A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Por: Larissaksc • 23/8/2016 • Trabalho acadêmico • 3.326 Palavras (14 Páginas) • 901 Visualizações
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Serviço social
EDILENE SANTOS DE CARVALHO MARQUE
A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
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Anápolis
2015
EDILENE SANTOS DE CARVALHO MARQUE
A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas de: Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III; Ética Profissional em Serviço Social; Fundamentos das Políticas Sociais e Politicas Sociais; Administração e Planejamento em Serviço Social, respectivamente com os seguintes professores:
Professor (es): Danillo Ferreira de Brito; Clarice KernKamp; Maria Lucimar Pereira e Rosane Malvezzi
Anápolis
2015
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO
2 AS POLITICAS SOCIAIS MEDIANTE A QUESTÃO SOCIAL E A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1 APRESENTAÇÃO
Este trabalho disserta sobre a forma com a qual as politicas sociais se relacionam quanto à questão social. Para tanto a questão social será explicada de acordo com o contexto capitalista monopolista, tendo em vista o industrialismo que se iniciou na Europa, mas que se expandiu para diferentes países, atingindo fortemente o Brasil, não só em aspectos econômicos, mais ainda, sociais, políticos, culturais e outros.
Também será analisada a questão da intervenção profissional, tendo em vista o contexto de surgimento do Serviço Social enquanto profissão, o que aconteceu em meio ao âmbito do capitalismo monopolista, assim, entender esses pontos nos ajudam na melhor compreensão acerca da questão social, bem como da forma com a qual o Estado buscou enfrentar as consequências acarretadas pela questão social.
Adiante, um breve e importante escorço histórico da construção das politicas sociais será feito, o que nos interessa para evidenciar quais fatores influenciaram nessas politicas, assim como entender a relação dessas para com a configuração dos Direitos Sociais dispostos na Constituição Federal de 1988.
2 AS POLITICAS SOCIAIS MEDIANTE A QUESTÃO SOCIAL E A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Sabe-se que no âmbito do Serviço Social, assim como ocorre em outras áreas das ciências, principalmente das humanas, diferentes podem ser as conceituações, perspectivas e teorias que os estudiosos, pesquisadores e autores dispõem de determinadas temáticas.
Mas, em suma e de compreensão bastante geral a questão social refere-se a um agrupamento de problemas sociais, políticos e econômicos evidenciados pela classe operária a partir da positivação do capitalismo, ou seja, um fenômeno que se iniciou primordialmente devido as condições de vida que a efetivação do industrialismo europeu provocou. Tais condições eram demasiadamente precárias, porém não afetavam a todos, mas tão somente as classes populares trabalhadoras, ou seja, evidencia-se a profunda diferenciação entre as condições de vida dos operários e da burguesia.
Mais especificamente o surgimento da questão social se articula a intensa expansão e desenvolvimento do industrialismo, das forças produtivas e do mercado por volta do século XIX. Ocorre que máquinas, equipamentos e instalações foram acrescentados aos processos de produção, sendo que os trabalhadores passaram a ser vistos como acessórios a estas, o capital passou a comandar os salários, além da forte concentração de mão de obra nas cidades, e ainda a incorporação de uma nova disciplina nas fábricas. Essas questões afetaram a classe operária emergente em diferentes condições, como: sociais, politicas e materiais.
Os aspectos acima mencionados se iniciaram na Europa, mas rapidamente se espalharam por diversos países, e o Brasil não foi a isto uma exceção. De acordo com os pensamentos da professora Türck (2006), a questão social está ligada ao conflito estabelecido entre capital e trabalho, já que se tem uma tensão entre os donos dos meios de produção e aqueles que vendem suas forças de trabalho, tendo em vista que em um contexto capitalista o lucro se faz muito mais importante do que o próprio individuo, ou seja, o trabalhador.
De forma especial, no capitalismo monopolista o papel do Estado foi edificado sob a expansão, o desenvolvimento e a acumulação do capital. Nesse período revela-se necessário a intervenção Estatal na economia, como uma forma de acalmar a estagnação e sua intervenção no que se refere à questão social. Conforme disposto no texto: Questão social, Políticas Sociais e Serviço Social no Capitalismo Monopolista; “Mais exatamente, no capitalismo monopolista, as funções políticas do Estado imbricam-se organicamente com as suas funções econômicas” (NETTO, 1992, p. 25 apud BISPO, 2009, p. 5).
Ainda sob os pensamentos de Netto (1992) foi por meio da ordem monopólica que se criou, fundou, legitimou e se institucionalizou o Serviço Social, isto é, enquanto profissão. O que ocorreu porque o processo de implantação dessa área baseou-se nas formas de intervenção do Estado (burguês) no que tende as questões sociais, caracterizadas nas políticas sociais, o qual tinha o objetivo de exercer controle sobre os trabalhadores, mantendo a ampliação dos lucros. É nesse aspecto que não é incorreto afirmar que o Serviço Social compôs formas estratégicas manuseadas pelo Estado, já que este precisou lidar de alguma forma com a questão social, o que se deu por meio de politicas sociais. Por outro lado, compreende – se que o Serviço Social também participou da formação e consolidação das politicas sociais.
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