A relação questão social, políticas sociais e intervenção profissional
Por: jamilleborges • 19/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.427 Palavras (14 Páginas) • 417 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
A relação questão social, políticas sociais e intervenção profissional.
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Ilhéus
2015/2
A relação questão social, políticas sociais e intervenção profissional.
Trabalho apresentado ao Curso (Serviço Social) 3 e 4 semestre da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Fundamentos Históricos,Teóricos MetodológicosIII do Serviço Social, Ética Profissional em Serviço Social, Fundamentos das Politicas Sociais e Politicas Sociais, Administração e Planejamento em Serviço Social.
Profª Danilo Ferreira de Brito
Clarice Kernkamp
Maria lucimar pereira.
Rosane Malezzi
Ilhéus
2015/2
Sumário
Introdução 4
Desenvolvimento 6
Conclusão 9
Bibliografias 10
Anexos 11
INTRODUÇÃO
A questão social, a partir do contexto do capitalismo monopolista;
No contexto da expansão capitalista do segundo pós-guerra, a partir da nova condição do capitalismo monopolista, da expansão produtiva fordista e permeado pela organização e lutas dos trabalhadores, desenvolve-se o produtivo-comercial que incorpora a classe trabalhadora industrial-urbana. O Estado assume tarefas e funções essenciais para a nova fase de acumulação capitalista e inibição-institucionalização do os conflitos sociais da classe trabalhadora.
A questão social passa a ser como que internalizada na ordem social. Não mais como um problema meramente oriundo do indivíduo, mas como consequência do ainda insuficiente desenvolvimento social e econômico ou do subdesenvolvimento. Reduzida à gestão administrativa dos problemas sociais e seu enfrentamento institucional passa a ser tratada de forma segmenta.
Nessa perspectiva, a pobreza e a miséria, expressões da questão social, são vistas, como um problema de distribuição do mercado, na relação oferta, demanda de bens e serviços. O problema de distribuição vinculado a um déficit de demanda efetiva por bens e serviços no mercado, criado pela sobre oferta de força de trabalho não absorvida pela esfera produtiva. Com o desenvolvimento das forças produtivas, um contingente da população fica excluído do mercado de trabalho, e ao não poder vender sua força de trabalho, não tem fonte de renda que lhe permita adquirir no mercado bens e serviços. O Estado passar a intervir em responder a algumas necessidades carências, demandas dessa população carente; criar as condições para a produção e o consumo, incentivando a uma contenção do desemprego ou uma transferência de renda seguridade social e políticas sociais. Para isso, o Estado passa a absorver e organizar parte do excedente e a redistribuí-lo mediante políticas sociais.
Ao considerar as manifestações da questão social como um produto transitório do sistema capitalista ou como resultado do seu ainda insuficiente desenvolvimento, e não como meras consequências dos hábitos e comportamentos dos indivíduos que padecem as necessidades sociais. Conserva o tratamento segmentado das manifestações da questão social tal como no pensamento liberal clássico. Finalmente, considera-se pobreza como um problema de distribuição. Com isso, a questão social da contradição entre capital e trabalho para a esfera política, no âmbito da distribuição, como uma questão entre cidadãos carentes e o Estado. Assim, o tratamento da questão social e o combate à pobreza se determinam como um processo de redistribuição. Trata-se de garantir, mediante políticas e serviços sociais, o acesso a bens e serviços por parte da população. Assim, não se questionam os fundamentos da ordem: a exploração de trabalho alheio pelo capital, a partir da separação entre possuidores de força de trabalho e proprietários dos meios.
Histórico da construção das políticas sociais e os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram neste processo até 1988.
Observamos que as condições de trabalho são impostas pelos capitalistas, que contam com apoio do estado que defende os interesses do capital e desregulamentando o trabalho que tem reduzido gradativamente os direitos trabalhistas. O sistema capitalista compra a força de trabalho e conta com o desenvolvimento tecnológico para substituir o trabalho corporificado. Yamamoto (2007) subsidia nossa reflexão fornecendo pistas sobre o desenvolvimento do serviço social no estado capitalista. Considera que a política adotada pelo estado vem acirrando a “questão social” na medida em que o sistema neoliberal difunde a prática de defesa do capital, desta forma passa a interferir no mercado, destinando recursos públicos para produção de mercadorias e consequentemente reduzindo o investimento nas políticas públicas. Os determinantes estruturais da desigualdade social no Brasil são fortemente influenciados pelo Estado, que regula o mercado de compra e venda da força de trabalho, adotando o sistema neoliberal, edita leis a favor do aumento do capital interferindo na produção econômica. Podemos considerar que a classe trabalhadora se fragilizou, à medida que o capitalismo avançou, a progressiva desregulamentação do trabalho reduziu os postos de trabalho formal, restando aos trabalhadores a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho informal ou a condição de “sobrante” no exército de desempregos. Essa “intromissão” do Estado nas relações de trabalho fragmentou e desmobilizou a classe trabalhadora contribuindo para perda de força do movimento sindical.
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