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Atps Psicologia Social

Por:   •  26/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.505 Palavras (11 Páginas)  •  294 Visualizações

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SANTA TEREZINHA

SERVIÇO SOCIAL

TUTORA PRESENCIAL: THAIS CRISTINA

PROFESSORA EAD: HELENROSE A. S. P. COELHO

PSICOLOGIA SOCIAL

3° Semestre

                         ANA RITA AGUIAR LIMA----------RA: 1299759471

                         EDNA S. FERNANDES----------------RA: 8137753037

                         ELINE DA COSTA ROCHA---------RA: 7534597784

                         MARCILENE D. G. SANTOS -------RA: 8137753033

                         RESULA M. L. COSTA----------------RA: 7532611693

     

                                                      TAGUATINGA-DF  

2014

INTRODUÇÃO

Neste trabalho abordaremos a evolução da Psicologia Social, suas fundamentações teóricas e as vertentes distintas de pensamento como: a Psicanálise e o Marxismo. Enquanto a Psicanálise de Freud traz a idéia que para entender comportamentos anormais é necessário estudar o inconsciente, bem como a formação da sexualidade e a personalidade humana; o Marxismo diz que o Estado tem que assumir o controle da justiça social e também diz que o homem tem capacidade de produzir bens, de modificar a natureza conforme suas necessidades.

A Psicologia Social vem para colaborar, intermediando nos problemas da sociedade, principalmente na Desigualdade Social que acarreta na Humilhação Social. Na sociedade contemporânea uns dos maiores problemas que o Brasil enfrenta são a Desigualdade e a Invisibilidade Social, que apesar de serem problemas antigos ainda existem e de maneira relevante em nosso país, e são responsáveis por muitas mazelas sociais.

O psicólogo Fernando Braga da Costa fez uma pesquisa onde ele vivencia o que é ser invisível na sociedade, onde a indiferença é muito grande e a sociedade se faz de cega para não ver o que acontece à sua volta.

                               Humilhação Social

A humilhação social é um fenômeno ao mesmo tempo político e psicológico, caracteriza assiduamente a psicologia do oprimido. Desenvolve afetos e comportamentos inadequados como, por exemplo: os indivíduos se sentirem tristes, oprimidos, confusos e passam a acreditarem que tudo é natural. Escravizar faz as pessoas perderem o sentido da vida. O  bom senso da humanidade é que qualquer ser humano, diferentemente de classe social tem direito à cidadania e uma vida digna. Mas, com a divisão da classe trabalhadora com o capitalismo, com a exploração da força do trabalhador, sem meios e sem informação, a classe operária sofria uma imensa opressão com as dificuldades do dia a dia, morando em lugares precários, sem condições nenhuma de dar estudos ou até mesmo alimentação aos seus. Com tudo isso, auto-estima deles ficava comprometida, pensava que tudo que viviam era normal.

A humilhação social crônica longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de pessoas que vivem sem direito a moradia, ao trabalho, a liberdade. A humilhação vem atacar e assume internamente como impulso angustiante: o corpo, o gesto, a indignação e a voz do humilhado.

Geralmente, trabalhos desempenhados por cidadãos pobres fazem com que nem sempre seja notado, assim facilitando com que o individuo se sinta diferente ou inferior aos demais.

Um trabalho como outro qualquer, digno, mas ao mesmo tempo, com desigualdade social que os tornam oprimidos psicologicamente. Os pobres sofrem freqüentemente o impacto de maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem: “vocês são inferiores”, o que é profundamente grave, pois a mensagem passa a ser esperada. Para os mais pobres a humilhação é uma realidade em ato e freqüentemente é sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam.

O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis torna-se compulsivo, movem-se, falam como seres que ninguém vê.

A crítica sobre a invisibilidade social e

humilhação social.

As obras do sociólogo Jesse de Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa traz em discussões a respeito da invisibilidade e humilhação social existente na sociedade brasileira.

Buscando uma análise mais profunda da invisibilidade e da desigualdade no Brasil, Fernando Braga da Costa traz uma teoria baseada em uma pesquisa feita por ele durante sua graduação, ele mostra como a invisibilidade se torna algo quase palpável quando se exerce uma função considerada desqualificada, no caso o cargo de gari.

Durante sua pesquisa pode sentir na pele essa invisibilidade, as pessoas só vêem o homem que exerce um trabalho considerado para os mais rudes, como ferramenta de trabalho. Alguém que não merece atenção e por isso não respeita o ser humano por baixo do uniforme, portanto deve estar na classe dos excluídos socialmente.

Segundo Sergio Buarque de Hollanda esse comportamento da sociedade brasileira é uma herança dos portugueses, porém, Souza não considera essa explicação como certa e o denomina como culturalismo hereditário.

Gilberto Freire foi quem inspirou Souza na formação da teoria da ação social. É pela obra literária de Freire que Souza se apóia para melhor basear seu livro A Modernidade Seletiva, na pesquisa de uma sociologia crítica e explicação da formação da modernidade periférica.

Souza defende que o problema do comportamento dos brasileiros está na substituição das praticas portuguesas por práticas européias burguesas que invadem o país e são a origem da desigualdade social.

Apesar de parecerem críticas duras às idéias filosóficas do senso comum e ambiente acadêmico, Souza busca apresentar qual a origem real da desigualdade da sociedade brasileira. Seu livro A Modernização Seletiva mostra a questão da relação entre negros e portugueses, uma relação que se fundem na distancia e aproximação, na dualidade da composição familiar brasileira e no progresso da noção de patriarcalismo.

Para Souza, apesar do século XIX TR sido um século de grandes acontecimentos como: a vinda da família real para o Brasil, a independência do Brasil e a abolição da escravatura, essa liberdade não deu aos negros uma melhor posição social, ao contrário, fortaleceu ainda mais a desigualdade social. Os escravos ainda que livres, viviam em condições subumanas e descartáveis pela sociedade. Sofriam, pois além da desigualdade eram também invisíveis na sociedade.

A obra de freire, Casa Grande e Senzala, é citada por Souza como um tipo de dimensão demográfica da desigualdade, onde os negros viviam em um lugar e os brancos em outro, incompatibilizando assim as classe social. Florestan Fernandes em sua obra: A integração do negro na sociedade de classes mostra que o negro ainda é marginalizado e por isso não consegue adaptação à ordem competitiva.

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