A importância do Serviço Social no tratamento do paciente com transtorno e mental e a família
Por: Monelima • 11/3/2016 • Projeto de pesquisa • 4.780 Palavras (20 Páginas) • 773 Visualizações
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FACULDADE BATISTA BRASILEIRA - FBB
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
SIMONE COUTINHO RIOS DE LIMA
A IMPORTÂNCIA DA FAMILIA NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL
SALVADOR
2015
SIMONE COUTINHO RIOS DE LIMA
PESQUISA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL. DISCIPLINA OFICINA DE PESQUISA E EXTENSÃO EM SERVIÇO SOCIAL, SOB ORIENTAÇÂO DOCENTE: ANA RIBEIRO. CURSO SERVIÇO SOCIAL, 6º SEMESTRE - FBB.
SALVADOR
2015
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO ___________________________________________________________03
- PROBLEMA _____________________________________________________________05
- OBJETIVOS _____________________________________________________________05
- GERAL
- ESPECÍFICOS
- JUSTIFICATIVA __________________________________________________________06
- REFERENCIAL TEORICO __________________________________________________09
- METODOLOGIA __________________________________________________________14
- PÚBLICO ALVO__________________________________________________________15
- RECURSOS _____________________________________________________________15
- RECURSOS MATERIAIS
- RECURSOS HUMANOS
- CRONOGRAMA__________________________________________________________16
- CONSIDERAÇÕES FINAIS_________________________________________________17
- ANEXOS________________________________________________________________18
REFERÊNCIAS __________________________________________________________20
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema a importância da participação e acompanhamento da família no processo de tratamento do paciente de doença mental. Para a realização da coleta de dados, foi utilizado questionário, destinadas aos usuários, familiares e técnicos, as quais possibilitaram a geração de dados quantitativos e qualitativos. Sendo que para a demonstração dos dados obtidos no corpo deste trabalho, não foi citado o nome de nenhum dos entrevistados.
Nessa perspectiva, as políticas públicas de saúde, em especial as relacionadas à saúde mental, tem evidenciado a necessária inclusão da família nas
discussões acerca das transformações que estão ocorrendo na assistência nesta área. Almeja-se a reinserção social, o resgate da cidadania, autonomia da pessoa com transtorno mental e o tratamento desses sujeitos em serviços comunitários substitutivos de atenção à saúde. Assim, o espaço de convivência familiar se torna
indispensável para a concretização do modelo assistencial emergente, o psicossocial.
A humanidade convive com a loucura há séculos, e antes de se tornar um tema essencialmente médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas. Sendo motivo de chacota e escarnio, a possuído pelo demônio, foi até marginalizado por não se enquadrar no perfil de uma sociedade “normal”. O paciente com transtorno mental, o excluído do convívio dos iguais, dos ditos normais, dos produtivos e dos que não ameaçavam a sociedade. Havendo tantos embates e passando por tantos conflitos históricos, percebeu-se que a loucura era um estado de doença, onde os que estavam acometidos por ela, teriam que ser afastados do convívio social, passando a ser internados em hospitais psiquiátricos, onde viviam isolados da sociedade e da família.
É nesse contexto que a psiquiatria, enquanto movimento, visando reformar as práticas psiquiátricas, deu-se a partir do momento em que autoridades da Revolução Francesa delegaram a Phillippe Pinel, considerado pai da psiquiatria, no ano de 1793, em Paris, a incumbência de humanizar e dar sentido terapêutico aos hospitais, os quais se encontravam em condições subumanas em relação ao cuidado de seus pacientes, promovendo assim a segregação.
É a partir dessa proposta de reconstrução da assistência psiquiátrica que surgem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que estão regulamentados conforme a portaria do nº 336, de 19 de fevereiro de 2002. Constitui-se em serviços estratégicos, substitutivos ao modelo manicomial. Eles são caracterizados por porte e clientela, recebendo as denominações de: CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS i e CAPS ad. Todos devem estar capacitados para realizar o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não-intensivo. Devendo funcionar independente de qualquer estrutura hospitalar.
O CAPS representa a efetiva implementação de um novo modelo de atenção em saúde mental para expressiva fração dos doentes mentais (psicóticos e neuróticos graves) atendidos na rede pública, sendo seu ideário constituído de propostas dirigidas à superação das limitações evidenciadas pelo ambulatório-hospital psiquiátrico no tratamento e reabilitação de seus clientes. Ele configura-se como serviços comunitários ambulatoriais e regionalizados nos quais os pacientes deverão receber consultas médicas, atendimentos terapêuticos individuais e/ou grupais, podendo participar de ateliês abertos, de atividades lúdicas e recreativas promovidas pelos profissionais do serviço, de maneira mais ou menos intensiva e articulada em torno de um projeto terapêutico individualizado, voltado para o tratamento e reabilitação psicossocial, promovendo também iniciativas extensivas aos familiares e às questões de ordem social presentes no cotidiano dos usuários.
Assim, a família é importante em todo o processo de tratamento do paciente com transtorno mental, sendo ela, considerada o ator social indispensável para a efetividade da assistência psiquiátrica e entendida como um grupo com grande potencial de acolhimento e ressocialização de seus integrantes. Cuidar da pessoa com transtorno mental representa para a família um desafio, envolve sentimentos intrínsecos à vivência de um acontecimento imprevisto e seus próprios preconceitos em relação à doença. Isso implica em perceber o ser humano como ser de possibilidades, capacidades e potencialidades, independente das limitações ocasionadas pelo transtorno mental.
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