ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE MOVIMENTOS SOCIAIS
Por: Milvania • 14/8/2015 • Trabalho acadêmico • 3.693 Palavras (15 Páginas) • 328 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Curso de Serviço Social
Movimentos Sociais
LUÍZA CARDOSO CAMPOS - RA 4336719125
MARIA DA SOLEDADE MOREIRA ROCHA – RA 3808612377
MILVANIA VIEIRA DE SOUZA LOPES - RA 4336820911
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE MOVIMENTOS SOCIAIS
PROFESSORA TUTORA EAD:
JÔSI GREFFE
MARIA APARECIDA DOS SANTOS CORREIA.
BELO HORIZONTE MG
2015
LUÍZA CARDOSO CAMPOS - RA 4336719125
MARIA DA SOLEDADE MOREIRA ROCHA – RA 3808612377
MILVANIA VIEIRA DE SOUZA LOPES - RA 4336820911
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE MOVIMENTOS SOCIAIS
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância-CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota das disciplinas de Movimentos Sociais.
Tutora EaD : JÔSI GREFFE
MARIA APARECIDA DOS SANTOS CORREIA
BELO HORIZONTE/MG
2015
SUMÁRIO
1. Introdução 4
2. As Possibilidades de Permanências e Mudanças dos Movimentos Sociais na Atualidade 4 4 X
3. A Construção da Democracia na Sociedade Brasileira Contemporânea 8
4. O Papel das Ongs no Contexto dos Movimentos Sociais Brasileiros na Contemporaneidade.. 11
Considerações Finais 12
6. Referências 13
1. INTRODUÇÃO
Os movimentos sociais nas últimas décadas vêm apresentando acontecimentos históricos relevantes, principalmente no âmbito das conquistas sociais. Os movimentos sociais se constituem em elementos de resistência e posicionamento político da sociedade, surgiram da iniciativa popular, cujo objetivo tem origem e são motivados pelas mazelas da sociedade.
O presente trabalho refere-se de um relatório reflexivo que mostra um estudo sobre os processos vivenciados pelos movimentos sociais na sociedade civil brasileira e os elementos relevantes, que se constituem na história das conquistas sociais do País. Apresenta conceitos como o da democracia e traz uma reflexão crítica sobre sua efetivação na sociedade contemporânea moderna. Engloba o cenário atual dos movimentos sociais a partir das reflexões apresentadas por Maria da Graça Gohn.
Busca compreender o cenário político e histórico no qual os movimentos sociais se encontram e sua permanência e mudanças em benéfico de uma sociedade viabilizando forças coletivas em busca de solucionar conflitos em resposta de cada questão social traz reflexões acerca da temática, possibilidades de intervenção do profissional da área das ciências sociais aplicadas e observa as possibilidades de atuação do serviço social, inserido no contexto do debate pela edificação do direito e cidadania.
2. AS POSSIBILIDADES DE PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA ATUALIDADE
Maria da Glória Gohn em sua obra “Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo” destaca pontos fundamentais, mapeando e analisando as principais formas de associativismo civil no Brasil, expressas em movimentos sociais, redes de mobilização, associações civis e fóruns.
“O contexto atual dos principais movimentos sociais da América Latina é um dos principais debates para discutir suas formas, demandas, identidade que constroem redes que as estruturam, manifestações culturais e políticas sociais a que se articulam”. (p.15). No Brasil, assim como na América Latina, os atuais movimentos que ocorrem na fase do regime político populista, diferenciam-se dos movimentos ocorridos do final da década de 1970 e parte dos anos 1980, muitos dos atuais movimentos são herdeiros dos movimentos dos anos 80, onde, lutavam para ter “direito a ter direito” (p.17). “Os movimentos sociais citam suas características básicas como: possuem uma identidade, têm um opositor e articulam ou se fundamentam num projeto de vida e de sociedade. (TOURAINE, 1973).” (p.16).
Na contemporaneidade, os movimentos sociais apresentam um ideário civilizatório que coloca como horizonte a construção de uma sociedade democrática, possuem um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas. Inovam na forma e no caráter que estas lutas têm assumido não apenas de resistência, mas de luta por direitos: reconhecimento de suas culturas e da própria existência. Sendo assim, novos personagens entram em cena quando se promove a discussão acerca dos movimentos sociais.
A autora realiza uma análise da conjuntura na qual os movimentos estão inseridos, com destaque para as categorias analíticas referentes a essas organizações. Destaca pontos que diferenciam os movimentos sociais contemporâneos dos movimentos sociais do passado, tais como:
- A redefinição da própria identidade e do tipo de ações desenvolvidas. O foco não está mais nos pressupostos ideológicos, e sim nos vínculos de integração com esferas da sociedade, organizadas segundo critérios de cor raça, gênero, capacidades e habilidades. Na atualidade os movimentos sociais atuam num cenário contraditório, em políticas, programas e projetos podem engessá-los, discutem e problematizam a esfera pública com vista à construção de novos modelos organizativos;
- No passado os movimentos sociais possuíam um papel universalizante, pois lutavam pelo “direito a ter direitos” (p.17). Atualmente busca-se o respeito e o reconhecimento às diferenças e às demandas representadas pelos movimentos identitários. Existem várias organizações articulações, projetos e experiências, buscando a ampliação do leque dos movimentos sociais;
- O Estado atualmente reconfigura suas relações com a sociedade e pouco a pouco reconhece a existência desses novos sujeitos coletivos. Portanto, os movimentos sociais são influenciados e até mesmo controlados pelas estruturas políticas do Estado;
- Atualmente os movimentos sociais estão dispostos em redes associativas e dos alargamentos das fronteiras dos conflitos que deixam de ter como eixo somente os Movimentos Sociais x Estado e passam a incluir corporações e outros agentes econômicos interessados em tais recursos;
- A produção teórica e acadêmica acerca dos movimentos sociais deixa lacunas que dizem respeito ao próprio conceito dos movimentos sociais, o que dificulta o entendimento e o mapeamento dessa categoria. Estas lacunas têm dificultado o entendimento e o mapeamento corretos da categoria movimentos sociais, a qual se vê suplantada pela categoria mobilização social, que pode ser entendida como simples participação e cooperação muitas vezes induzidas por estruturas políticas externas a ela.
Os movimentos sociais atuais perdem “enquanto a sociedade não resolver seus problemas básicos de desigualdade sociais, opressão e inclusão, haverá lutas, haverá movimentos... e haverá teorias para explicá-los” (p.20).
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