o serviço social
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