ATPS - Movimentos Sociais
Por: martinhaalves • 28/4/2015 • Trabalho acadêmico • 4.025 Palavras (17 Páginas) • 278 Visualizações
Curso Serviço Social – 6º Semestre
Disciplina: Movimentos Sociais
Nome | RA |
Adriana de Lucca Kerber | 3319529571 |
Luciana A Santos Fernandes | 3316521063 |
Marta da Silva Alves | 3306495283 |
ATPS – MOVIMENTOS SOCIAIS
Professor/a. EAD: Maria Edilene Xavier Rocha Garcia. |
Professor/a Tutor a Distância: Adriana Marques Chaves Perondi |
Professor/a Tutor/a presencial: Rosangela Goulart |
São José dos Campos - SP
2014
SUMÁRIO
1 Introdução: 1
2 Etapa 1 1
2.1 Preço a liberdade – subsolo 3
3 Etapa 2 4
3.1 Democracia 5
3.1.1 Os movimentos sociais no Brasil hoje 6
4 Etapa 3 7
4.1 O papel das ONGs dentro do contexto dos movimentos sociais 9
5 Considerações Finais 10
6 Bibliografia 11
- Introdução:
Os movimentos sociais constituem uma das principais formas de mobilização coletiva nas sociedades ocidentais contemporâneas. Esta disciplina visa apresentar as principais correntes de interpretação dessas modalidades políticas de ação coletiva, particularmente as teorias dos movimentos sociais, bem como uma apresentação das variações empíricas do fenômeno, com foco no caso brasileiro. Ao oferecer uma introdução às principais teorias sociológicas que se dedicaram a explicar os movimentos sociais em par com suas diferentes ocorrências, o curso visa propiciar ao aluno a constituição de uma perspectiva crítica e comparada acerca do fenômeno.
Este trabalho tem a finalidade de atender uma necessidade acadêmica da disciplina de Movimentos Sociais, do curso de graduação em Serviço Social da Anhanguera e tem como objetivo, aprofundar na temática dos movimentos sociais ou redes de mobilizações e associações civis no Brasil, conhecendo mais a respeito da construção da democracia e do papel dos mediadores nos novos movimentos sociais.
- Etapa 1
Os Movimentos sociais no Brasil têm sua historia marcada pelos grandes empates realizados contra os governantes autoritários, sobretudo ainda nas lutas pela liberdade e democracia na década de 70, e parte da década de 80 é considerado como inspiração no que diz respeito à ideologia que movia mentes e corações destes movimentos sociais. Nos anos 90 o Brasil se encontra no auge no Neoliberalismo, que tinha como influencia diretamente por Ronald Reagan, e Margareth Thatcher que foi tido como berço das lutas contra os governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), do sucateamento de todos os aparelhos estatais, das privatizações, do desrespeito aos trabalhadores (as), do Brasil e de todos os traços básicos de um governo que não dialogava com os movimentos sociais, pois estava ao lado das elites brasileiras e internacionais em nome do capital privado, sem levar em consideração o povo que vivia a margem da democracia então vivida.
O Livro Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo, Maria da Glória Gohn, condensa estudos sobre os movimentos sociais, especialmente no Brasil, ao longo de três décadas. Apresenta um mapa dos movimentos sociais e redes civis que tematizam e redefinem a esfera pública, construindo novos modelos organizativos na atualidade. Destaca-se que eles atuam num cenário contraditório, onde políticas, programas e projetos sociais levam, muitas vezes, a um engessamento destas associações, solapado sua autonomia e possível capacidade de inovação, produção de saberes e mudança social.
O foco do mapeamento são as áreas temáticas e seus eixos de manifestações como problemas sociais e a contextualização desses problemas, sua localização geográfica, seus objetivos programáticos e características das suas redes de mobilização.
Na primeira parte são destacados cinco pontos de diferenciação dos movimentos sociais atuais em relação aos do passado, quais sejam:
1 – Houve redefinição na sua própria identidade e na qualificação do tipo de suas ações. Esta mudança está menos focada em pressupostos ideológicos, como no passado, e mais nos vínculos de integração com esferas da sociedade, organizadas segundo critérios de cor, raça, gênero, habilidades e capacidades, bem como de conscientização e geração de saberes.
2 – Os movimentos do passado possuíam papel essencialmente universalizante, uma vez que lutavam pelo “direito a ter direitos” (p. 17). Mas, hoje, o que se busca é o reconhecimento e o respeito às diferenças e às demandas e características particulares, representados pelos movimentos identitários. Atualmente existe grande variedade de organizações, articulações, projetos e experiências, refletindo a ampliação do leque dos movimentos sociais;
3 – O próprio Estado está reconfigurando as suas relações com a sociedade e gradualmente reconhecendo existência desses novos sujeitos coletivos. No entanto, conforme Gohn aponta, disso decorre uma inversão de papéis: ao estabelecer relações com os movimentos sociais, o Estado passa a exercer uma influência política “de cima para baixo”, retirando deles o seu caráter político e de pressão. Em outras palavras, os movimentos sociais passam a sofrer forte influência e até mesmo controle das estruturas políticas do Estado, que transformam as identidades políticas dos movimentos, e fazem com que a demanda coletiva seja suplantada por uma série de outras demandas específicas, isoladas e débeis. E, em decorrência, o Estado torna-se o único ponto de integração e convergência.
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