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A TENDÊNCIAS DA GESTÃO CONTEMPORÂNEA

Por:   •  5/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  733 Palavras (3 Páginas)  •  374 Visualizações

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TENDÊNCIAS DA GESTÃO CONTEMPORÂNEA

  1. Modelo de gestão das políticas públicas:
  • Em seu desenvolvimento histórico, as políticas sociais públicas (educação, assistência social, saúde, habitação, cultura, lazer, trabalho, etc.) apresentam-se setorializadas e desarticuladas, respondendo a uma forma de gestão com características centralizadoras e hierarquizadas.
  • Percebe-se que cada área da política pública tem uma rede própria de instituições e/ou serviços sociais que desenvolvem um conjunto de serviços na área, através de instituições estatais e filantrópicas de forma paralela as demais políticas e muitas vezes atendendo aos mesmos usuários.
  • Consequências: fragmentação no atendimento às necessidades sociais e ações paralelas. Quem é o maior prejudicado com esta forma de gestão?  O usuário.
  • Por exemplo, na Assistência Social a maioria dos serviços acontece via entidades beneficentes. Isto resulta em fragmentação; falta de compromisso com a efetivação do direito; programas seletivos, com gestões centralizadas e pouco participativas.
  • Consequências deste modelo: continuidade de uma cultura paternalista e tuteladora e o enfraquecimento da organização popular.
  1. Intersetorialidade:
  • A articulação entre as políticas públicas por meio do desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à Proteção Social, à inclusão e enfretamento das desigualdades sociais identificadas.
  • Supõe a implementação de ações integradas e a superação da fragmentação da atenção às necessidades sociais da população.
  • Envolve a agregação de diferentes setores sociais em torno de objetivos comuns e deve ser princípio orientador da construção das redes municipais.
  • Transcende o caráter específico de cada Política e potencializa as ações desenvolvidas por essas políticas. Também, amplia a possibilidade de um atendimento integral aos cidadãos que dela se utilizam.    
  • Supõe também a articulação entre sujeitos de áreas que tem suas especificidades e diversidades e, portanto experiências particulares, para enfrentar problemas complexos.
  • Supõe vontade, decisão, que tem como ponto de partida o respeito à diversidade e às particularidades de cada setor ou participante. Envolve, portanto estruturação de elementos de gestão que materializem princípios e diretrizes, a criação de espaços comunicativos, a capacidade de negociação e também trabalhar os conflitos para que finalmente se possa chegar, com maior potência, às ações.
  • Intersetorialidade configura-se como princípio para as ações em rede.
  1. Redes:
  • Fenômeno novo e que é visto por alguns como novo paradigma para a atuação do Estado em conjunto com setores organizados da sociedade.
  • “O termo rede sugere a idéia de articulação, conexão, vínculos, ações complementares, relações horizontais entre parceiros, interdependência de serviços para garantir a integralidade da atenção aos segmentos sociais vulnerabilizados ou em situação de risco social e pessoal.”; "uma rede pode ser o resultado do processo de agregação de várias organizações afins em torno de um interesse comum, seja na prestação de serviços, seja na produção de bens.” (Guará, 1998)
  • Para a Política Pública constituir a rede é antes de tudo uma decisão política que exige estratégias processuais deliberadas, alianças, “adquirindo uma configuração quase contratual; há um pacto” entre gestores, técnicos, saberes, pessoas, projetos e instituições em sintonia com a realidade local, com sua cultura de organização social.
  1. Territorialidade:
  • Porque o território ficou tão importante na gestão das políticas públicas?

Além do limite geográfico, há a questão da identificação dos sujeitos com o território, o que abrange as relações sociais construídas no local.

  • “Pensar na política pública a partir do território exige também um exercício de revista à história, ao cotidiano, ao universo cultural da população que vive no território”... (Koga, PNAS, 2006).
  • Acompanha o processo de descentralização;
  • Essencial para planejar as políticas intra-urbanas;
  • Evidência as carências, mas também as “potencialidades”.

Texto base: O SUAS E A INTERSETORIALIDADE; Maria Carmelita Yazbek -  2008  (versão para debate)                                                                                                                                          

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